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Semana passada foi concretizada a transferência de Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain. A negociação envolveu incríveis 222 milhões de euros. O maior valor na história pago por um jogador de futebol.

O site goal.com traz uma lista das 100 maiores transferências do futebol internacional. O gráfico abaixo mostra os 10 valores mais elevados. Dá para ter uma ideia da dimensão do negócio envolvendo Neymar. Os valor da transação é mais do que o dobro da segunda mais alta (a ida do francês Paul Pogba para o Manchester United).

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Mas há um problema no gráfico acima: ele compara valores monetários ao longo do tempo. E esses podem ser afetados pela inflação no período. Suponha, por exemplo, que um jogador é vendido por 10 milhões de euros em 2010, e outro atleta é vendido pelo mesmo valor em 2011. Se houver inflação positiva no período, o jogador de 2010 é mais valioso que o de 2011.

Por quê? Porque o poder de compra do euro se reduz quando os preços das coisas aumentam, ou seja, quando há inflação positiva. Afinal, 10 milhões de euros podem comprar menos coisas em 2011 do que em 2010.

Para a comparação fazer sentido, temos que ajustar os valores pela inflação do período. É isso o que faremos no gráfico a seguir. Tomamos os valores das 100 maiores transferências da lista da goal.com e retiramos o efeito da mudança geral nos preços na Zona do Euro. Não se trata, portanto, de uma lista dos jogadores dos jogadores mais caros da história. Pode ter ocorrido uma transferência há 50 anos que não estamos captando nessa relação.

Os resultados estão abaixo. No caso, os valores estão em euros de 2016. Como não temos ainda a inflação de 2017, estou supondo que a inflação é zero entre o fim do ano passado e hoje. Não faz muita diferença pois a inflação na Zona do Euro é bem baixinha.

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Os valores de Neymar são tão absurdos que nem o ajuste na inflação é capaz de tirá-lo do topo – não faz nem cócegas. No mais, o ranking sofre poucas alterações. É de se esperar: a inflação na Europa está próxima de zero.

Mas há algumas mudanças importantes. A transferência de Zidane em 2001, que nem aparece na lista original (está na posição 11 no ranking sem ajuste pela inflação), passa a ocupar o terceiro lugar na nova relação. Na época, o Real Madrid pagou 77,5 milhões de euros para tirar o jogador da Juventus. Em valores de hoje, isso equivaleria a quase 105 milhões de euros.

A transação do português Luis Figo também merece destaque (está na posição 21 no ranking original). Em 2000, ele trocou o Barcelona pelo rival Real Madrid por 60 milhões de euros. O ajuste pela inflação joga essa transação para a posição 9 – o equivalente a cerca de 83 milhões de euros em 2016.

Já discutimos, no passado, a importância de realizar um ajuste semelhante para bilheterias de cinema (nesse caso, faz sim muita diferença). Veja aqui.

 

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Quais são as transações de jogadores de futebol mais caras da história?

Semana passada foi concretizada a transferência de Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain. A negociação envolveu incríveis 222 milhões de euros. O maior valor na história pago por um jogador de futebol. O site goal.com traz uma lista das 100 maiores transferências do futebol internacional. O gráfico abaixo mostra os 10 valores mais elevados. Dá para ter uma ideia da dimensão do negócio envolvendo Neymar. Os valor da transação é mais do que o dobro da segunda mais alta (a ida do francês Paul Pogba para o Manchester United). jogadores1 Mas há um problema no gráfico acima: ele compara valores monetários ao longo do tempo. E esses podem ser afetados pela inflação no período. Suponha, por exemplo, que um jogador é vendido por 10 milhões de euros em 2010, e outro atleta é vendido pelo mesmo valor em 2011. Se houver inflação positiva no período, o jogador de 2010 é mais valioso que o de 2011. Por quê? Porque o poder de compra do euro se reduz quando os preços das coisas aumentam, ou seja, quando há inflação positiva. Afinal, 10 milhões de euros podem comprar menos coisas em 2011 do que em 2010. Para a comparação fazer sentido, temos que ajustar os valores pela inflação do período. É isso o que faremos no gráfico a seguir. Tomamos os valores das 100 maiores transferências da lista da goal.com e retiramos o efeito da mudança geral nos preços na Zona do Euro. Não se trata, portanto, de uma lista dos jogadores dos jogadores mais caros da história. Pode ter ocorrido uma transferência há 50 anos que não estamos captando nessa relação. Os resultados estão abaixo. No caso, os valores estão em euros de 2016. Como não temos ainda a inflação de 2017, estou supondo que a inflação é zero entre o fim do ano passado e hoje. Não faz muita diferença pois a inflação na Zona do Euro é bem baixinha. jogadores2 Os valores de Neymar são tão absurdos que nem o ajuste na inflação é capaz de tirá-lo do topo – não faz nem cócegas. No mais, o ranking sofre poucas alterações. É de se esperar: a inflação na Europa está próxima de zero. Mas há algumas mudanças importantes. A transferência de Zidane em 2001, que nem aparece na lista original (está na posição 11 no ranking sem ajuste pela inflação), passa a ocupar o terceiro lugar na nova relação. Na época, o Real Madrid pagou 77,5 milhões de euros para tirar o jogador da Juventus. Em valores de hoje, isso equivaleria a quase 105 milhões de euros. A transação do português Luis Figo também merece destaque (está na posição 21 no ranking original). Em 2000, ele trocou o Barcelona pelo rival Real Madrid por 60 milhões de euros. O ajuste pela inflação joga essa transação para a posição 9 – o equivalente a cerca de 83 milhões de euros em 2016. Já discutimos, no passado, a importância de realizar um ajuste semelhante para bilheterias de cinema (nesse caso, faz sim muita diferença). Veja aqui.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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