Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

A principal notícia econômica do mundo na semana foi a depreciação (perda de valor em relação ao dólar) do yuan, a moeda da China. Na segunda-feira, 10 de agosto, bastavam 6,20 yuans para comprar um dólar. Na sexta, 14, a cotação ficou na casa dos 6,40 yuans por dólar – desvalorização de pouco mais de 3%.

Mesmo que em termos percentuais seja uma depreciação pequena, ainda mais se comparada com o que tem acontecido com o nosso real, existe um significado para ficarmos atentos.

Por quê?

Porque o yuan costuma ser submetido a um regime em que flutuações da taxa de câmbio com o dólar são controladas e mantidas em faixa estreita.

Numa economia de câmbio flutuante, quando o nível de atividade econômica cai e as pressões inflacionárias se reduzem, o banco central afrouxa a política monetária. Esse movimento diminui a atratividade das aplicações financeiras domésticas e causa a saída de capitais e, consequentemente, a desvalorização do câmbio. É isso que estamos vendo na zona do euro, por exemplo.

Com a redução da atividade na China, que a cada dia fica mais evidente, investidores passaram a esperar por uma política monetária nesses moldes ou pela possível desvalorização da moeda. E começaram a procurar aplicações em outras moedas, acirrando a pressão para as autoridades monetárias reagirem.

Em situações do tipo, as autoridades geralmente escolhem entre aumentar os juros fortemente ou deixar a taxa de câmbio se mover. Com a economia da China já desaquecendo, Pequim optou pela segunda opção.

E aí veio a depreciação.

Mas é ainda pequena – o que abre margem para mais desvalorização daqui em diante. Os mesmos investidores que estavam tentando se desfazer de seus yuans antes desta semana agora têm ainda mais motivos para tanto. Como a perda de valor do yuan frente ao dólar foi pequena, a porta está aberta para mais quedas e mercados financeiros nervosos.

Por que a moeda da China perde força para o dólar?

A principal notícia econômica do mundo na semana foi a depreciação (perda de valor em relação ao dólar) do yuan, a moeda da China. Na segunda-feira, 10 de agosto, bastavam 6,20 yuans para comprar um dólar. Na sexta, 14, a cotação ficou na casa dos 6,40 yuans por dólar – desvalorização de pouco mais de 3%. Mesmo que em termos percentuais seja uma depreciação pequena, ainda mais se comparada com o que tem acontecido com o nosso real, existe um significado para ficarmos atentos. Por quê? Porque o yuan costuma ser submetido a um regime em que flutuações da taxa de câmbio com o dólar são controladas e mantidas em faixa estreita. Numa economia de câmbio flutuante, quando o nível de atividade econômica cai e as pressões inflacionárias se reduzem, o banco central afrouxa a política monetária. Esse movimento diminui a atratividade das aplicações financeiras domésticas e causa a saída de capitais e, consequentemente, a desvalorização do câmbio. É isso que estamos vendo na zona do euro, por exemplo. Com a redução da atividade na China, que a cada dia fica mais evidente, investidores passaram a esperar por uma política monetária nesses moldes ou pela possível desvalorização da moeda. E começaram a procurar aplicações em outras moedas, acirrando a pressão para as autoridades monetárias reagirem. Em situações do tipo, as autoridades geralmente escolhem entre aumentar os juros fortemente ou deixar a taxa de câmbio se mover. Com a economia da China já desaquecendo, Pequim optou pela segunda opção. E aí veio a depreciação. Mas é ainda pequena – o que abre margem para mais desvalorização daqui em diante. Os mesmos investidores que estavam tentando se desfazer de seus yuans antes desta semana agora têm ainda mais motivos para tanto. Como a perda de valor do yuan frente ao dólar foi pequena, a porta está aberta para mais quedas e mercados financeiros nervosos.
Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?clique aqui e assine a nossa Newsletter.

Siga a gente no Facebook e Twitter!
Inscreva-se no nosso canal no YouTube!
Curta as nossas fotos no Instagram!

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

Avalie esse texto Não é necessário cadastro

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.