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A edição de dezembro do Journal of Finance traz uma série de artigos interessantes. Na semana passada este colunista mencionou uma matéria sobre uma curiosa falha cognitiva dos investidores, que faz com que eles acreditem que preços e retornos trazem informação diferente.

Hoje vou falar sobre o artigo principal dessa edição: “Brokers and Order Flow Leakage: Evidence from Fire Sales” de Adrea Barbon, Marco Di Maggio, Francesco Franzoni e Augustin Landier.

Grandes ordens de compra ou venda costumam afetar temporariamente o preço das ações. Para evitar esses impactos, grandes investidores institucionais geralmente fracionam suas ordens ao longo dos dias, utilizando algoritmos específicos para esse propósito.  

Quando isso não é possível, os efeitos sobre os preços podem ser muito relevantes. É o caso das chamadas fire sales: ordens de venda que precisam ser executadas rapidamente durante momentos de market distress. Como o impacto das fire sales sobre preços é temporário, um especulador informado poderia se antecipar e ganhar dinheiro com esse evento.

A partir dessa realidade, os autores do artigo procuram responder à seguinte pergunta: “As corretoras vazam informação de que grandes ordens de seus clientes irão ao mercado?”. Mesmo desconsiderando a questão ética (claramente importante), as corretoras poderiam calcular que o melhor a fazer seria segurar a informação para proteger os interesses de seu cliente institucional.

Não é isso que os autores encontram. Eles mostram que a informação vaza na corretora e, como alguns investidores se antecipam e vendem antes (prática conhecia por predatory trading), os efeitos das fire sales sobre os preços das ações acabam se acentuando.

Os lucros dos que exploram essa informação são de 0,25% em um período de 10 dias, e o custo das fires sales para o investidor com problemas de liquidez aumenta em 40%.

O estudo se baseou em um banco de dados sobre fire sales de 1999 a 2014 nos Estados Unidos.

 


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Corretoras vazam informação em episódios de fire sales?

A edição de dezembro do Journal of Finance traz uma série de artigos interessantes. Na semana passada este colunista mencionou uma matéria sobre uma curiosa falha cognitiva dos investidores, que faz com que eles acreditem que preços e retornos trazem informação diferente.

Hoje vou falar sobre o artigo principal dessa edição: “Brokers and Order Flow Leakage: Evidence from Fire Sales” de Adrea Barbon, Marco Di Maggio, Francesco Franzoni e Augustin Landier.

Grandes ordens de compra ou venda costumam afetar temporariamente o preço das ações. Para evitar esses impactos, grandes investidores institucionais geralmente fracionam suas ordens ao longo dos dias, utilizando algoritmos específicos para esse propósito.  

Quando isso não é possível, os efeitos sobre os preços podem ser muito relevantes. É o caso das chamadas fire sales: ordens de venda que precisam ser executadas rapidamente durante momentos de market distress. Como o impacto das fire sales sobre preços é temporário, um especulador informado poderia se antecipar e ganhar dinheiro com esse evento.

A partir dessa realidade, os autores do artigo procuram responder à seguinte pergunta: “As corretoras vazam informação de que grandes ordens de seus clientes irão ao mercado?”. Mesmo desconsiderando a questão ética (claramente importante), as corretoras poderiam calcular que o melhor a fazer seria segurar a informação para proteger os interesses de seu cliente institucional.

Não é isso que os autores encontram. Eles mostram que a informação vaza na corretora e, como alguns investidores se antecipam e vendem antes (prática conhecia por predatory trading), os efeitos das fire sales sobre os preços das ações acabam se acentuando.

Os lucros dos que exploram essa informação são de 0,25% em um período de 10 dias, e o custo das fires sales para o investidor com problemas de liquidez aumenta em 40%.

O estudo se baseou em um banco de dados sobre fire sales de 1999 a 2014 nos Estados Unidos.

 


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