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Para quem mora num país rico a vida pode ser menos emocionante, ainda que certamente mais confortável. Seguramente, para esses privilegiados, as taxas de retorno dos investimentos são mais esquálidas, mesmo que mais seguras – quase por definição, oportunidades inexploradas são animal raro em países já desenvolvidos. E como todo mundo curte um pouco de emoção, você sempre vai achar turistas nórdicos visitando favelas no Rio e áreas de guerra no Oriente, além de investidores de tudo quanto é canto comprando ativos brasileiros, mexicanos  etc.

Mas sempre que é possível, pode crer que onde tem um ativo vai ter um seguro contra possíveis perdas no valor desse ativo. Isso vale para casas, carros, joias e, por que não, para títulos soberanos. Para os últimos, essa proteção recebe o nome de CDS (Credit Default Swap), e funciona assim: quem compra o CDS se protege contra eventuais perdas nas suas carteiras de títulos soberanos no caso de um calote internacional. Quem paga pelas perdas? O cara que vende o CDS, que está na ponta contrária.

O CDS do país X então é um ativo que paga 1 unidade de grana para seu detentor no caso de o país X aplicar um calote em seus credores. Em vista disso, é possível inferir, a partir do valor de negociação dos CDS em mercado, qual o risco atribuído a cada país, ou seja, o risco de calote de X. Se todos começam a achar provável que o país X não repague suas obrigações, isso se reflete no prêmio de risco, medido sob a forma de juros adicionais para compensar o risco.

Como sinaliza o gráfico a seguir, a percepção de risco em relação à capacidade do governo brasileiro de repagar suas dívidas vem caindo nos últimos dois anos. Domesticamente, isso se deve ao enfoque nas reformas estruturais pela equipe econômica atual, e à gradual melhora da economia. Mas boa parte da história vem de fora: o mundo está mais seguro porque o crescimento finca pé em diversos lugares onde andava ausente, o que diminui o risco e estimula os fluxos internacionais de capital. Isso explica a melhora (queda do risco) em todos os emergentes (representados no gráfico por África do Sul, China, Colômbia, Rússia, México, Tailândia, Indonésia e Turquia), dos quais ainda estamos bem distantes.

cds

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Por que o risco de calote do Brasil está em queda?

Para quem mora num país rico a vida pode ser menos emocionante, ainda que certamente mais confortável. Seguramente, para esses privilegiados, as taxas de retorno dos investimentos são mais esquálidas, mesmo que mais seguras – quase por definição, oportunidades inexploradas são animal raro em países já desenvolvidos. E como todo mundo curte um pouco de emoção, você sempre vai achar turistas nórdicos visitando favelas no Rio e áreas de guerra no Oriente, além de investidores de tudo quanto é canto comprando ativos brasileiros, mexicanos  etc. Mas sempre que é possível, pode crer que onde tem um ativo vai ter um seguro contra possíveis perdas no valor desse ativo. Isso vale para casas, carros, joias e, por que não, para títulos soberanos. Para os últimos, essa proteção recebe o nome de CDS (Credit Default Swap), e funciona assim: quem compra o CDS se protege contra eventuais perdas nas suas carteiras de títulos soberanos no caso de um calote internacional. Quem paga pelas perdas? O cara que vende o CDS, que está na ponta contrária. O CDS do país X então é um ativo que paga 1 unidade de grana para seu detentor no caso de o país X aplicar um calote em seus credores. Em vista disso, é possível inferir, a partir do valor de negociação dos CDS em mercado, qual o risco atribuído a cada país, ou seja, o risco de calote de X. Se todos começam a achar provável que o país X não repague suas obrigações, isso se reflete no prêmio de risco, medido sob a forma de juros adicionais para compensar o risco. Como sinaliza o gráfico a seguir, a percepção de risco em relação à capacidade do governo brasileiro de repagar suas dívidas vem caindo nos últimos dois anos. Domesticamente, isso se deve ao enfoque nas reformas estruturais pela equipe econômica atual, e à gradual melhora da economia. Mas boa parte da história vem de fora: o mundo está mais seguro porque o crescimento finca pé em diversos lugares onde andava ausente, o que diminui o risco e estimula os fluxos internacionais de capital. Isso explica a melhora (queda do risco) em todos os emergentes (representados no gráfico por África do Sul, China, Colômbia, Rússia, México, Tailândia, Indonésia e Turquia), dos quais ainda estamos bem distantes. cds Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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