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(Foto: David Carillet/123RF)

O gráfico a seguir é construído da seguinte maneira: somamos as importações e as exportações de todos os países para os quais a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) divulga dados de comércio internacional. E então dividimos o valor encontrado para o Brasil pelo total mundial. Como se vê, a participação do país cresce na primeira década do novo milênio de forma vigorosa (a partir de valores bem baixos, é verdade), mas, findo o período de ouro das commodities, volta a retroceder. A média está ali perto de 1,1% do total. É pouco, mas... Espera aí, como sabemos que 1,1% é pouco? O mundo, afinal de contas, é muito grande!

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Dizemos que o Brasil faz pouco comércio com o exterior porque a sua economia representa bem mais da economia mundial do que seu comércio do comércio mundial. Essa é a métrica. Como se vê no gráfico a seguir, na média desses mesmos últimos 20 anos a economia brasileira representou 3% do PIB mundial. Ou seja, 3 vezes mais que a participação brasileira no fluxo de comércio!
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Mas ainda não chegamos ao fim não, aguenta a mão aí. A teoria do comércio internacional nos diz que países grandes, em termos de população, extensão geográfica e PIB total, naturalmente comercializam menos com o exterior. Por quê? Porque dentro deles é como se tivéssemos vários países – por serem grandes – produzindo coisas diversas uns dos outros. É  natural que o “país Rio de Janeiro” transacione mais com o “país Bahia”, deslocando, dessa forma, o comércio potencial entre Rio e o país (esse sim um país de fato) Colômbia. E não se trata de jabuticaba não. Os Estados Unidos, um país com tarifas de importação médias bem baixas, tem um reduzido volume de comércio internacional como proporção de seu PIB. Por quê? Porque é um país muito vasto, contendo muitos “países internos”...

Ok, mas isolando esse “efeito tamanho”, ainda permanecemos uma economia fechada? A resposta é: SIM! De fato, tamanho importa (caras grandalhões comercializam menos), mas, mesmo levando isso em conta, os gráficos abaixo sugerem que o Brasil segue mal na foto, sempre abaixo da reta de ajuste.

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O Brasil é de fato uma economia muito fechada?

(Foto: David Carillet/123RF) O gráfico a seguir é construído da seguinte maneira: somamos as importações e as exportações de todos os países para os quais a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) divulga dados de comércio internacional. E então dividimos o valor encontrado para o Brasil pelo total mundial. Como se vê, a participação do país cresce na primeira década do novo milênio de forma vigorosa (a partir de valores bem baixos, é verdade), mas, findo o período de ouro das commodities, volta a retroceder. A média está ali perto de 1,1% do total. É pouco, mas... Espera aí, como sabemos que 1,1% é pouco? O mundo, afinal de contas, é muito grande! brasil_comex_01   Dizemos que o Brasil faz pouco comércio com o exterior porque a sua economia representa bem mais da economia mundial do que seu comércio do comércio mundial. Essa é a métrica. Como se vê no gráfico a seguir, na média desses mesmos últimos 20 anos a economia brasileira representou 3% do PIB mundial. Ou seja, 3 vezes mais que a participação brasileira no fluxo de comércio! brasil_comex_02 Mas ainda não chegamos ao fim não, aguenta a mão aí. A teoria do comércio internacional nos diz que países grandes, em termos de população, extensão geográfica e PIB total, naturalmente comercializam menos com o exterior. Por quê? Porque dentro deles é como se tivéssemos vários países – por serem grandes – produzindo coisas diversas uns dos outros. É  natural que o “país Rio de Janeiro” transacione mais com o “país Bahia”, deslocando, dessa forma, o comércio potencial entre Rio e o país (esse sim um país de fato) Colômbia. E não se trata de jabuticaba não. Os Estados Unidos, um país com tarifas de importação médias bem baixas, tem um reduzido volume de comércio internacional como proporção de seu PIB. Por quê? Porque é um país muito vasto, contendo muitos “países internos”... Ok, mas isolando esse “efeito tamanho”, ainda permanecemos uma economia fechada? A resposta é: SIM! De fato, tamanho importa (caras grandalhões comercializam menos), mas, mesmo levando isso em conta, os gráficos abaixo sugerem que o Brasil segue mal na foto, sempre abaixo da reta de ajuste. brasil_comex_03     Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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