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O Brasil exporta automóveis e outros produtos industrializados para a Argentina e demais países do Mercosul. Uma visão simplória do mundo concluiria: o Mercosul, portanto, gera benefícios para a indústria nacional.

Não dá para negar os benefícios de se ter acesso ao mercado argentino ou paraguaio. Mas também não dá para ignorar os custos envolvidos nessa escolha.

O Mercosul é um mercado relativamente pequeno. Seus países têm renda média, similar ao Brasil. Esse porte reduzido do bloco não adiciona muita coisa em termos de demanda por nossos produtos. E o mais importante é: conquistar seus consumidores nessas praças é tarefa menos desafiadora do que vender para países ricos, como nos EUA ou os na Europa.

Isso importa e muito.



Quando a Embraer consegue vender aviões para alguma grande companhia aérea americana, envia sinais positivos para todos os outros compradores de aviões do mundo. Vender nos EUA exige da Embraer os melhores modelos existentes.

A mensagem deixada em negociações bem-sucedidas com economias ricas é: temos um produto de qualidade global, aceito em mercados abertos, competitivos e com máxima exigência de qualidade.

Por outro lado, quando nossas companhias vendem para a Argentina, país algo fechado às importações de fora do Mercosul, não existe pressão pela qualidade de nível global.

Sucesso nas exportações para a Argentina é como ser artilheiro da série B. De vez em quando algum deles se dá bem, até surpreende e vira alguma estrela. Mas essa não é a regra – aliás, qual foi o último artilheiro da série B que vingou para valer?

Obviamente, é melhor jogar na série B do que não jogar em divisão nenhuma. Mas jogar série B não pode ser o objetivo. Se vamos ter uma política industrial, ótimo. Mas que seja consistente eque nossas empresas façam de tudo parta atingir o mais alto padrão de qualidade. Seus produtos precisam ser bons o bastante para que até os mais ricos queiram levá-los para casa.

Por que o Mercosul é a nossa série B?

O Brasil exporta automóveis e outros produtos industrializados para a Argentina e demais países do Mercosul. Uma visão simplória do mundo concluiria: o Mercosul, portanto, gera benefícios para a indústria nacional. Não dá para negar os benefícios de se ter acesso ao mercado argentino ou paraguaio. Mas também não dá para ignorar os custos envolvidos nessa escolha. O Mercosul é um mercado relativamente pequeno. Seus países têm renda média, similar ao Brasil. Esse porte reduzido do bloco não adiciona muita coisa em termos de demanda por nossos produtos. E o mais importante é: conquistar seus consumidores nessas praças é tarefa menos desafiadora do que vender para países ricos, como nos EUA ou os na Europa. Isso importa e muito. Quando a Embraer consegue vender aviões para alguma grande companhia aérea americana, envia sinais positivos para todos os outros compradores de aviões do mundo. Vender nos EUA exige da Embraer os melhores modelos existentes. A mensagem deixada em negociações bem-sucedidas com economias ricas é: temos um produto de qualidade global, aceito em mercados abertos, competitivos e com máxima exigência de qualidade. Por outro lado, quando nossas companhias vendem para a Argentina, país algo fechado às importações de fora do Mercosul, não existe pressão pela qualidade de nível global. Sucesso nas exportações para a Argentina é como ser artilheiro da série B. De vez em quando algum deles se dá bem, até surpreende e vira alguma estrela. Mas essa não é a regra – aliás, qual foi o último artilheiro da série B que vingou para valer? Obviamente, é melhor jogar na série B do que não jogar em divisão nenhuma. Mas jogar série B não pode ser o objetivo. Se vamos ter uma política industrial, ótimo. Mas que seja consistente eque nossas empresas façam de tudo parta atingir o mais alto padrão de qualidade. Seus produtos precisam ser bons o bastante para que até os mais ricos queiram levá-los para casa.
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