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Todos nós já ouvimos falar do FGTS, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Todo trabalhador com carteira assinada tem um desconto mensal porque seu empregador deposita um valor equivalente a 8% dos salários em uma conta administrada pelo FGTS. Em algumas ocasiões especiais, ou no caso de o empregado ser demitido sem justa causa, é possível sacar recursos desse fundo.

E a Caixa Econômica Federal? É aquele banco estatal sobre o qual vários políticos, dizem, exercem influência. Durante o governo de Dilma Rousseff, foi usado para conceder empréstimos de qualidade duvidosa e hoje se encontra em uma situação delicada. Seu capital está perto do mínimo exigido pelas regras do terceiro Acordo da Basileia. Sem capital próprio, o banco não tem como emprestar mais.

Opa! Mas o que é o "Acordo da Basileia"? É um conjunto de regras seguidas pelos reguladores bancários de praticamente todos os países do mundo. Determina como os bancos podem ou não operar. A ideia é reduzir os riscos de cada banco e, assim, reduzir o risco e o custo de crises financeiras.

Mas o que tem a ver o Acordo da Basileia, a Caixa Econômica dos políticos e o dinheiro dos trabalhadores?

Vamos ligar os pontos.

Se você tiver experiência de Brasil, a resposta deve estar na ponta da língua: a Caixa se enroscou nas regras da Basileia e os políticos querem usar o dinheiro do trabalhador para salvar o banco deles.

Quem disse que é difícil entender o Brasil?

Mas existe outra solução para esse problema?

Certamente, amigo leitor.

A Caixa Econômica Federal dos políticos poderia, por exemplo, ser privatizada. Ou, na ausência de compradores, poderia então haver uma reestruturação que a tornasse lucrativa. Ou, caso seja impossível reestruturá-la, sua carteira de empréstimos poderia ser leiloada. Ou ainda, no caso extremo de sua carteira de ativos valer menos que seu passivo, deve ser liquidada.

Nenhuma dessas soluções implica enfiar a mão no dinheiro dos trabalhadores.

 

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Por que a Caixa Econômica Federal precisa do FGTS?

caixa-fgts1 Todos nós já ouvimos falar do FGTS, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Todo trabalhador com carteira assinada tem um desconto mensal porque seu empregador deposita um valor equivalente a 8% dos salários em uma conta administrada pelo FGTS. Em algumas ocasiões especiais, ou no caso de o empregado ser demitido sem justa causa, é possível sacar recursos desse fundo. E a Caixa Econômica Federal? É aquele banco estatal sobre o qual vários políticos, dizem, exercem influência. Durante o governo de Dilma Rousseff, foi usado para conceder empréstimos de qualidade duvidosa e hoje se encontra em uma situação delicada. Seu capital está perto do mínimo exigido pelas regras do terceiro Acordo da Basileia. Sem capital próprio, o banco não tem como emprestar mais. Opa! Mas o que é o "Acordo da Basileia"? É um conjunto de regras seguidas pelos reguladores bancários de praticamente todos os países do mundo. Determina como os bancos podem ou não operar. A ideia é reduzir os riscos de cada banco e, assim, reduzir o risco e o custo de crises financeiras. Mas o que tem a ver o Acordo da Basileia, a Caixa Econômica dos políticos e o dinheiro dos trabalhadores? Vamos ligar os pontos. Se você tiver experiência de Brasil, a resposta deve estar na ponta da língua: a Caixa se enroscou nas regras da Basileia e os políticos querem usar o dinheiro do trabalhador para salvar o banco deles. Quem disse que é difícil entender o Brasil? Mas existe outra solução para esse problema? Certamente, amigo leitor. A Caixa Econômica Federal dos políticos poderia, por exemplo, ser privatizada. Ou, na ausência de compradores, poderia então haver uma reestruturação que a tornasse lucrativa. Ou, caso seja impossível reestruturá-la, sua carteira de empréstimos poderia ser leiloada. Ou ainda, no caso extremo de sua carteira de ativos valer menos que seu passivo, deve ser liquidada. Nenhuma dessas soluções implica enfiar a mão no dinheiro dos trabalhadores.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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