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Em economias de livre mercado, pessoas e empresas podem fazer quase tudo que querem, desde que paguem por isso. Assim, controlando o custo do dinheiro – por meio das taxas de juros –, os bancos centrais locais conseguem influenciar o crescimento econômico.

Se em países de economia planificada o governo pode simplesmente dizer a seus cidadãos o que têm de fazer, nos países de livre mercado o governo precisa utilizar incentivos econômicos para encorajar consumidores e empresas a expandir ou reduzir sua atividade econômica.

Aumentando as taxas de juros de curto prazo, por exemplo, o governo desestimula o empréstimo bancário, reduzindo a quantidade de dinheiro disponível para a expansão de empresas e gastos de consumidores. De forma similar, quando diminui as taxas de juros, reaquece a atividade econômica.

Os bancos freqüentemente pedem dinheiro emprestado ao banco central para “re-emprestar” a pessoas e empresas. O banco central cobra sua taxa de juros nessa operação, a taxa de redesconto, e as outras taxas de juros de toda a nação quase sempre acompanham essa mudança. Os juros sobre os empréstimos feitos entre bancos – chamadas de taxas interbancárias ou CDI (Certificados de Depósio Interbancário) no Brasil, interbank rates na Europa e Fed funds rates nos Estados Unidos – tendem a aumentar sempre que estes têm de pagar mais para eles próprios pedirem dinheiro emprestado.

Todas as taxas de juros do mundo estão ligadas porque o dinheiro, como a maior parte dos produtos, é intercambiável. Tomadores de empréstimos como bancos, empresas e indivíduos vão aonde os juros estiverem mais baixos, enquanto investidores procuram os juros mais altos. Nesse movimento “migratório”, uma mudança nas taxas de juros anunciada em Washington afeta as taxas de juros de Cingapura.

O fato é que, na aldeia global dos mercados monetários internacionais, as taxas de juros tornaram-se o centro vital da atividade econômica, regulando o crescimento econômico do mundo inteiro. É por essa razão que consumidores e empresas de um país são diretamente afetados pelas decisões tomadas por bancos centrais do outro lado do mundo e que, por exemplo, as bolsas de valores brasileiras sofrem o impacto das expectativas de mudança de taxas de juros nos EUA. O dinheiro proveniente do investimento estrangeiro pode chegar de repente e sair com a mesma rapidez se as taxas de juros do país não se mantiverem no nível daquelas dos outros países na economia mundial.

Fonte: Economia mundial para iniciantes – Randy Charles Epping

VEJA TAMBÉM - ANA CARLA ENTREVISTA ILAN GOLDFAJN, PRESIDENTE DO BC:

 

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Como os juros são usados para controlar a economia?

juros-por quê?-economês Em economias de livre mercado, pessoas e empresas podem fazer quase tudo que querem, desde que paguem por isso. Assim, controlando o custo do dinheiro – por meio das taxas de juros –, os bancos centrais locais conseguem influenciar o crescimento econômico. Se em países de economia planificada o governo pode simplesmente dizer a seus cidadãos o que têm de fazer, nos países de livre mercado o governo precisa utilizar incentivos econômicos para encorajar consumidores e empresas a expandir ou reduzir sua atividade econômica. Aumentando as taxas de juros de curto prazo, por exemplo, o governo desestimula o empréstimo bancário, reduzindo a quantidade de dinheiro disponível para a expansão de empresas e gastos de consumidores. De forma similar, quando diminui as taxas de juros, reaquece a atividade econômica. Os bancos freqüentemente pedem dinheiro emprestado ao banco central para “re-emprestar” a pessoas e empresas. O banco central cobra sua taxa de juros nessa operação, a taxa de redesconto, e as outras taxas de juros de toda a nação quase sempre acompanham essa mudança. Os juros sobre os empréstimos feitos entre bancos – chamadas de taxas interbancárias ou CDI (Certificados de Depósio Interbancário) no Brasil, interbank rates na Europa e Fed funds rates nos Estados Unidos – tendem a aumentar sempre que estes têm de pagar mais para eles próprios pedirem dinheiro emprestado. Todas as taxas de juros do mundo estão ligadas porque o dinheiro, como a maior parte dos produtos, é intercambiável. Tomadores de empréstimos como bancos, empresas e indivíduos vão aonde os juros estiverem mais baixos, enquanto investidores procuram os juros mais altos. Nesse movimento “migratório”, uma mudança nas taxas de juros anunciada em Washington afeta as taxas de juros de Cingapura. O fato é que, na aldeia global dos mercados monetários internacionais, as taxas de juros tornaram-se o centro vital da atividade econômica, regulando o crescimento econômico do mundo inteiro. É por essa razão que consumidores e empresas de um país são diretamente afetados pelas decisões tomadas por bancos centrais do outro lado do mundo e que, por exemplo, as bolsas de valores brasileiras sofrem o impacto das expectativas de mudança de taxas de juros nos EUA. O dinheiro proveniente do investimento estrangeiro pode chegar de repente e sair com a mesma rapidez se as taxas de juros do país não se mantiverem no nível daquelas dos outros países na economia mundial. Fonte: Economia mundial para iniciantes – Randy Charles Epping VEJA TAMBÉM - ANA CARLA ENTREVISTA ILAN GOLDFAJN, PRESIDENTE DO BC:   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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