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Vamos ser claros: o objetivo da greve dos caminhoneiros é chantagear o governo para que o imposto pago pelo trabalhador os financie.

Em um país com um governo que funciona bem, a paralisação não prosperaria. Algo semelhante aconteceu nos EUA de Reagan, quando os controladores de voo tentaram fazer greve. Acabaram demitidos. Hoje o aeroporto em Washington leva o nome do então presidente.

No caso desta greve dos caminhoneiros, não se discute o direito que eles têm de ficar em casa e se recusar a trabalhar. Mas é óbvio que quando bloqueiam estradas causam prejuízos para todos os brasileiros deliberadamente. É dever do governo, então, exercer o monopólio da força para remover os piquetes das rodovias, por meio das Forças Armadas ou da polícia.

Mas a greve dos caminhoneiros serve, ao menos, para alguma coisa: tem sido educativa. Podemos observar a reação dos políticos em frente à crise. Aprendemos nestes últimos dias quem são aqueles que enfrentam os problemas, e quais buscam a solução fácil de meter a mão no bolso do pagador de impostos.



Oferecer subsídios para os caminhoneiros e empresas de transporte é sucumbir à chantagem, na esperança de que o eleitor não note quem vai pagar a conta – ora, ele mesmo!

Os impostos sobre o diesel servem a um primeiro propósito, o de financiar os serviços que o governo oferece: escolas, polícia, saúde, aposentadorias entre outros. Quando ouvimos um político advogando redução os impostos, devemos sempre nos perguntar que gasto ele quer cortar.

Além de pagar por serviços do governo, os impostos sobre os combustíveis também têm a função de reduzir emissões de poluentes e proteger o meio ambiente. Quer reduzir o imposto do diesel? Por favor, mostre-nos uma medida compensatória que compense o dano ambiental maior.

Existem margens para reduzir os custos dos caminhoneiros no longo prazo. A Petrobras tem um quase monopólio das refinarias no Brasil. Se o mercado fosse menos concentrado, mais concorrência no refino levaria a mais eficiência e menores custos. Não há justificativa alguma para a atividade de refino ser estatal. No passado recente isso só serviu para larápios pagarem caro por refinarias. Passou da hora de se considerar a privatização das refinarias da Petrobras.

 

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Greve dos caminhoneiros: o que querem, afinal?

Vamos ser claros: o objetivo da greve dos caminhoneiros é chantagear o governo para que o imposto pago pelo trabalhador os financie. Em um país com um governo que funciona bem, a paralisação não prosperaria. Algo semelhante aconteceu nos EUA de Reagan, quando os controladores de voo tentaram fazer greve. Acabaram demitidos. Hoje o aeroporto em Washington leva o nome do então presidente. No caso desta greve dos caminhoneiros, não se discute o direito que eles têm de ficar em casa e se recusar a trabalhar. Mas é óbvio que quando bloqueiam estradas causam prejuízos para todos os brasileiros deliberadamente. É dever do governo, então, exercer o monopólio da força para remover os piquetes das rodovias, por meio das Forças Armadas ou da polícia. Mas a greve dos caminhoneiros serve, ao menos, para alguma coisa: tem sido educativa. Podemos observar a reação dos políticos em frente à crise. Aprendemos nestes últimos dias quem são aqueles que enfrentam os problemas, e quais buscam a solução fácil de meter a mão no bolso do pagador de impostos. Oferecer subsídios para os caminhoneiros e empresas de transporte é sucumbir à chantagem, na esperança de que o eleitor não note quem vai pagar a conta – ora, ele mesmo! Os impostos sobre o diesel servem a um primeiro propósito, o de financiar os serviços que o governo oferece: escolas, polícia, saúde, aposentadorias entre outros. Quando ouvimos um político advogando redução os impostos, devemos sempre nos perguntar que gasto ele quer cortar. Além de pagar por serviços do governo, os impostos sobre os combustíveis também têm a função de reduzir emissões de poluentes e proteger o meio ambiente. Quer reduzir o imposto do diesel? Por favor, mostre-nos uma medida compensatória que compense o dano ambiental maior. Existem margens para reduzir os custos dos caminhoneiros no longo prazo. A Petrobras tem um quase monopólio das refinarias no Brasil. Se o mercado fosse menos concentrado, mais concorrência no refino levaria a mais eficiência e menores custos. Não há justificativa alguma para a atividade de refino ser estatal. No passado recente isso só serviu para larápios pagarem caro por refinarias. Passou da hora de se considerar a privatização das refinarias da Petrobras.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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