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Na última semana, um relatório do Banco Mundial caiu como uma bomba no Brasil oficial. Não foi uma bomba destruidora — das que explodem em um cogumelo de fogo e fumaça negra —, mas uma bomba que iluminou os céus e trouxe assuntos para discussão.

A mensagem do relatório do Banco Mundial é clara,  simples, óbvia na verdade: o governo brasileiro gasta muito, gasta mal e beneficia os brasileiros mais ricos. O Imperador está nu!

Mas não é por acaso que o Estado brasileiro faz isso. É de propósito. Afinal, os mais ricos têm mais poder político e defendem o seu quinhão.

Isso pôde ser visto em muitas manchetes de jornais e tuítes. Por exemplo: o venerando O Estado de S. Paulo noticiou em manchete que o Banco Mundial propõe agenda liberal, numa tentativa de rotular politicamente o relatório, desacreditando-o. A cantora Anitta, por sua vez, acusou nas redes sociais o relatório de querer cortar gastos em educação, embora isso seja contra a PEC do Teto que PRO-Í-BE constitucionalmente que a rubrica de educação seja cortada.

Existem muitas sugestões úteis no relatório do Banco Mundial.

A cobrança de mensalidades nas universidades públicas permitiria que sua qualidade fosse expandida. Mas, mais importante, cobrar mensalidades é moralmente correto porque os alunos de universidades públicas são mais ricos que os brasileiros que as financiam pagando impostos. Assim como nas universidades privadas, os alunos de renda alta poderiam usar o FIES para pagar suas mensalidades.

A equiparação entre os salários dos setores público e privado, além de eliminar uma distorção grave que reduz nosso crescimento, permitiria reduzir os gastos públicos e trazer justiça reduzindo a desigualdade. Segundo o estudo do Banco Mundial, servidores públicos federais ganham cerca de 2/3 mais que os trabalhadores do setor privado. Para quem conhece o Brasil, isso não é novidade.

É uma distorção custosa para nosso desenvolvimento. Em países desenvolvidos, como nos Estados Unidos, jovens são incentivados a inovar e ficar ricos sem que, para isso, precisem de um emprego público. No Brasil, muitos têm como incentivo, desde cedo, estudar para passar em concurso público. Nos Estados Unidos os auditores fiscais, por exemplo, são a classe média remediada; no Brasil, sonhamos que nossos filhos passem no concurso para auditor fiscal.

Não há como negar: somos os mestres em desenhar um sistema econômico antidesenvolvimento.

Foi ouvindo os especialistas do Banco Mundial que fizemos o Bolsa Família. Se quisermos nos reformar para crescer, não custa nada aprender com os especialistas. Principalmente quando eles estão falando o óbvio, como no relatório “Um Ajuste Justo - Análise da Eficiência e Equidade do Gasto Público no Brasil”- clique aqui para ver o documento completo.

 

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Qual o recado do Banco Mundial ao Brasil?

ajuste-justo-banco-mundial Na última semana, um relatório do Banco Mundial caiu como uma bomba no Brasil oficial. Não foi uma bomba destruidora — das que explodem em um cogumelo de fogo e fumaça negra —, mas uma bomba que iluminou os céus e trouxe assuntos para discussão. A mensagem do relatório do Banco Mundial é clara,  simples, óbvia na verdade: o governo brasileiro gasta muito, gasta mal e beneficia os brasileiros mais ricos. O Imperador está nu! Mas não é por acaso que o Estado brasileiro faz isso. É de propósito. Afinal, os mais ricos têm mais poder político e defendem o seu quinhão. Isso pôde ser visto em muitas manchetes de jornais e tuítes. Por exemplo: o venerando O Estado de S. Paulo noticiou em manchete que o Banco Mundial propõe agenda liberal, numa tentativa de rotular politicamente o relatório, desacreditando-o. A cantora Anitta, por sua vez, acusou nas redes sociais o relatório de querer cortar gastos em educação, embora isso seja contra a PEC do Teto que PRO-Í-BE constitucionalmente que a rubrica de educação seja cortada. Existem muitas sugestões úteis no relatório do Banco Mundial. A cobrança de mensalidades nas universidades públicas permitiria que sua qualidade fosse expandida. Mas, mais importante, cobrar mensalidades é moralmente correto porque os alunos de universidades públicas são mais ricos que os brasileiros que as financiam pagando impostos. Assim como nas universidades privadas, os alunos de renda alta poderiam usar o FIES para pagar suas mensalidades. A equiparação entre os salários dos setores público e privado, além de eliminar uma distorção grave que reduz nosso crescimento, permitiria reduzir os gastos públicos e trazer justiça reduzindo a desigualdade. Segundo o estudo do Banco Mundial, servidores públicos federais ganham cerca de 2/3 mais que os trabalhadores do setor privado. Para quem conhece o Brasil, isso não é novidade. É uma distorção custosa para nosso desenvolvimento. Em países desenvolvidos, como nos Estados Unidos, jovens são incentivados a inovar e ficar ricos sem que, para isso, precisem de um emprego público. No Brasil, muitos têm como incentivo, desde cedo, estudar para passar em concurso público. Nos Estados Unidos os auditores fiscais, por exemplo, são a classe média remediada; no Brasil, sonhamos que nossos filhos passem no concurso para auditor fiscal. Não há como negar: somos os mestres em desenhar um sistema econômico antidesenvolvimento. Foi ouvindo os especialistas do Banco Mundial que fizemos o Bolsa Família. Se quisermos nos reformar para crescer, não custa nada aprender com os especialistas. Principalmente quando eles estão falando o óbvio, como no relatório “Um Ajuste Justo - Análise da Eficiência e Equidade do Gasto Público no Brasil”- clique aqui para ver o documento completo.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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