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Entre tantas e tantas informações, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem avisado a cada publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a famosa "inflação oficial": comer pizza está mais caro em 2015.

Basta rápida pesquisa em seus dados públicos para isso se tornar óbvio: o preço do tomate acumula alta de 23% entre janeiro e agosto de 2015; o do fermento, 14%; o da azeitona, mais 14%; e o do queijo, 8%. Apenas o trigo tenta dar um respiro para os bolsos do produtor e do consumidor: seu preço chegou a cair 0,2% de acordo com o IBGE neste ano - o que, na somatória das variações, não é quase nada.

Ainda assim, esse alívio do trigo pode ser revertido daqui em diante. Parte considerável do produto consumido no Brasil é importado e, portanto, pago em dólares. E o dólar, como você deve estar cansado de saber, vem mostrando energia de sobra para ficar ainda mais caro nestes tempos.

Portanto, o que você pode ter percebido quando pede uma redonda em sua casa está oficialmente documentado: o preço da pizza está mesmo mais alto. Aliás, comer fora de casa, de maneira geral, pede mais grana em mãos: esse item do IPCA já subiu quase 7% neste ano.

pizza

Mas o assunto aqui é o preço da pizza e, retomando, há quem dirá:

– A inflação da pizza está uma loucura!!!

Para esses, dizemos "não". Nada permite dizer isso a não ser seu livre-arbítrio. Ou seja, sim, está mais caro comer uma margherita na pizzaria ou mesmo fazer a própria receita em casa. Os preços dos ingredientes subiram, afinal. Mas, não, não existe a "inflação da pizza" ou de qualquer outro produto isoladamente.

Epa, como assim?

A confusão com a inflação é bem comum. Quem de nós nunca leu sobre “inflação do tomate”, “inflação da carne”, “inflação do aluguel” e coisa e tal?

Mas, a rigor, não é por aí. A inflação é sempre medida por um índice, neste caso, o IPCA. Ou seja, tecnicamente, o termo não representa a simples elevação de preço de determinado bem ou serviço. A inflação é sempre uma variação média de vários preços. Aponta em determinado período (em geral, de um mês ao outro, acumulada no ano e em 12 meses) as mudanças de preços de todo um conjunto de coisas consumidas. E não de só uma, como a pizza.

Você pode até dizer:

- A inflação está uma loucura!

E, nesse caso, a choradeira está liberada. Só entre janeiro e agosto de 2015, todos os produtos pesquisados pelo IBGE ficaram, em média, mais de 7% mais caros no Brasil - o que supera a inflação acumulada no mesmo intervalo de tempo do ano anterior. Em 12 meses, até agosto, o IPCA beira os 10%, em linha com as previsões de especialistas para o fim deste ano.

Por que a inflação da pizza não existe?

Entre tantas e tantas informações, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem avisado a cada publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a famosa "inflação oficial": comer pizza está mais caro em 2015. Basta rápida pesquisa em seus dados públicos para isso se tornar óbvio: o preço do tomate acumula alta de 23% entre janeiro e agosto de 2015; o do fermento, 14%; o da azeitona, mais 14%; e o do queijo, 8%. Apenas o trigo tenta dar um respiro para os bolsos do produtor e do consumidor: seu preço chegou a cair 0,2% de acordo com o IBGE neste ano - o que, na somatória das variações, não é quase nada. Ainda assim, esse alívio do trigo pode ser revertido daqui em diante. Parte considerável do produto consumido no Brasil é importado e, portanto, pago em dólares. E o dólar, como você deve estar cansado de saber, vem mostrando energia de sobra para ficar ainda mais caro nestes tempos. Portanto, o que você pode ter percebido quando pede uma redonda em sua casa está oficialmente documentado: o preço da pizza está mesmo mais alto. Aliás, comer fora de casa, de maneira geral, pede mais grana em mãos: esse item do IPCA já subiu quase 7% neste ano. pizza Mas o assunto aqui é o preço da pizza e, retomando, há quem dirá: – A inflação da pizza está uma loucura!!! Para esses, dizemos "não". Nada permite dizer isso a não ser seu livre-arbítrio. Ou seja, sim, está mais caro comer uma margherita na pizzaria ou mesmo fazer a própria receita em casa. Os preços dos ingredientes subiram, afinal. Mas, não, não existe a "inflação da pizza" ou de qualquer outro produto isoladamente. Epa, como assim? A confusão com a inflação é bem comum. Quem de nós nunca leu sobre “inflação do tomate”, “inflação da carne”, “inflação do aluguel” e coisa e tal? Mas, a rigor, não é por aí. A inflação é sempre medida por um índice, neste caso, o IPCA. Ou seja, tecnicamente, o termo não representa a simples elevação de preço de determinado bem ou serviço. A inflação é sempre uma variação média de vários preços. Aponta em determinado período (em geral, de um mês ao outro, acumulada no ano e em 12 meses) as mudanças de preços de todo um conjunto de coisas consumidas. E não de só uma, como a pizza. Você pode até dizer: - A inflação está uma loucura! E, nesse caso, a choradeira está liberada. Só entre janeiro e agosto de 2015, todos os produtos pesquisados pelo IBGE ficaram, em média, mais de 7% mais caros no Brasil - o que supera a inflação acumulada no mesmo intervalo de tempo do ano anterior. Em 12 meses, até agosto, o IPCA beira os 10%, em linha com as previsões de especialistas para o fim deste ano.
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