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zero euro

O Banco Central Europeu autorizou a emissão da cédula acima, de zero euros. Voltada a colecionadores, ela é produzida com o mesmo procedimento utilizado para notas que valem alguma coisa. Mas, apesar do valor igual a zero, ela não é de graça: é vendida por 2,50 euros na Alemanha.

Como isso é possível?

A moeda nada mais é que um instrumento usado para fazer transações de compra e venda. Na história da humanidade, diversos bens serviram como moeda. Sal, ouro, prata, cigarros, etc. Isso é que se chama de moeda-mercadoria: além de facilitar trocas entre pessoas, esses bens têm usos alternativos. Por exemplo, ouro podia ser tanto usado como moeda (em operações de compra e venda), como para produzir joias.

Hoje não se usa mais moeda-mercadoria. Temos, em todos os cantos do mundo, o que chamamos de moeda fiduciária. São cédulas e moedas metálicas que correspondem a dado valor. E essas cédulas e moedas servem unicamente para o propósito de facilitar transações entre compradores e vendedores. Não têm uso alternativo, como no caso de ouro, prata, sal etc.

Em geral, o governo de um país possui o monopólio da moeda fiduciária. Por exemplo, o governo brasileiro controla a quantidade de reais em circulação. Se algum outro agente produzir cédulas da nossa moeda, ele estará cometendo crime de falsificação.

É uma vantagem da moeda fiduciária com relação à moeda-mercadoria. Como o governo controla a quantidade em circulação, também consegue afetar a taxa de inflação do país, mantendo-a em patamares aceitáveis.

Esse controle é bem mais difícil no caso da moeda mercadoria. Isso porque a quantidade de moeda em circulação pode depender de mudanças na oferta e demanda da tal mercadoria. No caso do ouro, podemos citar descobertas de novas minas ou alterações na demanda para outros fins. Tudo isso mexe com a inflação no caso de moedas mercadorias, e está fora do controle do governo.

Só que essa vantagem da moeda fiduciária pode virar desvantagem, no caso de um governo que gasta muito mais do que arrecada, e acaba usando a impressão de moeda para pagar suas contas. É a receita para a hiperinflação.

Isso nos traz de volta ao caso da nota de zero euros. Na verdade, ela é a antítese da moeda fiduciária, que não tem valor intrínseco, servindo apenas para fazer transações. A cédula de zero euros não serve para transações, afinal, seu valor de face é zero. Significa que não se consegue comprar nada com ela. Só que tem valor intrínseco, por exemplo, para colecionadores. Por isso tem gente disposta a pagar 2,50 euros por ela.

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Conheça a moeda de zero euros (sim, você não leu errado)!

zero euro O Banco Central Europeu autorizou a emissão da cédula acima, de zero euros. Voltada a colecionadores, ela é produzida com o mesmo procedimento utilizado para notas que valem alguma coisa. Mas, apesar do valor igual a zero, ela não é de graça: é vendida por 2,50 euros na Alemanha. Como isso é possível? A moeda nada mais é que um instrumento usado para fazer transações de compra e venda. Na história da humanidade, diversos bens serviram como moeda. Sal, ouro, prata, cigarros, etc. Isso é que se chama de moeda-mercadoria: além de facilitar trocas entre pessoas, esses bens têm usos alternativos. Por exemplo, ouro podia ser tanto usado como moeda (em operações de compra e venda), como para produzir joias. Hoje não se usa mais moeda-mercadoria. Temos, em todos os cantos do mundo, o que chamamos de moeda fiduciária. São cédulas e moedas metálicas que correspondem a dado valor. E essas cédulas e moedas servem unicamente para o propósito de facilitar transações entre compradores e vendedores. Não têm uso alternativo, como no caso de ouro, prata, sal etc. Em geral, o governo de um país possui o monopólio da moeda fiduciária. Por exemplo, o governo brasileiro controla a quantidade de reais em circulação. Se algum outro agente produzir cédulas da nossa moeda, ele estará cometendo crime de falsificação. É uma vantagem da moeda fiduciária com relação à moeda-mercadoria. Como o governo controla a quantidade em circulação, também consegue afetar a taxa de inflação do país, mantendo-a em patamares aceitáveis. Esse controle é bem mais difícil no caso da moeda mercadoria. Isso porque a quantidade de moeda em circulação pode depender de mudanças na oferta e demanda da tal mercadoria. No caso do ouro, podemos citar descobertas de novas minas ou alterações na demanda para outros fins. Tudo isso mexe com a inflação no caso de moedas mercadorias, e está fora do controle do governo. Só que essa vantagem da moeda fiduciária pode virar desvantagem, no caso de um governo que gasta muito mais do que arrecada, e acaba usando a impressão de moeda para pagar suas contas. É a receita para a hiperinflação. Isso nos traz de volta ao caso da nota de zero euros. Na verdade, ela é a antítese da moeda fiduciária, que não tem valor intrínseco, servindo apenas para fazer transações. A cédula de zero euros não serve para transações, afinal, seu valor de face é zero. Significa que não se consegue comprar nada com ela. Só que tem valor intrínseco, por exemplo, para colecionadores. Por isso tem gente disposta a pagar 2,50 euros por ela. Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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