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Quando a gente vê que num determinado ano alguns países apresentam queda no PIB de 3%, enquanto outros crescem 3%, fica com a impressão de que são essas diferenças de monta, nesse caso 6%, que explicam por que alguns países se desenvolvem e outros permanecem estancados. Na verdade, porém, não é bem assim que a coisa se dá. Essas disparidades são comuns no curto prazo, mas quando olhamos um período muito longo de tempo, elas são muito menores do que parecem. São essas pequenas diferenças, perpetuadas por dois séculos, que explicam as grandes diferenças de renda entre os países hoje (dado que duzentos anos atrás elas eram pequenas).

Isso fica claro no gráfico a seguir, que mostra a distribuição da taxa média de crescimento dos últimos 200 anos para um grupo de 47 países. A vasta maioria das economias listadas apresentou crescimento do PIB por habitante de entre 1% e 2% no período – o Brasil fica ali no meio.

grafico_01 brasil 200 anos

A história, no entanto, muda de figura quando focamos no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. A heterogeneidade nas taxas de crescimento é bem maior nesses últimos 66 anos. Nesse período o destaque fica claramente para os tigres asiáticos. Na média do período, como se vê, o Brasil não foi nada mal.

grafico_02 brasil 200 anos

Mas para ver volatilidade, basta observar um período curto de tempo, como os últimos cinco anos. Intervalos pequenos vão coincidir com alguns países numa fase ótima de expansão (que depois arrefecerá) e outros metidos em recessões daquelas (que muito provavelmente serão revertidas). Em outras palavras, o curto prazo é o domínio dos ciclos econômicos.

grafico_03 brasil 200 anos

Vejam as diferenças acentuadíssimas nesse gráfico, com gente caindo 6% e outros crescendo 5% ao ano, na média. O gráfico também deixa claro o desastre do crescimento brasileiro no período recente.

 

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Crescimentos do Brasil: longuíssimo, longo e curto prazos

Quando a gente vê que num determinado ano alguns países apresentam queda no PIB de 3%, enquanto outros crescem 3%, fica com a impressão de que são essas diferenças de monta, nesse caso 6%, que explicam por que alguns países se desenvolvem e outros permanecem estancados. Na verdade, porém, não é bem assim que a coisa se dá. Essas disparidades são comuns no curto prazo, mas quando olhamos um período muito longo de tempo, elas são muito menores do que parecem. São essas pequenas diferenças, perpetuadas por dois séculos, que explicam as grandes diferenças de renda entre os países hoje (dado que duzentos anos atrás elas eram pequenas). Isso fica claro no gráfico a seguir, que mostra a distribuição da taxa média de crescimento dos últimos 200 anos para um grupo de 47 países. A vasta maioria das economias listadas apresentou crescimento do PIB por habitante de entre 1% e 2% no período – o Brasil fica ali no meio. grafico_01 brasil 200 anos A história, no entanto, muda de figura quando focamos no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. A heterogeneidade nas taxas de crescimento é bem maior nesses últimos 66 anos. Nesse período o destaque fica claramente para os tigres asiáticos. Na média do período, como se vê, o Brasil não foi nada mal. grafico_02 brasil 200 anos Mas para ver volatilidade, basta observar um período curto de tempo, como os últimos cinco anos. Intervalos pequenos vão coincidir com alguns países numa fase ótima de expansão (que depois arrefecerá) e outros metidos em recessões daquelas (que muito provavelmente serão revertidas). Em outras palavras, o curto prazo é o domínio dos ciclos econômicos. grafico_03 brasil 200 anos Vejam as diferenças acentuadíssimas nesse gráfico, com gente caindo 6% e outros crescendo 5% ao ano, na média. O gráfico também deixa claro o desastre do crescimento brasileiro no período recente.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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