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Na semana passada o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu cortar a Selic, a taxa de juros básica da economia, de 4,5% para 4,25% ao ano – a menor taxa da série histórica. Se considerarmos o último pico da taxa – 14,25% em outubro de 2016 –, a queda acumulada foi de 10%.

A Selic é a taxa de juros de referência da economia, e a sua queda implica também que novos investimentos em renda fixa como poupança, CDBs, fundos DI, e títulos do tesouro rendem menos.

Nesse contexto, não surpreende que os investidores procurem na renda variável rendimentos maiores. De acordo com o modelo canônico de alocação eficiente, uma queda na taxa de juros implica que o investidor deve colocar um pouco mais do seu dinheiro em ativos arriscados. E tudo isso acontece sem mexer na tolerância ao risco do investidor.

A surpresa é que há indícios de que os investidores se excedem e colocam mais dinheiro em ativos arriscados do que seria previsto pelo modelo canônico. É como se os investidores mudassem de comportamento e admitissem mais risco quando os juros estão baixos.

De fato, isso é o que mostra o lead article da edição de junho de 2019 do The Review of Financial Studies, “Low Interest Rates and Risk Taking: Evidence from Individual Investment Decisions”, de Chen Lian, Yueran Ma e Carmen Wang.

A partir de um experimento com estudantes de MBA de Harvard, os autores mostram que as pessoas alocam 8% mais que o previsto pelo modelo canônico em ativos arriscados quando o cenário é de juros baixos.

Os autores apresentam duas possíveis explicações comportamentais para o fenômeno. A primeira tem a ver com saliência. Quando os juros estão baixos, o retorno dos ativos arriscados fica mais saliente para as pessoas, o que faz com que elas migrem para investimentos mais arriscados.

A segunda explicação tem a ver com o referencial adotado. As pessoas se acostumam com uma rentabilidade mínima e, quando percebem que estão abaixo desse nível, procuram em ativos arriscados uma rentabilidade maior.

Seja qual for a explicação, é importante que as pessoas tenham em mente que quanto mais dinheiro se coloca em renda variável, maior também a quantidade de dinheiro que se pode perder.



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Na semana passada o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu cortar a Selic, a taxa de juros básica da economia, de 4,5% para 4,25% ao ano – a menor taxa da série histórica. Se considerarmos o último pico da taxa – 14,25% em outubro de 2016 –, a queda acumulada foi de 10%.

A Selic é a taxa de juros de referência da economia, e a sua queda implica também que novos investimentos em renda fixa como poupança, CDBs, fundos DI, e títulos do tesouro rendem menos.

Nesse contexto, não surpreende que os investidores procurem na renda variável rendimentos maiores. De acordo com o modelo canônico de alocação eficiente, uma queda na taxa de juros implica que o investidor deve colocar um pouco mais do seu dinheiro em ativos arriscados. E tudo isso acontece sem mexer na tolerância ao risco do investidor.

A surpresa é que há indícios de que os investidores se excedem e colocam mais dinheiro em ativos arriscados do que seria previsto pelo modelo canônico. É como se os investidores mudassem de comportamento e admitissem mais risco quando os juros estão baixos.

De fato, isso é o que mostra o lead article da edição de junho de 2019 do The Review of Financial Studies, “Low Interest Rates and Risk Taking: Evidence from Individual Investment Decisions”, de Chen Lian, Yueran Ma e Carmen Wang.

A partir de um experimento com estudantes de MBA de Harvard, os autores mostram que as pessoas alocam 8% mais que o previsto pelo modelo canônico em ativos arriscados quando o cenário é de juros baixos.

Os autores apresentam duas possíveis explicações comportamentais para o fenômeno. A primeira tem a ver com saliência. Quando os juros estão baixos, o retorno dos ativos arriscados fica mais saliente para as pessoas, o que faz com que elas migrem para investimentos mais arriscados.

A segunda explicação tem a ver com o referencial adotado. As pessoas se acostumam com uma rentabilidade mínima e, quando percebem que estão abaixo desse nível, procuram em ativos arriscados uma rentabilidade maior.

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