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meirelles _ maia _ agência brasil Semana passada, fomos rebaixados pela agência de risco Standard & Poor's (S&P); passamos a BB-. Nada bom, apesar de não surpreendente. Caímos de divisão, como um time que vai mal no campeonato.

Por que caímos? Conspiração das finanças internacionais? Não, algo bem mais simples: nossos gastos não cabem e não caberão no bolso por muito tempo ainda.

O principal vilão, segundo a nota da S&P: os desembolsos previdenciários que respondem por quase a metade dos gastos totais do governo! Num país ainda longe de ser velho!

E por que o rebaixamento não veio antes, se isso anda torto faz tempo? Porque havia a possibilidade – ainda que magra – de aprovação da reforma previdenciária proposta pela equipe da Fazenda no fim do ano passado, antes do ano eleitoral.

Mas as coisas vão se complicando à medida que o tempo passa, e os analistas da S&P sabem disso. Mais uns 60 dias e os congressistas estarão todos em campanha, evitando temas mais espinhosos e fugindo de Brasília para visitar as bases. Aí danou-se.

Claro, sempre é possível que o novo governo aprove uma reforma em 2019, mas adiar o inadiável nunca é coisa boa. O rebaixamento tem lá sua função profilática: alertar o doente de que fugir do remédio só vai piorar as coisas.

Semienvergonhados com a situação embaraçosa, governo, na figura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (à esquerda na foto acima); e parlamento, representado por seu presidente, Rodrigo Maia (direita), começaram a guerrinha de acusações: “Foi você!”, “Não vem que não tem, foi você!”.

Atribuir a responsabilidade dos fracassos aos outros – e se vangloriar dos sucessos –  é uma atitude bem comum, e muitas vezes lamentável. Mas o que parece ter passado em claro no debate pós-rebaixamento é que, em última instância, a culpa é de todos nós, que sempre fomos complacentes com a classe política nacional e alheios à necessidade de reformar nossa institucionalidade fiscal.

Quando se trata de finanças familiares, ninguém defende que quanto mais se gasta,  melhor se fica.  O mesmo vale para o país, ora bolas - veja mais clicando aqui.  


De quem é a culpa do rebaixamento do Brasil?

meirelles _ maia _ agência brasil Semana passada, fomos rebaixados pela agência de risco Standard & Poor's (S&P); passamos a BB-. Nada bom, apesar de não surpreendente. Caímos de divisão, como um time que vai mal no campeonato.

Por que caímos? Conspiração das finanças internacionais? Não, algo bem mais simples: nossos gastos não cabem e não caberão no bolso por muito tempo ainda.

O principal vilão, segundo a nota da S&P: os desembolsos previdenciários que respondem por quase a metade dos gastos totais do governo! Num país ainda longe de ser velho!

E por que o rebaixamento não veio antes, se isso anda torto faz tempo? Porque havia a possibilidade – ainda que magra – de aprovação da reforma previdenciária proposta pela equipe da Fazenda no fim do ano passado, antes do ano eleitoral.

Mas as coisas vão se complicando à medida que o tempo passa, e os analistas da S&P sabem disso. Mais uns 60 dias e os congressistas estarão todos em campanha, evitando temas mais espinhosos e fugindo de Brasília para visitar as bases. Aí danou-se.

Claro, sempre é possível que o novo governo aprove uma reforma em 2019, mas adiar o inadiável nunca é coisa boa. O rebaixamento tem lá sua função profilática: alertar o doente de que fugir do remédio só vai piorar as coisas.

Semienvergonhados com a situação embaraçosa, governo, na figura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (à esquerda na foto acima); e parlamento, representado por seu presidente, Rodrigo Maia (direita), começaram a guerrinha de acusações: “Foi você!”, “Não vem que não tem, foi você!”.

Atribuir a responsabilidade dos fracassos aos outros – e se vangloriar dos sucessos –  é uma atitude bem comum, e muitas vezes lamentável. Mas o que parece ter passado em claro no debate pós-rebaixamento é que, em última instância, a culpa é de todos nós, que sempre fomos complacentes com a classe política nacional e alheios à necessidade de reformar nossa institucionalidade fiscal.

Quando se trata de finanças familiares, ninguém defende que quanto mais se gasta,  melhor se fica.  O mesmo vale para o país, ora bolas - veja mais clicando aqui.  




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