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Nome do trabalho
Essays on International Spillovers of Monetary Policy
Ensaios sobre efeitos de transbordamento de política monetária

Autor
Natalia Quiroga Cotarelli

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP)

Link para Lattes
https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=E5F5747EAA4CF0E019AB38D6F8BDFBED#

Orientador
Márcio Issao Nakane

Local de publicação do trabalho
Tese (doutorado). Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP): 2022.

Link para o original
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-03012024-115907/pt-br.php

Mini-bio
Doutora em Teoria Econômica pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) sob orientação de Marcio Issao Nakane desde 2022. Tem mestrado pela mesma instituição, obtido em 2014, e graduação em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Foi Visiting Scholar do Departamento de Economia da Columbia University in the City of New York pela CAPES. Atualmente é economista no Banco Itaú.

A qual pergunta essa pesquisa responde?
Países olham para a taxa de juros de outros países para tomar as suas decisões de política monetária?
O objetivo é tentar avaliar se existe efeito transbordamento nas decisões de juros entre os países por meio de diferentes técnicas estatísticas.

Além disso, a pesquisa busca avaliar o custo de bem-estar de um país ao considerar variáveis externas na sua tomada de decisão.

Qual a relevância desse tema? Por que é importante que as pessoas conheçam mais sobre ele?
Os países têm ficado cada vez mais integrados. O impacto que a decisão de um governo ou autoridade de um país tem sobre os demais tem crescido. Assim, ao buscar avaliar em qual medida e por qual canal a economia de um país afeta as demais, podemos até mesmo mitigar (ou pelo menos antecipar) crises advindas de fatores externos.

Quais as conclusões do estudo?
Partindo de uma Regra de Taylor tradicional e utilizando métodos de econometria espacial, conclui-se que, além da taxa inflação e do hiato do produto, os países levam em conta as taxas de juros internacionais nas decisões de política monetária (sendo que, quanto maior a relação comercial desses países, maior é o efeito transbordamento nas decisões de taxa de juros dos bancos centrais).

Além disso, desenvolvendo um modelo que considera a Regra de Taylor ampliada (com hiato, taxa de inflação e juros externos) e estimando esse modelo para Brasil, verificou-se que um choque negativo na taxa de juros americana gera uma queda na taxa de juros brasileira, estimulando a atividade e o consumo. Como consequência, tem-se uma alta dos preços domésticos.

Por fim, obtêm-se algumas evidências de que, ao considerar a taxa de juros internacional, o Banco Central incorre em perda de bem-estar social (sendo que o custo desse bem-estar depende, principalmente, do grau de abertura da economia).

O que há de novo na sua pesquisa?
As principais inovações são, em primeiro lugar, o método aplicado: o uso da econometria espacial na área da macroeconomia ainda não é muito difundido. Em segundo lugar, a modelagem: até o momento da divulgação ainda não havia modelos dinâmicos estocásticos de equilíbrio geral (DSGE) que incorporavam a taxa de juros externa na Regra de Taylor. Por fim, a terceira inovação está na conclusão: a avaliação de que o Banco Central incorre em perda de bem-estar social por considerar uma variável externa a sua função de reação também não tinha sido encontrada em outros trabalhos, até a divulgação desta pesquisa.

Qual foi a metodologia empregada e dados utilizados?
Foram utilizadas diferentes metodologias. No primeiro artigo, empregou-se o método da econometria espacial para avaliar o efeito de transbordamento, com dados de inflação, atividade, taxa de juros e matriz de comércio entre países derivadas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No segundo e terceiro artigos foram utilizados modelos DSGE.

Conte um pouco: Quais foram os principais desafios encontrados? Como você superou e qual a sensação frente a esses desafios e à conclusão da sua pesquisa?
Na primeira parte do trabalho, meu principal desafio foi me aprofundar na metodologia de econometria espacial, já que esta não era minha área de pesquisa até o momento. Foi essencial ter auxílio do meu professor e coautor do texto para o desenvolvimento dos códigos necessários para as estimações espaciais.

Para desenvolver o modelo, o principal desafio foi superar as frustrações com os resultados insatisfatórios. Foram diversas tentativas e diferentes formas de modelagem testadas até que eu atingisse o objetivo desejado.
Além disso, vale destacar os desafios externos. A tese foi finalizada no meio da pandemia e, além disso, eu ainda tive uma prorrogação de prazo por causa da licença maternidade.

Qual ou quais públicos são mais relevantes para conhecer o resultado?
Esta tese pode ser relevante para os agentes de política monetária. A avaliação de que há efeitos de transbordamento pode ser levada em consideração nas reuniões dos bancos centrais. Além disso, o fato de que a inclusão da taxa de juros internacional na função reação dos bancos centrais pode levar a um custo de bem-estar social, também pode levar a uma reavaliação por parte dos agentes de política monetária sobre a melhor forma de lidar com a integração econômica dos últimos anos.

Por fim, todas as pessoas curiosas pelo tema de macroeconomia e integração entre os países podem ficar interessadas com os artigos que buscam mostrar de que forma decisões tomadas em uma parte do mundo podem afetar sua vida cotidiana, por exemplo ao mexer na inflação doméstica.

Quais as palavras-chave do estudo?
Política monetária internacional, efeitos de transbordamento, Banco Central.

Coloque, por favor, as principais referências do trabalho.
CLARIDA, R. et al. Monetary Policy and Exchange Rate Volatility in a Small Open Economy. The Review of Economic Studies, v. 72, n. 3, p. 707–734, 07 2005. ISSN 0034-6527. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/j.1467-937X.2005.00349.x>. 59, 60, 66, 81, 83, 92, 98, 99, 101, 106

SCHMITT-GROHE, S.; URIBE, M. Optimal simple and implementable monetary and fiscal rules. Journal of Monetary Economics, v. 54, n. 6, p. 1702–1725, 2007. ISSN 0304-3932. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S030439320600167X>. 59, 66, 102, 106


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Países olham para a taxa de juros de outros países para tomar as suas decisões de política monetária? | Percurso Acadêmico

Nome do trabalho
Essays on International Spillovers of Monetary Policy
Ensaios sobre efeitos de transbordamento de política monetária

Autor
Natalia Quiroga Cotarelli

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP)

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Orientador
Márcio Issao Nakane

Local de publicação do trabalho
Tese (doutorado). Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP): 2022.

Link para o original
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-03012024-115907/pt-br.php

Mini-bio
Doutora em Teoria Econômica pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) sob orientação de Marcio Issao Nakane desde 2022. Tem mestrado pela mesma instituição, obtido em 2014, e graduação em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Foi Visiting Scholar do Departamento de Economia da Columbia University in the City of New York pela CAPES. Atualmente é economista no Banco Itaú.

A qual pergunta essa pesquisa responde?
Países olham para a taxa de juros de outros países para tomar as suas decisões de política monetária?
O objetivo é tentar avaliar se existe efeito transbordamento nas decisões de juros entre os países por meio de diferentes técnicas estatísticas.

Além disso, a pesquisa busca avaliar o custo de bem-estar de um país ao considerar variáveis externas na sua tomada de decisão.

Qual a relevância desse tema? Por que é importante que as pessoas conheçam mais sobre ele?
Os países têm ficado cada vez mais integrados. O impacto que a decisão de um governo ou autoridade de um país tem sobre os demais tem crescido. Assim, ao buscar avaliar em qual medida e por qual canal a economia de um país afeta as demais, podemos até mesmo mitigar (ou pelo menos antecipar) crises advindas de fatores externos.

Quais as conclusões do estudo?
Partindo de uma Regra de Taylor tradicional e utilizando métodos de econometria espacial, conclui-se que, além da taxa inflação e do hiato do produto, os países levam em conta as taxas de juros internacionais nas decisões de política monetária (sendo que, quanto maior a relação comercial desses países, maior é o efeito transbordamento nas decisões de taxa de juros dos bancos centrais).

Além disso, desenvolvendo um modelo que considera a Regra de Taylor ampliada (com hiato, taxa de inflação e juros externos) e estimando esse modelo para Brasil, verificou-se que um choque negativo na taxa de juros americana gera uma queda na taxa de juros brasileira, estimulando a atividade e o consumo. Como consequência, tem-se uma alta dos preços domésticos.

Por fim, obtêm-se algumas evidências de que, ao considerar a taxa de juros internacional, o Banco Central incorre em perda de bem-estar social (sendo que o custo desse bem-estar depende, principalmente, do grau de abertura da economia).

O que há de novo na sua pesquisa?
As principais inovações são, em primeiro lugar, o método aplicado: o uso da econometria espacial na área da macroeconomia ainda não é muito difundido. Em segundo lugar, a modelagem: até o momento da divulgação ainda não havia modelos dinâmicos estocásticos de equilíbrio geral (DSGE) que incorporavam a taxa de juros externa na Regra de Taylor. Por fim, a terceira inovação está na conclusão: a avaliação de que o Banco Central incorre em perda de bem-estar social por considerar uma variável externa a sua função de reação também não tinha sido encontrada em outros trabalhos, até a divulgação desta pesquisa.

Qual foi a metodologia empregada e dados utilizados?
Foram utilizadas diferentes metodologias. No primeiro artigo, empregou-se o método da econometria espacial para avaliar o efeito de transbordamento, com dados de inflação, atividade, taxa de juros e matriz de comércio entre países derivadas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No segundo e terceiro artigos foram utilizados modelos DSGE.

Conte um pouco: Quais foram os principais desafios encontrados? Como você superou e qual a sensação frente a esses desafios e à conclusão da sua pesquisa?
Na primeira parte do trabalho, meu principal desafio foi me aprofundar na metodologia de econometria espacial, já que esta não era minha área de pesquisa até o momento. Foi essencial ter auxílio do meu professor e coautor do texto para o desenvolvimento dos códigos necessários para as estimações espaciais.

Para desenvolver o modelo, o principal desafio foi superar as frustrações com os resultados insatisfatórios. Foram diversas tentativas e diferentes formas de modelagem testadas até que eu atingisse o objetivo desejado.
Além disso, vale destacar os desafios externos. A tese foi finalizada no meio da pandemia e, além disso, eu ainda tive uma prorrogação de prazo por causa da licença maternidade.

Qual ou quais públicos são mais relevantes para conhecer o resultado?
Esta tese pode ser relevante para os agentes de política monetária. A avaliação de que há efeitos de transbordamento pode ser levada em consideração nas reuniões dos bancos centrais. Além disso, o fato de que a inclusão da taxa de juros internacional na função reação dos bancos centrais pode levar a um custo de bem-estar social, também pode levar a uma reavaliação por parte dos agentes de política monetária sobre a melhor forma de lidar com a integração econômica dos últimos anos.

Por fim, todas as pessoas curiosas pelo tema de macroeconomia e integração entre os países podem ficar interessadas com os artigos que buscam mostrar de que forma decisões tomadas em uma parte do mundo podem afetar sua vida cotidiana, por exemplo ao mexer na inflação doméstica.

Quais as palavras-chave do estudo?
Política monetária internacional, efeitos de transbordamento, Banco Central.

Coloque, por favor, as principais referências do trabalho.
CLARIDA, R. et al. Monetary Policy and Exchange Rate Volatility in a Small Open Economy. The Review of Economic Studies, v. 72, n. 3, p. 707–734, 07 2005. ISSN 0034-6527. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/j.1467-937X.2005.00349.x>. 59, 60, 66, 81, 83, 92, 98, 99, 101, 106

SCHMITT-GROHE, S.; URIBE, M. Optimal simple and implementable monetary and fiscal rules. Journal of Monetary Economics, v. 54, n. 6, p. 1702–1725, 2007. ISSN 0304-3932. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S030439320600167X>. 59, 66, 102, 106


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