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Há algumas semanas escrevi um texto aqui, comentando que os impactos econômicos do coronavírus podem ser permanentes. Mesmo quando tivermos uma vacina efetiva e pudermos interagir normalmente, é bem possível que certos aspectos do nosso cotidiano nunca retornem ao que eram antes.

Com a quarentena, muita gente passou a trabalhar de casa. Tanto empresas como trabalhadores implementaram ajustes e fizeram investimentos para viabilizar isso. Quando a pandemia passar, esses investimentos não desaparecerão e, como consequência, diversas pessoas deverão continuar a trabalhar dessa forma permanentemente.

Mesmo que não ocorra uma transição total para o teletrabalho, arranjos híbridos podem se tornar mais comuns, nos quais a pessoa se desloca ao seu local de trabalho apenas em determinados dias da semana.

Isso deve mexer com o mercado imobiliário. Provavelmente, a necessidade de morar perto do trabalho será menor. Assim, uma parcela das pessoas optará por morar em locais afastados, mas que tenham mais espaço, maior contato com a natureza, ou que simplesmente sejam mais baratos. Talvez as empresas precisarão de escritórios menores, pois seus empregados não estarão fisicamente presentes o tempo todo.
Dessa forma, haverá menos demanda de imóveis nos grandes centros urbanos – e possivelmente seu preço vai cair. Já locais mais afastados (em cidades menores, por exemplo) devem seguir no sentido contrário.

O Globo reuniu em uma matéria interessante algumas percepções de especialistas ligados ao setor imobiliário, destacando mudanças nesse sentido. Claro, ainda são exemplos isolados, e que não permitem demonstrar tendências gerais. Para isso teremos que esperar mais tempo.


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O coronavírus e o mercado imobiliário

Há algumas semanas escrevi um texto aqui, comentando que os impactos econômicos do coronavírus podem ser permanentes. Mesmo quando tivermos uma vacina efetiva e pudermos interagir normalmente, é bem possível que certos aspectos do nosso cotidiano nunca retornem ao que eram antes.

Com a quarentena, muita gente passou a trabalhar de casa. Tanto empresas como trabalhadores implementaram ajustes e fizeram investimentos para viabilizar isso. Quando a pandemia passar, esses investimentos não desaparecerão e, como consequência, diversas pessoas deverão continuar a trabalhar dessa forma permanentemente.

Mesmo que não ocorra uma transição total para o teletrabalho, arranjos híbridos podem se tornar mais comuns, nos quais a pessoa se desloca ao seu local de trabalho apenas em determinados dias da semana.

Isso deve mexer com o mercado imobiliário. Provavelmente, a necessidade de morar perto do trabalho será menor. Assim, uma parcela das pessoas optará por morar em locais afastados, mas que tenham mais espaço, maior contato com a natureza, ou que simplesmente sejam mais baratos. Talvez as empresas precisarão de escritórios menores, pois seus empregados não estarão fisicamente presentes o tempo todo.
Dessa forma, haverá menos demanda de imóveis nos grandes centros urbanos – e possivelmente seu preço vai cair. Já locais mais afastados (em cidades menores, por exemplo) devem seguir no sentido contrário.

O Globo reuniu em uma matéria interessante algumas percepções de especialistas ligados ao setor imobiliário, destacando mudanças nesse sentido. Claro, ainda são exemplos isolados, e que não permitem demonstrar tendências gerais. Para isso teremos que esperar mais tempo.


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