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														O Acordo de Paris estabelece como meta limitar o aumento médio da temperatura global a 2°C em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para não ultrapassar 1,5°C.
A diferença entre 1,5°C e 2°C pode não parecer tão alta a princípio, mas, analisando de perto os impactos, 0,5°C de diferença são consideráveis.
Confira abaixo o que essa diferença representa em diversas variáveis. 


Ondas de Calor

Se a temperatura média do planeta tiver aumento de 1,5°C, 14% da população será exposta a ondas de calor severas pelo menos uma vez a cada cinco anos.
Por outro lado, se o aumento for de 2°C, esse percentual sobe para 37% da população.
Em números absolutos, limitar o aquecimento a 1,5°C reduziria o número de pessoas frequentemente expostas a ondas extremas de calor em cerca de 420 milhões. 

Secas

Em um mundo 2°C mais quente do que nos níveis pré-industriais, a estimativa é que aproximadamente 61 milhões a mais de pessoas que vivem nas áreas urbanas estariam expostas a secas severas do que em um aquecimento de 1,5°C. 

Crise Hídrica

Se o aquecimento for limitado a 1,5°C, até 50% menos pessoas sofrerão aumento do estresse hídrico induzido pelas mudanças climáticas, embora o grau varie regionalmente.
A estimativa é que de 184 milhões a 270 milhões de pessoas a menos sejam expostas a aumentos na escassez de água em 2050 do que se o aumento médio na temperatura for de 2°C. 

Biodiversidade

Na tabela abaixo, confira os percentuais de cada espécie que terão habitats climáticos reduzidos em mais da metade em cada cenário de aumento médio da temperatura.
Com um aquecimento de 1,5°C, os habitats climáticos das seguintes porcentagens de espécies serão reduzidos em mais da metade:

EspécieAfetados com aumento de 1,5°C Afetados com aumento de 2°C 
Insetos6% 18% 
Plantas8% 16% 
Vertebrados4% 8% 
 As consequências são consideráveis. Insetos polinizadores, como abelhas, que sustentam a produtividade agrícola, por exemplo, têm alcances geográficos significativamente maiores com um aquecimento de 1,5°C do que de 2°C. 

Mudanças de bioma

Ecossistemas inteiros se transformarão com as mudanças climáticas.
Com um aumento de 2°C da temperatura, aproximadamente 13% das áreas terrestres terão ecossistemas que se transformarão de um tipo de bioma para outro – cerca de 50% a mais do que no caso de 1,5°C de aquecimento.
As florestas de tundra e boreal localizadas em altas latitudes estão particularmente em risco de degradação, com prováveis mudanças de bioma no Ártico e nas regiões alpinas.
Limitar o aquecimento a 1,5°C em vez de 2°C deve evitar que 1,5 milhão a 2,5 milhões de quilômetros quadrados de solos congelados de permafrost descongelem ao longo dos séculos, reduzindo sua perda de carbono irrecuperável armazenado.
O permafrost é uma camada do subsolo permanentemente congelada. Ele cobre 25% da superfície terrestre do Hemisfério Norte, e contêm quase 1,7 trilhão de toneladas de carbono, ou seja, quase o dobro do dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera.

Nível do Mar 

Com aquecimento de 2°C, mais de 70% das encostas terão um aumento do nível do mar superior a 0,2 metro. Esse efeito vai gerar aumento das inundações costeiras, erosão das praias, salinização do abastecimento de água, dentre outros impactos. 
Cerca de 10 milhões de pessoas a menos estariam expostas a esses riscos até 2100 caso o aumento de temperatura se limitasse a 1,5°C. 
Retardar o aumento do nível do mar permitiria que o homem e os ecossistemas se adaptassem melhor, particularmente em pequenas ilhas, áreas costeiras e deltas.    

Pobreza

Tanto um aumento de 1,5°C quanto o de 2°C provocarão crescimento dos riscos relacionados ao clima para a saúde, meios de subsistência, segurança alimentar, abastecimento de água e crescimento econômico.
Mas eles são mais significativos na segunda hipótese.
Limitar o aquecimento a 1,5°C poderia reduzir o número de pessoas suscetíveis aos riscos de pobreza relacionados ao clima em até várias centenas de milhões até 2050.

Segurança Alimentar 

Os rendimentos de culturas como milho, arroz, trigo e outras culturas de cereais serão menores com as mudanças climáticas. 
A produção global de milho, por exemplo, será cerca de 5% menor com aquecimento de 2°C em relação a 1,5°C. Arroz e trigo se tornarão menos nutritivos. 
De 7% a 10% do gado de pastagem será perdido caso a temperatura aumente 2°C. 

Como se vê, esse meio grau a mais de aquecimento pode agravar muito as consequências para a vida sobre a Terra. Por isso, o Acordo de Paris pede esforços extras para limitar o aumento da temperatura média em 1,5°C.   


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O que um aumento de temperatura de 0,5°C a mais pode causar

O Acordo de Paris estabelece como meta limitar o aumento médio da temperatura global a 2°C em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para não ultrapassar 1,5°C.
A diferença entre 1,5°C e 2°C pode não parecer tão alta a princípio, mas, analisando de perto os impactos, 0,5°C de diferença são consideráveis.
Confira abaixo o que essa diferença representa em diversas variáveis. 


Ondas de Calor

Se a temperatura média do planeta tiver aumento de 1,5°C, 14% da população será exposta a ondas de calor severas pelo menos uma vez a cada cinco anos.
Por outro lado, se o aumento for de 2°C, esse percentual sobe para 37% da população.
Em números absolutos, limitar o aquecimento a 1,5°C reduziria o número de pessoas frequentemente expostas a ondas extremas de calor em cerca de 420 milhões. 

Secas

Em um mundo 2°C mais quente do que nos níveis pré-industriais, a estimativa é que aproximadamente 61 milhões a mais de pessoas que vivem nas áreas urbanas estariam expostas a secas severas do que em um aquecimento de 1,5°C. 

Crise Hídrica

Se o aquecimento for limitado a 1,5°C, até 50% menos pessoas sofrerão aumento do estresse hídrico induzido pelas mudanças climáticas, embora o grau varie regionalmente.
A estimativa é que de 184 milhões a 270 milhões de pessoas a menos sejam expostas a aumentos na escassez de água em 2050 do que se o aumento médio na temperatura for de 2°C. 

Biodiversidade

Na tabela abaixo, confira os percentuais de cada espécie que terão habitats climáticos reduzidos em mais da metade em cada cenário de aumento médio da temperatura.
Com um aquecimento de 1,5°C, os habitats climáticos das seguintes porcentagens de espécies serão reduzidos em mais da metade:

EspécieAfetados com aumento de 1,5°C Afetados com aumento de 2°C 
Insetos6% 18% 
Plantas8% 16% 
Vertebrados4% 8% 
 As consequências são consideráveis. Insetos polinizadores, como abelhas, que sustentam a produtividade agrícola, por exemplo, têm alcances geográficos significativamente maiores com um aquecimento de 1,5°C do que de 2°C. 

Mudanças de bioma

Ecossistemas inteiros se transformarão com as mudanças climáticas.
Com um aumento de 2°C da temperatura, aproximadamente 13% das áreas terrestres terão ecossistemas que se transformarão de um tipo de bioma para outro – cerca de 50% a mais do que no caso de 1,5°C de aquecimento.
As florestas de tundra e boreal localizadas em altas latitudes estão particularmente em risco de degradação, com prováveis mudanças de bioma no Ártico e nas regiões alpinas.
Limitar o aquecimento a 1,5°C em vez de 2°C deve evitar que 1,5 milhão a 2,5 milhões de quilômetros quadrados de solos congelados de permafrost descongelem ao longo dos séculos, reduzindo sua perda de carbono irrecuperável armazenado.
O permafrost é uma camada do subsolo permanentemente congelada. Ele cobre 25% da superfície terrestre do Hemisfério Norte, e contêm quase 1,7 trilhão de toneladas de carbono, ou seja, quase o dobro do dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera.

Nível do Mar 

Com aquecimento de 2°C, mais de 70% das encostas terão um aumento do nível do mar superior a 0,2 metro. Esse efeito vai gerar aumento das inundações costeiras, erosão das praias, salinização do abastecimento de água, dentre outros impactos. 
Cerca de 10 milhões de pessoas a menos estariam expostas a esses riscos até 2100 caso o aumento de temperatura se limitasse a 1,5°C. 
Retardar o aumento do nível do mar permitiria que o homem e os ecossistemas se adaptassem melhor, particularmente em pequenas ilhas, áreas costeiras e deltas.    

Pobreza

Tanto um aumento de 1,5°C quanto o de 2°C provocarão crescimento dos riscos relacionados ao clima para a saúde, meios de subsistência, segurança alimentar, abastecimento de água e crescimento econômico.
Mas eles são mais significativos na segunda hipótese.
Limitar o aquecimento a 1,5°C poderia reduzir o número de pessoas suscetíveis aos riscos de pobreza relacionados ao clima em até várias centenas de milhões até 2050.

Segurança Alimentar 

Os rendimentos de culturas como milho, arroz, trigo e outras culturas de cereais serão menores com as mudanças climáticas. 
A produção global de milho, por exemplo, será cerca de 5% menor com aquecimento de 2°C em relação a 1,5°C. Arroz e trigo se tornarão menos nutritivos. 
De 7% a 10% do gado de pastagem será perdido caso a temperatura aumente 2°C. 

Como se vê, esse meio grau a mais de aquecimento pode agravar muito as consequências para a vida sobre a Terra. Por isso, o Acordo de Paris pede esforços extras para limitar o aumento da temperatura média em 1,5°C.   


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