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É razoável dizer que a maior prioridade da política econômica no Brasil dos dias de hoje é frear o crescimento da dívida pública. Mas como? Precisamos da somatória de cinco pontos básicos:

1) Redução do crescimento dos gastos;

2) Aumento da arrecadação;

3) Venda de ativos (empresas estatais);

4) Reduzir os juros, de forma sustentável, a partir de um política monetária com mais credibilidade;

5) Mais crescimento econômico.

Se reduzir o crescimento dos gastos do governo deve ser a primeira prioridade da política econômica, como encarar o aumento de 12,5% no Bolsa Família?

Com aplausos.

O Bolsa Família, assim como eu e vocês, não é perfeito. Há evidências de fraudes; ele foi expandido mais do que devia (para jovens até 17 anos, por exemplo, a quem seria mais indicado estar entrando no mercado de trabalho para ganhar experiência); e, possivelmente, cria cultura de dependência em alguns bolsões de miséria.

Mas isso tudo não anula um fato: o Bolsa Família é bem focado, é o raro programa do governo brasileiro que beneficia os pobres e os muito pobres muito mais do que ajuda quem não precisa.


O Bolsa Família é um sopro de esperança em um país como o Brasil, onde a máquina governamental é preferencialmente voltada para servir quem tem grana: desde os bilionários que mamam no BNDES até os filhos da classe média que pegam carona em universidade pública, passando ainda pelos servidores que se aposentam com vencimentos integrais.

A esperança trazida pelo Bolsa Família é a de que, algum dia, teremos um país menos desigual. E aí sim, e só nesse dia, não precisaremos mais dele.

Enquanto isso, agora que o Bolsa Família foi reajustado e será devolvida uma parte do poder de compra dos beneficiários, que a inflação engoliu, já podemos mudar de assunto: vamos falar sobre cortar subsídios e trazer o salário do Judiciário de volta da Suíça para o Brasil?

Por que aumentar o Bolsa Família com crise e tudo?

É razoável dizer que a maior prioridade da política econômica no Brasil dos dias de hoje é frear o crescimento da dívida pública. Mas como? Precisamos da somatória de cinco pontos básicos: 1) Redução do crescimento dos gastos; 2) Aumento da arrecadação; 3) Venda de ativos (empresas estatais); 4) Reduzir os juros, de forma sustentável, a partir de um política monetária com mais credibilidade; 5) Mais crescimento econômico. Se reduzir o crescimento dos gastos do governo deve ser a primeira prioridade da política econômica, como encarar o aumento de 12,5% no Bolsa Família? Com aplausos. O Bolsa Família, assim como eu e vocês, não é perfeito. Há evidências de fraudes; ele foi expandido mais do que devia (para jovens até 17 anos, por exemplo, a quem seria mais indicado estar entrando no mercado de trabalho para ganhar experiência); e, possivelmente, cria cultura de dependência em alguns bolsões de miséria. Mas isso tudo não anula um fato: o Bolsa Família é bem focado, é o raro programa do governo brasileiro que beneficia os pobres e os muito pobres muito mais do que ajuda quem não precisa. O Bolsa Família é um sopro de esperança em um país como o Brasil, onde a máquina governamental é preferencialmente voltada para servir quem tem grana: desde os bilionários que mamam no BNDES até os filhos da classe média que pegam carona em universidade pública, passando ainda pelos servidores que se aposentam com vencimentos integrais. A esperança trazida pelo Bolsa Família é a de que, algum dia, teremos um país menos desigual. E aí sim, e só nesse dia, não precisaremos mais dele. Enquanto isso, agora que o Bolsa Família foi reajustado e será devolvida uma parte do poder de compra dos beneficiários, que a inflação engoliu, já podemos mudar de assunto: vamos falar sobre cortar subsídios e trazer o salário do Judiciário de volta da Suíça para o Brasil?
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