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O que acontece se pedimos um desconto para o seu Antônio da venda da esquina, prometendo pagar mais caro no futuro?

Temos de pagar mais caro depois.

Foi o que nosso governo fez em 2012.

Era o tempo do otimismo dos tolos. Gastaríamos a rodo por conta das riquezas fantásticas do pré-sal e até um trem-bala entre Campinas e Rio de Janeiro seria construído. E como tínhamos virado, por uma tolice das agências de classificação de risco, um país com grau de investimento, poderíamos mandar o Banco Central baixar os juros na marra enquanto o governo gastava as burras.

O resultado – como bem ensina a macroeconomia do manual – foram pressões inflacionárias. Para estancar tais pressões, o governo foi à venda do seu Antônio e conseguiu um desconto na conta de luz a ser pago no futuro.

Foi uma beleza. O preço da eletricidade caiu 20% em 2012 a despeito dos reservatórios das hidrelétricas estarem em baixa. E continuou a cair em 2013, assim como o nível desses reservatórios. Quando falta água nos reservatórios, temos de usar a energia termelétrica, que é mais cara.

Durante esse período de farra otimista, tola, gulosa e vadia, o governo assumiu em nosso nome uma pendura de R$ 62,2 bilhões com as empresas transmissoras de energia. Como sabemos, os governantes se foram, mas a conta ficou.

E hoje, que estamos mais pobres e desempregados do que nos anos dos excessos otimistas, temos de pagar a conta. O reajuste médio da eletricidade para o consumidor deve ser de mais de 7% em 2017 – bem acima da inflação esperada no ano.

Por que sua conta de luz vai ficar mais cara?

O que acontece se pedimos um desconto para o seu Antônio da venda da esquina, prometendo pagar mais caro no futuro? Temos de pagar mais caro depois. Foi o que nosso governo fez em 2012. Era o tempo do otimismo dos tolos. Gastaríamos a rodo por conta das riquezas fantásticas do pré-sal e até um trem-bala entre Campinas e Rio de Janeiro seria construído. E como tínhamos virado, por uma tolice das agências de classificação de risco, um país com grau de investimento, poderíamos mandar o Banco Central baixar os juros na marra enquanto o governo gastava as burras. O resultado – como bem ensina a macroeconomia do manual – foram pressões inflacionárias. Para estancar tais pressões, o governo foi à venda do seu Antônio e conseguiu um desconto na conta de luz a ser pago no futuro. Foi uma beleza. O preço da eletricidade caiu 20% em 2012 a despeito dos reservatórios das hidrelétricas estarem em baixa. E continuou a cair em 2013, assim como o nível desses reservatórios. Quando falta água nos reservatórios, temos de usar a energia termelétrica, que é mais cara. Durante esse período de farra otimista, tola, gulosa e vadia, o governo assumiu em nosso nome uma pendura de R$ 62,2 bilhões com as empresas transmissoras de energia. Como sabemos, os governantes se foram, mas a conta ficou. E hoje, que estamos mais pobres e desempregados do que nos anos dos excessos otimistas, temos de pagar a conta. O reajuste médio da eletricidade para o consumidor deve ser de mais de 7% em 2017 – bem acima da inflação esperada no ano.
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