Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

Os termômetros mais usados para medir a saúde econômica de um país são dois: o crescimento do PIB e a taxa de inflação. São os "porquês" básicos de praticamente toda análise macroeconômica no mundo, positiva ou negativa. Claro, outros indicadores importam. Mas esses resumem razoavelmente o quadro. Não menos importante, são dados disponíveis para vários países, o que facilita a comparação dos desempenhos.



Mas atenção: é preciso cuidado ao se julgar a qualidade da política econômica de um governo só por essas réguas.

Por um lado, não dá para dizer que um país com alta taxa de crescimento, num mundo onde todos os países crescem rapidamente, tem desempenho excepcional – esse país, simplesmente, surfa na onda global. Por outro lado, um país pode passar por período de crescimento fraco mesmo fazendo uso da política econômica mais adequada – por melhor que seja, dificilmente algum país cresce muito se todo o mundo ao redor estiver em crise.


Dito isso, diagnóstico dos anos Dilma: inflação bem alta e crescimento bem baixo na comparação com 155 países para os quais temos os dois dados. E a coisa fica ainda mais dramática se colocarmos os dados do Brasil lado a lado aos de economias de renda média – ou seja, similares à nossa querida Terra Papagalis.

grafico 1

Para piorar, o baixo crescimento nos últimos tempos sequer serviu para aliviar a alta de preços. Como se vê no gráfico seguinte, os anos Dilma foram também anos de inflação das pesadas.

Veja só a comparação com os outros países:

grafico 2

Crescer pouco e ter baixa inflação? Ok. (Quadrante 2)

Crescer mais e ter mais inflação? Ok também. (Quadrante 4).

Crescer muito e ter pouca inflação? Sinal claro da política econômica ideal. (Quadrante 3)

Agora, crescer pouco e, não bastasse isso, ter inflação alta? (Quadrante 1)

grafico 3

Os estragos na área econômica foram múltiplos. Vai demorar para voltarmos à normalidade. Nossa torcida aqui no PQ? é que essa tragédia ao menos ajude o país a amadurecer, a entrar nos trilhos. E que o experimentalismo heterodoxo seja deixado para trás, assim como a crença de que na economia existem saídas fáceis para problemas difíceis.

Fim da era Dilma: 2 porquês, 1 diagnóstico

Os termômetros mais usados para medir a saúde econômica de um país são dois: o crescimento do PIB e a taxa de inflação. São os "porquês" básicos de praticamente toda análise macroeconômica no mundo, positiva ou negativa. Claro, outros indicadores importam. Mas esses resumem razoavelmente o quadro. Não menos importante, são dados disponíveis para vários países, o que facilita a comparação dos desempenhos. Mas atenção: é preciso cuidado ao se julgar a qualidade da política econômica de um governo só por essas réguas. Por um lado, não dá para dizer que um país com alta taxa de crescimento, num mundo onde todos os países crescem rapidamente, tem desempenho excepcional – esse país, simplesmente, surfa na onda global. Por outro lado, um país pode passar por período de crescimento fraco mesmo fazendo uso da política econômica mais adequada – por melhor que seja, dificilmente algum país cresce muito se todo o mundo ao redor estiver em crise. Dito isso, diagnóstico dos anos Dilma: inflação bem alta e crescimento bem baixo na comparação com 155 países para os quais temos os dois dados. E a coisa fica ainda mais dramática se colocarmos os dados do Brasil lado a lado aos de economias de renda média – ou seja, similares à nossa querida Terra Papagalis. grafico 1 Para piorar, o baixo crescimento nos últimos tempos sequer serviu para aliviar a alta de preços. Como se vê no gráfico seguinte, os anos Dilma foram também anos de inflação das pesadas. Veja só a comparação com os outros países: grafico 2 Crescer pouco e ter baixa inflação? Ok. (Quadrante 2) Crescer mais e ter mais inflação? Ok também. (Quadrante 4). Crescer muito e ter pouca inflação? Sinal claro da política econômica ideal. (Quadrante 3) Agora, crescer pouco e, não bastasse isso, ter inflação alta? (Quadrante 1) grafico 3 Os estragos na área econômica foram múltiplos. Vai demorar para voltarmos à normalidade. Nossa torcida aqui no PQ? é que essa tragédia ao menos ajude o país a amadurecer, a entrar nos trilhos. E que o experimentalismo heterodoxo seja deixado para trás, assim como a crença de que na economia existem saídas fáceis para problemas difíceis.
Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?clique aqui e assine a nossa Newsletter.

Siga a gente no Facebook e Twitter!
Inscreva-se no nosso canal no YouTube!
Curta as nossas fotos no Instagram!

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

Avalie esse texto Não é necessário cadastro

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.