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Quando falamos em congelamento de preços por aqui nos lembramos logo do Plano Cruzado de 1986. Felizmente, exemplos mais atuais no Brasil são localizados e difusos. Na Argentina, por outro lado, o tema é quente. Provavelmente com objetivos eleitorais, no primeiro semestre deste ano o governo Macri anunciou o congelamento dos preços de sessenta itens básicos de consumo. E, como sabemos, não deu muito certo...

 

Outro dia, este colunista estava lendo sobre um congelamento de preços que aconteceu na Roma Antiga, no idos do ano 301. Preocupado com a inflação que estava gerando muitas revoltas populares, o imperador Diocleciano impôs a todos os domínios romanos uma tabela de preços para mais de mil mercadorias e serviços. Fragmentos da tabela estão no belo Museu Pergamon de Berlim. Uma tradução dela para o inglês pode ser encontrada aqui: https://www.academia.edu/23644199/New_English_translation_of_the_Price_Edict_of_Diocletianus

Em abril de 2019, a revista Superinteressante abordou o episódio e ainda calculou os preços dos produtos da tabela em reais (atenção: não faço a menor ideia se as contas estão certas!).

 

De acordo com o que dizem, quem não cumprisse a tabela morreria. Simples assim. E a ameaça de tirar a vida dos desobedientes devia ser bem crível naquela época! Então, se tem um exemplo de congelamento de preços bem-sucedido deve ser esse, não é? Pois é, nem esse. De acordo com os historiadores, mercados paralelos foram criados e a economia romana piorou ainda mais.

 

Se não dava certo na Roma Antiga, quando os imperadores matavam quem não obedecia, por que raios os políticos acham que o congelamento daria certo hoje? Que loucura, que loucura!

 


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O congelamento de preços de Diocleciano

Quando falamos em congelamento de preços por aqui nos lembramos logo do Plano Cruzado de 1986. Felizmente, exemplos mais atuais no Brasil são localizados e difusos. Na Argentina, por outro lado, o tema é quente. Provavelmente com objetivos eleitorais, no primeiro semestre deste ano o governo Macri anunciou o congelamento dos preços de sessenta itens básicos de consumo. E, como sabemos, não deu muito certo...

 

Outro dia, este colunista estava lendo sobre um congelamento de preços que aconteceu na Roma Antiga, no idos do ano 301. Preocupado com a inflação que estava gerando muitas revoltas populares, o imperador Diocleciano impôs a todos os domínios romanos uma tabela de preços para mais de mil mercadorias e serviços. Fragmentos da tabela estão no belo Museu Pergamon de Berlim. Uma tradução dela para o inglês pode ser encontrada aqui: https://www.academia.edu/23644199/New_English_translation_of_the_Price_Edict_of_Diocletianus

Em abril de 2019, a revista Superinteressante abordou o episódio e ainda calculou os preços dos produtos da tabela em reais (atenção: não faço a menor ideia se as contas estão certas!).

 

De acordo com o que dizem, quem não cumprisse a tabela morreria. Simples assim. E a ameaça de tirar a vida dos desobedientes devia ser bem crível naquela época! Então, se tem um exemplo de congelamento de preços bem-sucedido deve ser esse, não é? Pois é, nem esse. De acordo com os historiadores, mercados paralelos foram criados e a economia romana piorou ainda mais.

 

Se não dava certo na Roma Antiga, quando os imperadores matavam quem não obedecia, por que raios os políticos acham que o congelamento daria certo hoje? Que loucura, que loucura!

 


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