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Entre minhas usuais resoluções de fim de ano, figura a de evitar discussões políticas em redes sociais. De fato, o que era para ser usado para informação e diversão, frequentemente torna-se uma fonte de estresse.

Em um estudo empírico, os economistas Hunt Allcott, Luca Braghieri, Sarah Eichmeyer e Matthew Gentzkow avaliam o impacto do Facebook sobre uma série de medidas de bem-estar, uso do tempo, engajamento político e conhecimento de notícias. Os autores recrutaram cerca de 2.700 pessoas pela própria plataforma, às quais pagaram para participar de um experimento nos Estados Unidos na época das eleições legislativas de 2018.

Essas pessoas foram aleatoriamente separadas em dois grupos. O grupo de tratamento deveria desativar o Facebook por um período de quatro semanas; enquanto o grupo de controle (ou comparação) continuaria livre para usar a rede. O efeito do tratamento (isto é, de não usar o Facebook) é a diferença média entre os dois grupos.

Este tipo de metodologia empírica recentemente rendeu o Prêmio Nobel de Economia a Esther Duflo, Abjith Banerjee e Michael Kremer. Veja mais aqui

Os principais resultados são:

1.       As pessoas que deixam de usar o Facebook passam a gastar mais tempo em atividades offline, como assistir à TV e interagir com familiares e amigos no mundo real (em oposição ao mundo virtual).

2.      Há uma queda no uso de outras redes sociais, provavelmente porque quem deixa de usar o Facebook passa a checar menos o celular.

3.      Cai a polarização política, isto é, as pessoas que deixam de usar a rede social têm menor chance de adotarem posições extremas sobre determinados assuntos. Esse efeito é bem forte.

4.      Há um efeito (não tão forte) sobre o bem-estar, com as pessoas relatando estarem mais felizes, menos ansiosas, menos solitárias e menos deprimidas por não poderem acessar o Facebook.

5.      Mas piora a qualidade da informação que as pessoas recebem. As chances de indivíduos no grupo de controle acertarem perguntas sobre o noticiário diminui significativamente, em comparação com o grupo de tratamento.

6.      O banimento tem efeitos de longo prazo. Quando avaliados depois do experimento (quando poderiam voltar a acessar o Facebook), indivíduos do grupo de controle relataram que pretendiam e, de fato, passaram a usar menos a rede social.

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Por que o Facebook mantém as pessoas informadas, porém mais polarizadas?

Entre minhas usuais resoluções de fim de ano, figura a de evitar discussões políticas em redes sociais. De fato, o que era para ser usado para informação e diversão, frequentemente torna-se uma fonte de estresse.

Em um estudo empírico, os economistas Hunt Allcott, Luca Braghieri, Sarah Eichmeyer e Matthew Gentzkow avaliam o impacto do Facebook sobre uma série de medidas de bem-estar, uso do tempo, engajamento político e conhecimento de notícias. Os autores recrutaram cerca de 2.700 pessoas pela própria plataforma, às quais pagaram para participar de um experimento nos Estados Unidos na época das eleições legislativas de 2018.

Essas pessoas foram aleatoriamente separadas em dois grupos. O grupo de tratamento deveria desativar o Facebook por um período de quatro semanas; enquanto o grupo de controle (ou comparação) continuaria livre para usar a rede. O efeito do tratamento (isto é, de não usar o Facebook) é a diferença média entre os dois grupos.

Este tipo de metodologia empírica recentemente rendeu o Prêmio Nobel de Economia a Esther Duflo, Abjith Banerjee e Michael Kremer. Veja mais aqui

Os principais resultados são:

1.       As pessoas que deixam de usar o Facebook passam a gastar mais tempo em atividades offline, como assistir à TV e interagir com familiares e amigos no mundo real (em oposição ao mundo virtual).

2.      Há uma queda no uso de outras redes sociais, provavelmente porque quem deixa de usar o Facebook passa a checar menos o celular.

3.      Cai a polarização política, isto é, as pessoas que deixam de usar a rede social têm menor chance de adotarem posições extremas sobre determinados assuntos. Esse efeito é bem forte.

4.      Há um efeito (não tão forte) sobre o bem-estar, com as pessoas relatando estarem mais felizes, menos ansiosas, menos solitárias e menos deprimidas por não poderem acessar o Facebook.

5.      Mas piora a qualidade da informação que as pessoas recebem. As chances de indivíduos no grupo de controle acertarem perguntas sobre o noticiário diminui significativamente, em comparação com o grupo de tratamento.

6.      O banimento tem efeitos de longo prazo. Quando avaliados depois do experimento (quando poderiam voltar a acessar o Facebook), indivíduos do grupo de controle relataram que pretendiam e, de fato, passaram a usar menos a rede social.

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