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Quem acha que ter um governo forte e eficiente não é condição necessária para o florescimento da economia está por fora. E quem pensa que os economistas mais liberais são os primeiros a discordar da importância do Estado está muito enganado.

Sem governos (municipais, estaduais e federais) fortes e democráticos ofertando bens públicos essenciais (policiamento, moeda estável, educação básica, segurança jurídica, regulamentação e fiscalização, etc.) a economia não se desenvolve. Países sem um Estado minimamente funcional são justamente os mais pobres, como os mais miseráveis da África. Países mais ricos, por outro lado, têm governos minimamente eficientes.

Essa breve explicação sobre o papel do Estado serve para destacar: todos lamentamos a tragédia em Mariana (MG) e no Rio Doce, de desdobramentos nocivos ainda desconhecidos em sua totalidade. Em parte, este caso, motivo de revolta de brasileiras e brasileiros, resulta, sim, de falta e falha de administração pública.

Por quê? Porque, em primeiro lugar, o Estado deve estar sempre pronto para evitar ou corrigir as chamadas falhas do mercado. Em segundo lugar, porque projetos cujas possíveis externalidades negativas são grandes devem ser monitorados e inspecionados de perto. Afinal, quando riscos/custos sociais são maiores que os privados (ou seja, aqueles que recaem sobre a empresa), alguma intervenção precisa ser feita.

Essa ação efetiva do Estado pode vir em forma de impostos mais pesados para desencorajar a atividade (caso do imposto sobre consumo de combustíveis); ou com regulação direta (assim como no monitoramento do risco dos bancos quebrarem, questões à preservação da natureza merecem atenção semelhante).

A tragédia de Mariana (MG) – à exemplo da crise financeira de 2008 nos EUA – lembra quanto é importante, gostemos ou não da ideia, que o Estado seja forte o bastante para regular determinados setores da economia. Mas essa característica do Estado deve manter todos os seus esforços voltados para manter e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, e não para agradar os amigos do Rei.

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Por que a tragédia de Mariana é econômica?

Quem acha que ter um governo forte e eficiente não é condição necessária para o florescimento da economia está por fora. E quem pensa que os economistas mais liberais são os primeiros a discordar da importância do Estado está muito enganado. Sem governos (municipais, estaduais e federais) fortes e democráticos ofertando bens públicos essenciais (policiamento, moeda estável, educação básica, segurança jurídica, regulamentação e fiscalização, etc.) a economia não se desenvolve. Países sem um Estado minimamente funcional são justamente os mais pobres, como os mais miseráveis da África. Países mais ricos, por outro lado, têm governos minimamente eficientes. Essa breve explicação sobre o papel do Estado serve para destacar: todos lamentamos a tragédia em Mariana (MG) e no Rio Doce, de desdobramentos nocivos ainda desconhecidos em sua totalidade. Em parte, este caso, motivo de revolta de brasileiras e brasileiros, resulta, sim, de falta e falha de administração pública. Por quê? Porque, em primeiro lugar, o Estado deve estar sempre pronto para evitar ou corrigir as chamadas falhas do mercado. Em segundo lugar, porque projetos cujas possíveis externalidades negativas são grandes devem ser monitorados e inspecionados de perto. Afinal, quando riscos/custos sociais são maiores que os privados (ou seja, aqueles que recaem sobre a empresa), alguma intervenção precisa ser feita. Essa ação efetiva do Estado pode vir em forma de impostos mais pesados para desencorajar a atividade (caso do imposto sobre consumo de combustíveis); ou com regulação direta (assim como no monitoramento do risco dos bancos quebrarem, questões à preservação da natureza merecem atenção semelhante). A tragédia de Mariana (MG) – à exemplo da crise financeira de 2008 nos EUA – lembra quanto é importante, gostemos ou não da ideia, que o Estado seja forte o bastante para regular determinados setores da economia. Mas essa característica do Estado deve manter todos os seus esforços voltados para manter e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, e não para agradar os amigos do Rei. VEJA MAIS
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