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Impostos são cruciais para o funcionamento da economia. Bancam bens e serviços públicos e garantem políticas redistributivas. Mas também trazem custos à sociedade.

O dinheiro que sai do seu bolso e vai para o governo é um custo individual, mas não necessariamente social. Esses recursos são retirados de você e chegam para outra pessoa – seja via bens e serviços públicos, transferências (Bolsa Família, previdência social, etc.) ou até corrupção.

Suponha, por exemplo, que você pague 10 reais em impostos, transferidos para um indivíduo mais pobre por meio de um programa social. Sim, você terá um custo mais elevado individualmente. Mas, para a sociedade como um todo, o resultado é nulo: menos 10 reais para você representam mais 10 reais para a pessoa que recebe o benefício. E a soma disso dá zero.

Mesmo que a grana vá para corrupção, o raciocínio acima continua valendo. Se o recebedor dos 10 reais for um político corrupto, ele também faz parte da sociedade. Não nego, nessa lógica, os custos da corrupção para a sociedade. Mas esse custo não está nos 10 reais saídos do seu bolso.

Mas vamos aos custos sociais dos impostos?

Por exemplo, se o governo decide cobrar impostos sobre a produção de livros. Isso (1) aumentará os custos das empresas do setor, reduzirá sua lucratividade e os incentivos para continuar produzindo. Além disso, (2) uma parte desse imposto será repassada aos consumidores por meio de preços mais altos, o que desestimula o consumo.

Ambos os canais contribuem para reduzir a quantidade de livros produzidos. E aí temos um custo social, uma vez que o imposto alterou incentivos.

Na tentativa de reduzir os efeitos da taxação mais elevada, produtores optaram por produzir menos, e consumidores, por comprar menos. Não só o dinheiro muda de mãos. Uma parcela dos livros simplesmente deixa de existir, como consequência do imposto mais elevado.

Note que um imposto também pode trazer benefícios sociais: quando há externalidades negativas, ou seja, quando as ações de uma pessoa prejudicam outras. O exemplo clássico é poluição. Se a maior produção de um bem também acarreta maior poluição, pode ser interessante para a sociedade produzir menos desse bem. E isso pode ser alcançado via taxação, que desestimula tal atividade.

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Por que impostos custam mais que dinheiro?

Impostos são cruciais para o funcionamento da economia. Bancam bens e serviços públicos e garantem políticas redistributivas. Mas também trazem custos à sociedade. O dinheiro que sai do seu bolso e vai para o governo é um custo individual, mas não necessariamente social. Esses recursos são retirados de você e chegam para outra pessoa – seja via bens e serviços públicos, transferências (Bolsa Família, previdência social, etc.) ou até corrupção. Suponha, por exemplo, que você pague 10 reais em impostos, transferidos para um indivíduo mais pobre por meio de um programa social. Sim, você terá um custo mais elevado individualmente. Mas, para a sociedade como um todo, o resultado é nulo: menos 10 reais para você representam mais 10 reais para a pessoa que recebe o benefício. E a soma disso dá zero. Mesmo que a grana vá para corrupção, o raciocínio acima continua valendo. Se o recebedor dos 10 reais for um político corrupto, ele também faz parte da sociedade. Não nego, nessa lógica, os custos da corrupção para a sociedade. Mas esse custo não está nos 10 reais saídos do seu bolso. Mas vamos aos custos sociais dos impostos? Por exemplo, se o governo decide cobrar impostos sobre a produção de livros. Isso (1) aumentará os custos das empresas do setor, reduzirá sua lucratividade e os incentivos para continuar produzindo. Além disso, (2) uma parte desse imposto será repassada aos consumidores por meio de preços mais altos, o que desestimula o consumo. Ambos os canais contribuem para reduzir a quantidade de livros produzidos. E aí temos um custo social, uma vez que o imposto alterou incentivos. Na tentativa de reduzir os efeitos da taxação mais elevada, produtores optaram por produzir menos, e consumidores, por comprar menos. Não só o dinheiro muda de mãos. Uma parcela dos livros simplesmente deixa de existir, como consequência do imposto mais elevado. Note que um imposto também pode trazer benefícios sociais: quando há externalidades negativas, ou seja, quando as ações de uma pessoa prejudicam outras. O exemplo clássico é poluição. Se a maior produção de um bem também acarreta maior poluição, pode ser interessante para a sociedade produzir menos desse bem. E isso pode ser alcançado via taxação, que desestimula tal atividade. BLOG DO PQ? LEIA MAIS TEXTOS DO AUTOR O ECONOMISTA MARCARADO POR QUE O BNDES USA SUA GRANA COMO QUER?  CONTA DE LUZ POR QUE VOCÊ PAGA A MAIS CARA DO MUNDO?  
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