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														Em uma economia de mercado, a competição favorece consumidores, pois
empresas precisam estar sempre oferecendo preços mais baixos e produtos de
melhor qualidade para continuar operando. Mas para empresários trata-se
obviamente de um mau negócio.


Por isso muitas vezes ouvimos falar de práticas anticompetitivas (ilegais em muitos países), como aquelas em que companhias se juntam para reduzir a competição em mercados onde atuam. O cartel é um exemplo disso.

Nesse arranjo, empresas se reúnem (quase sempre na surdina, pois se trata de algo ilegal) para dividir mercados, combinar preços, determinar uso de tecnologia etc.

O podcast Planet Money, da NPR, conta a história do Cartel Phoebus. Na década de 1920, os maiores produtores mundiais de lâmpadas decidiram se juntar para diminuir a vida útil do produto. Isso mesmo, reduzir a eficiência de todo o setor. Na verdade, isso demandou tempo e esforço de engenheiros dessas companhias, para gerar um produto de pior qualidade.

Com um produto menos durável, consumidores precisam comprar mais lâmpadas – o que acabou favorecendo as empresas do setor.

O principal desafio de qualquer cartel é manter o combinado, já que a tentação individual de desviar é grande – uma empresa que decida cobrar preço mais baixo ou oferecer um produto melhor se dá bem, pois pode “roubar” mercado das demais. Só que se todas as empresas fazem isso, elas acabam derrubando o lucro inteiro do setor – o que é ótimo para os consumidores, mas ruim para elas.

No caso do cartel da lâmpada, as empresas envolvidas submetiam o produto a testes periódicos para se assegurar de que ele não era bom o suficiente. Quem não cumprisse o combinado, estava sujeito a multas substanciais.

Isso permitiu que as companhias se mantivessem unidas no arranjo, desfeito apenas com a eclosão da Segunda Guerra Mundial – que destruiu qualquer possibilidade de cooperação internacional, inclusive entre empresas.

Esse caso, entretanto, teve um lado bom. A cooperação fez com que as empresas convergissem no padrão da lâmpada. Dessa forma, a grande maioria delas pode ser adaptada em um mesmo soquete – configuração que sobrevive até hoje.



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O cartel da lâmpada

Em uma economia de mercado, a competição favorece consumidores, pois empresas precisam estar sempre oferecendo preços mais baixos e produtos de melhor qualidade para continuar operando. Mas para empresários trata-se obviamente de um mau negócio.


Por isso muitas vezes ouvimos falar de práticas anticompetitivas (ilegais em muitos países), como aquelas em que companhias se juntam para reduzir a competição em mercados onde atuam. O cartel é um exemplo disso.

Nesse arranjo, empresas se reúnem (quase sempre na surdina, pois se trata de algo ilegal) para dividir mercados, combinar preços, determinar uso de tecnologia etc.

O podcast Planet Money, da NPR, conta a história do Cartel Phoebus. Na década de 1920, os maiores produtores mundiais de lâmpadas decidiram se juntar para diminuir a vida útil do produto. Isso mesmo, reduzir a eficiência de todo o setor. Na verdade, isso demandou tempo e esforço de engenheiros dessas companhias, para gerar um produto de pior qualidade.

Com um produto menos durável, consumidores precisam comprar mais lâmpadas – o que acabou favorecendo as empresas do setor.

O principal desafio de qualquer cartel é manter o combinado, já que a tentação individual de desviar é grande – uma empresa que decida cobrar preço mais baixo ou oferecer um produto melhor se dá bem, pois pode “roubar” mercado das demais. Só que se todas as empresas fazem isso, elas acabam derrubando o lucro inteiro do setor – o que é ótimo para os consumidores, mas ruim para elas.

No caso do cartel da lâmpada, as empresas envolvidas submetiam o produto a testes periódicos para se assegurar de que ele não era bom o suficiente. Quem não cumprisse o combinado, estava sujeito a multas substanciais.

Isso permitiu que as companhias se mantivessem unidas no arranjo, desfeito apenas com a eclosão da Segunda Guerra Mundial – que destruiu qualquer possibilidade de cooperação internacional, inclusive entre empresas.

Esse caso, entretanto, teve um lado bom. A cooperação fez com que as empresas convergissem no padrão da lâmpada. Dessa forma, a grande maioria delas pode ser adaptada em um mesmo soquete – configuração que sobrevive até hoje.



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