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Reservas de carbono

As reservas de carbono são estoques de carbono ou locais em que os compostos de carbono são armazenados; incluindo a atmosfera, oceanos, vegetação, solos e reservatórios de combustíveis fósseis, também conhecidos por reservas geológicas. O carbono emitido para a atmosfera não é destruído, mas sim redistribuído entre diversos reservatórios de carbono.


O ciclo de carbono diz respeito justamente à transferência do carbono nas diferentes reservas naturais existentes (ver Ciclo de carbono).

Os oceanos são, de longe, a maior reserva de carbono, seguidos pelas reservas geológicas de combustíveis fósseis, a superfície terrestre – principalmente a vegetação e o solo – e a atmosfera. Apesar de a atmosfera ser a menor reserva de carbono em comparação aos demais, é justamente nela que o gás carbônico (CO2) apresenta um dos maiores desafios atuais: o aquecimento global.

Discute-se muito a importância de preservar as reservas naturais de carbono no estado em que se encontram, uma vez que pequenas mudanças nesses reservatórios podem causar grandes efeitos na concentração atmosférica, o que agravaria substancialmente a questão do aquecimento global.

O carbono se move de forma natural e contínua entre a terra, o mar e a atmosfera. Entretanto, nas últimas décadas vem acontecendo um desequilíbrio no ciclo do carbono, em que uma quantidade muito maior de dióxido de carbono é lançada na atmosfera do que retirada.

O uso de combustíveis fósseis e o desmatamento, por exemplo, representam algumas das principais causas deste desequilíbrio.

Enquanto mais dióxido de carbono for emitido para a atmosfera do que removido, as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono continuarão a aumentar.

Reservas irrecuperáveis de carbono

O carbono irrecuperável é definido por três critérios:
1. Gerenciamento: pode ser influenciado pela ação humana direta e local.
2. Vulnerabilidade: é potencialmente vulnerável à perda durante a conversão do uso da terra.
3. Recuperação: se perdido, não pode ser recuperado dentro de um prazo especificado, ou seja, uma vez liberado no ar, o carbono levaria séculos para ser totalmente recapturado da atmosfera pelos meios naturais.

As reservas irrecuperáveis de carbono são os locais em que esse carbono se encontra armazenado ou estocado. Estudos recentes mostram que alguns lugares do mundo contêm reservas de carbono irrecuperáveis que, se perdidas, representam um débito permanente em termos de aquecimento global.

O carbono irrecuperável, segundo estudo publicado na revista Nature, está concentrado em áreas relativamente pequenas. Metade do carbono irrecuperável do planeta está concentrado em apenas 3,3% da superfície terrestre. Isso representaria, segundo o estudo, uma ótima oportunidade de investimentos de esforços nessas regiões em prol de aumentar a segurança climática global.

Além disso, 23% do carbono irrecuperável está dentro de áreas protegidas por governos e 33,6% são administrados por povos indígenas e comunidades locais.

Estratégias eficazes para reduzir o risco de mudanças climáticas catastróficas precisarão identificar as grandes reservas irrecuperáveis de carbono que estão em risco devido à ação do homem e priorizar sua proteção e gestão sustentável, juntamente com esforços para eliminar gradualmente as emissões de combustíveis fósseis e restaurar ecossistemas degradados.

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