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As duas estratégias de investimento mais consolidadas são aquelas que exploram o value premium e o momentum. Essas estratégias também são conhecidas também pelo nome de “factor investing”, por se tratarem de estratégias que podem ser implementadas de maneira sistemática.

O value premium pode ser obtido quando se compra uma carteira com as empresas mais descontadas (por exemplo, as empresas com o menor valor contábil relativo à sua capitalização de mercado) e vende-se as empresas menos descontadas (as mais “caras”). Já a estratégia que explora o momentum consiste em comprar as empresas que estão em tendência de alta e vender as empresas que estão em tendência de baixa.

Ainda é debatido na literatura se alguns desses prêmios existem porque remuneram o investidor por exposição a risco, ou se são mesmo falhas de mercado que só persistem porque os arbitradores não conseguem corrigi-las.

Dessas duas estratégias, a que costuma gerar mais prêmio – no Brasil e no mundo – é a que explora o momentum. Nos últimos 20 anos, o momentum rendeu impressionantes 13% ao ano na Bolsa brasileira. Em seguida, temos o value premium, que rendeu, em média, 5% ao ano no Brasil. Para mais detalhes sobre esses portfólios confira o site do NEFIN. (Esses números não consideram o custo adicional que temos quando vendemos uma carteira, que está em torno de 2% ou 3% ao ano, mas pode ser maior para algumas ações.)

Um aspecto interessante dessas estratégias é que elas são amplamente conhecidas e transparentes. Por isso, podem ser implementadas a custo relativamente baixo. Nos Estados Unidos, já existem vários ETFs (Exchange Traded Funds, isto é fundos negociados em Bolsa que costumam seguir estratégias predefinidas) que procuram replicar as estratégias de momentum e value premium a um custo bem baixo. No Brasil, a oferta de ETFs ainda é limitada e nenhum deles explora o value premium ou o momentum. Aqui, alguns fundos seguem essas estratégias, mas cobram taxas excessivas para tanto.

A boa notícia é que a oferta de ETFs na Bolsa brasileira deve aumentar. Algumas das principais instituições financeiras em ETFs já avisaram que pretendem oferecer aos investidores Brasileiros uma lista grande de fundos. Na semana passada, já vimos o começo desse movimento. A gestora americana BlackRock lançou BDRs de 37 ETFs listados no mercado externo. A maioria dos ETFs lançados replicam índices de bolsas internacionais ou de setores industriais—nenhum procura explorar momentum ou value premium.  

Ao investidor interessado, resta esperar a próxima leva de lançamentos de ETFs. 

COLUNA PUBLICADA NA FOLHA DE SÃO PAULO

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Factor investing

As duas estratégias de investimento mais consolidadas são aquelas que exploram o value premium e o momentum. Essas estratégias também são conhecidas também pelo nome de “factor investing”, por se tratarem de estratégias que podem ser implementadas de maneira sistemática.

O value premium pode ser obtido quando se compra uma carteira com as empresas mais descontadas (por exemplo, as empresas com o menor valor contábil relativo à sua capitalização de mercado) e vende-se as empresas menos descontadas (as mais “caras”). Já a estratégia que explora o momentum consiste em comprar as empresas que estão em tendência de alta e vender as empresas que estão em tendência de baixa.

Ainda é debatido na literatura se alguns desses prêmios existem porque remuneram o investidor por exposição a risco, ou se são mesmo falhas de mercado que só persistem porque os arbitradores não conseguem corrigi-las.

Dessas duas estratégias, a que costuma gerar mais prêmio – no Brasil e no mundo – é a que explora o momentum. Nos últimos 20 anos, o momentum rendeu impressionantes 13% ao ano na Bolsa brasileira. Em seguida, temos o value premium, que rendeu, em média, 5% ao ano no Brasil. Para mais detalhes sobre esses portfólios confira o site do NEFIN. (Esses números não consideram o custo adicional que temos quando vendemos uma carteira, que está em torno de 2% ou 3% ao ano, mas pode ser maior para algumas ações.)

Um aspecto interessante dessas estratégias é que elas são amplamente conhecidas e transparentes. Por isso, podem ser implementadas a custo relativamente baixo. Nos Estados Unidos, já existem vários ETFs (Exchange Traded Funds, isto é fundos negociados em Bolsa que costumam seguir estratégias predefinidas) que procuram replicar as estratégias de momentum e value premium a um custo bem baixo. No Brasil, a oferta de ETFs ainda é limitada e nenhum deles explora o value premium ou o momentum. Aqui, alguns fundos seguem essas estratégias, mas cobram taxas excessivas para tanto.

A boa notícia é que a oferta de ETFs na Bolsa brasileira deve aumentar. Algumas das principais instituições financeiras em ETFs já avisaram que pretendem oferecer aos investidores Brasileiros uma lista grande de fundos. Na semana passada, já vimos o começo desse movimento. A gestora americana BlackRock lançou BDRs de 37 ETFs listados no mercado externo. A maioria dos ETFs lançados replicam índices de bolsas internacionais ou de setores industriais—nenhum procura explorar momentum ou value premium.  

Ao investidor interessado, resta esperar a próxima leva de lançamentos de ETFs. 


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