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Neste fim de semana teremos o derradeiro episódio de Game of Thrones. A série é um fenômeno mundial, atraindo a atenção de diversas pessoas no mundo. Fãs passam horas debatendo as mais variadas teorias sobre o enredo. Economistas não ficam de fora dessa.

Já falamos anteriormente sobre um aspecto da economia de Westeros, o continente fictício em que a maior parte da história se passa: a ausência de progresso tecnológico e desenvolvimento da região, que se encontra estagnada há cerca de oito milênios.

Mas há outro aspecto econômico, que lembra muito a discussão sobre mudanças climáticas: a guerra contra os caminhantes brancos.

No mundo real, a questão das mudanças climáticas é muito séria e envolve efeitos que extrapolam as fronteiras de um país. Trata-se de uma externalidade negativa em escala global: quanto uma nação queima de combustíveis fósseis afeta adversamente o bem-estar de outras nações.

Cada país, portanto, não tem incentivo para deixar de poluir em excesso, , já que os custos de suas ações não recaem apenas sobre seus habitantes. Mas com todos os países atuando da mesma forma, teremos uma emissão excessiva de gases de efeito estufa, prejudicando o mundo como um todo.

Para resolver esse problema, é preciso uma coordenação de políticas dos mais diversos países, de forma que  conjuntamente reduzam a emissão de tais gases. Mas isso é complicado, pois há um incentivo a pular fora: se todo mundo está fazendo a sua parte, um país pode simplesmente não cumprir o combinado e poluir mais. Dessa forma não precisa fazer ajustes radicais em sua estrutura produtiva, aumentar impostos sobre atividades poluidoras etc., e de quebra se beneficia das atitudes dos demais. Para mais detalhes, veja este texto nosso de 2017.

O que isso tem a ver com os caminhantes brancos de Game of Thrones?

Os caminhantes brancos são um bando de mortos-vivos, comandados pelo Rei da Noite. Eles ameaçam os habitantes de Westeros, pois seu comandante quer acabar com toda a vida no continente. Trata-se de um exército gigantesco, muito difícil de ser combatido.

É necessário um contingente grande de pessoas dispostas a derrotá-los – ou seja, um acordo entre os mais diversos “países” para que juntem forças e barrem os caminhantes brancos. Os custos do confronto serão incrivelmente elevados, com várias pessoas perdendo a vida – e possivelmente passando a integrar o exército do Rei da Noite.

De fato, as últimas duas temporadas da série mostraram uma tentativa de coordenação entre casas nobres. Vários desses poderes  têm desconfianças enormes entre si, em virtude dos acontecimentos da série. Alguns inclusive estão em guerra.

Note a dificuldade de coordenação. Se você se desvia da coalizão montada, deixa que os demais poderes lutem contra os caminhantes brancos – e você ainda assim se beneficia disso. Só que você preserva o seu exército – o que é particularmente importante, pois você terá que enfrentar seus rivais humanos assim que a guerra contra os mortos-vivos terminar.

Não falarei mais nada sobre a série para não dar muito spoiler. Mas perceba as similaridades com o problema das mudanças climáticas. Se você não participa do acordo, ainda se beneficia do que os outros países estão fazendo, mas não paga o custo de fazer os ajustes necessários no estilo de vida de seus cidadãos.

Não tenho a menor ideia se essa analogia estava na cabeça de George R. R. Martin quando escreveu a história. Mas claramente há similaridades.

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O que Game of Thrones tem a ver com mudanças climáticas?

Neste fim de semana teremos o derradeiro episódio de Game of Thrones. A série é um fenômeno mundial, atraindo a atenção de diversas pessoas no mundo. Fãs passam horas debatendo as mais variadas teorias sobre o enredo. Economistas não ficam de fora dessa. Já falamos anteriormente sobre um aspecto da economia de Westeros, o continente fictício em que a maior parte da história se passa: a ausência de progresso tecnológico e desenvolvimento da região, que se encontra estagnada há cerca de oito milênios. Mas há outro aspecto econômico, que lembra muito a discussão sobre mudanças climáticas: a guerra contra os caminhantes brancos. No mundo real, a questão das mudanças climáticas é muito séria e envolve efeitos que extrapolam as fronteiras de um país. Trata-se de uma externalidade negativa em escala global: quanto uma nação queima de combustíveis fósseis afeta adversamente o bem-estar de outras nações. Cada país, portanto, não tem incentivo para deixar de poluir em excesso, , já que os custos de suas ações não recaem apenas sobre seus habitantes. Mas com todos os países atuando da mesma forma, teremos uma emissão excessiva de gases de efeito estufa, prejudicando o mundo como um todo. Para resolver esse problema, é preciso uma coordenação de políticas dos mais diversos países, de forma que  conjuntamente reduzam a emissão de tais gases. Mas isso é complicado, pois há um incentivo a pular fora: se todo mundo está fazendo a sua parte, um país pode simplesmente não cumprir o combinado e poluir mais. Dessa forma não precisa fazer ajustes radicais em sua estrutura produtiva, aumentar impostos sobre atividades poluidoras etc., e de quebra se beneficia das atitudes dos demais. Para mais detalhes, veja este texto nosso de 2017. O que isso tem a ver com os caminhantes brancos de Game of Thrones? Os caminhantes brancos são um bando de mortos-vivos, comandados pelo Rei da Noite. Eles ameaçam os habitantes de Westeros, pois seu comandante quer acabar com toda a vida no continente. Trata-se de um exército gigantesco, muito difícil de ser combatido. É necessário um contingente grande de pessoas dispostas a derrotá-los – ou seja, um acordo entre os mais diversos “países” para que juntem forças e barrem os caminhantes brancos. Os custos do confronto serão incrivelmente elevados, com várias pessoas perdendo a vida – e possivelmente passando a integrar o exército do Rei da Noite. De fato, as últimas duas temporadas da série mostraram uma tentativa de coordenação entre casas nobres. Vários desses poderes  têm desconfianças enormes entre si, em virtude dos acontecimentos da série. Alguns inclusive estão em guerra. Note a dificuldade de coordenação. Se você se desvia da coalizão montada, deixa que os demais poderes lutem contra os caminhantes brancos – e você ainda assim se beneficia disso. Só que você preserva o seu exército – o que é particularmente importante, pois você terá que enfrentar seus rivais humanos assim que a guerra contra os mortos-vivos terminar. Não falarei mais nada sobre a série para não dar muito spoiler. Mas perceba as similaridades com o problema das mudanças climáticas. Se você não participa do acordo, ainda se beneficia do que os outros países estão fazendo, mas não paga o custo de fazer os ajustes necessários no estilo de vida de seus cidadãos. Não tenho a menor ideia se essa analogia estava na cabeça de George R. R. Martin quando escreveu a história. Mas claramente há similaridades. Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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