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Vai casar? Hora de conversar sobre dinheiro

Você conhece alguém, começa a namorar, apresenta a amigos e familiares e o relacionamento vai ficando sério. Vocês não conseguem mais ficar um longe do outro e, então, decidem se casar. A vida não poderia estar melhor – parece que nada nem ninguém pode atrapalhar a felicidade do casal.

Aí vem o planejamento da mudança: a festa, a lua-de-mel, o apartamento e os móveis. Tudo é muito curtido, desde pensar nas lembrancinhas até escolher a cor da parede. Finalmente, vocês estão prestes a seguir para a próxima fase: a da convivência. Mas será que não está faltando alguma coisa? Já conversaram, por exemplo, sobre a organização financeira desse novo núcleo familiar?

O mais comum é os casais não falarem sobre isso, pois o dinheiro ainda é considerado um tabu em nossa sociedade. Nos relacionamentos amorosos, conversar sobre finanças parece estimular um sentimento de desconfiança ou de desamor. No entanto, é justamente essa omissão ou falta de consciência que pode fragilizar o começo das uniões ou, lá na frente, provocar conflitos e, até mesmo, separação. A matéria Falar sobre dinheiro é o melhor remédio traz dados reveladores sobre essa dificuldade.

Para passar longe desta armadilha, preparamos algumas dicas para você e seu parceiro construírem juntos um novo modelo de organização (e de pensamento) sobre dinheiro.

 O valor do diálogo

As pessoas têm origens e histórias distintas. Herdam dos pais diferentes visões de mundo, crenças e modelos, que moldam seu comportamento desde a infância. Porém, quando conseguimos identificar o que não nos serve mais (“meus pais guardavam todo o dinheiro, não sobrava para passeios”) e o que queremos para nossa vida depois de adultos (“quero ter dinheiro para investir e para viajar”), fica mais fácil entender a nossa verdadeira identidade financeira e quais crenças queremos cultivar.    No casamento, acontece o mesmo. Ao invés de adotar a forma de pensar e os hábitos de um dos parceiros, é sempre mais saudável que o casal reflita junto e crie seu próprio jeito de lidar com o dinheiro. Segundo Gustavo Cerbasi, autor do livro “Casais inteligentes enriquecem juntos”, se um é mais consumista e descontrolado com dinheiro e o outro é mais planejado, esta diferença tende a se agravar no decorrer do tempo. Aquele que tem o perfil mais planejado busca compensar a desorganização do outro, que se acomoda. Este tipo de situação, além de ser injusta para um dos lados, pode colocar em risco a saúde financeira da casa e do próprio relacionamento, resultando em crises. Por isso, antes de assinar papéis ou trocar alianças, chame seu parceiro ou parceira para uma conversa sincera. Procure entender suas prioridades, seus sonhos, seus pontos fortes e fraquezas na hora de lidar com dinheiro. Com responsabilidade, confiança e diálogo desde o início, são maiores as chances do casal prosperar.

Regime de bens

Quem decide casar terá que escolher um dos três regimes de bens para definir, juridicamente, sob quais regras os bens do casal serão administrados durante a união e como serão divididos em caso de divórcio: -Regime de comunhão total de bens: ao casar a pessoa passa a ter direito à metade de tudo que o outro possui, inclusive bens adquiridos ou herdados previamente. - Regime de comunhão parcial de bens: o que foi conquistado antes do casamento é propriedade somente de quem tem a posse. Em caso de divórcio, somente os bens adquiridos após o casamento serão divididos em partes iguais. - Regime de separação total de bens: em caso de divórcio, cada um fica com o que possui. Se o bem for um imóvel, caso haja um acordo para que a propriedade seja de ambos, existe a necessidade de constar os dois nomes na escritura.

Planejamento a dois

Depois de casados, conversas sobre prioridades e problemas financeiros, projetos e sonhos, reservas para o futuro e construção de patrimônio precisam fazer parte da rotina. Até porque, mais do que uma simples organização financeira, vocês estão construindo um projeto de vida. Encontrem a melhor maneira de manter o equilíbrio financeiro da casa. Vocês podem ter um horário fixo (que pode ser diário ou semanal, por exemplo) para anotar as entradas e saídas de dinheiro em uma planilha comum ou cada um fazer o seu controle. O aplicativo Jimbo é uma mão na roda para isso. O importante é que os dois consigam enxergar e analisar juntos como anda o orçamento para garantir que caminhem lado a lado, sem descompasso.

Conta conjunta ou separada?

A saúde financeira de uma família não necessariamente passa por esta escolha. Mais importante do que ter conta conjunta ou individual é a forma que vocês encontrarão para cuidar do dinheiro e do patrimônio. Mas é importante conhecer as algumas diferenças entre as contas. A conjunta permite, por exemplo, que um visualize os saques, transferências e pagamentos que o outro fez. Ela é mais econômica, já que o casal irá pagar apenas uma tarifa de manutenção. O que pode ser uma vantagem para alguns casais, pode ser considerado uma invasão de privacidade para outros. Um caminho é ter uma conta conjunta para os compromissos da casa e contas individuais para gastos pessoais. Ou ter apenas contas individuais, controlando tudo em planilhas conjuntas. Reflitam sobre o que irá funcionar melhor para vocês.

Divisão de despesas

Principalmente quando a diferença de renda entre o casal é grande, pode ser mais interessante e justo que cada um contribua com o valor proporcional ao salário que recebe. Quando um for autônomo e o outro assalariado, a divisão das contas também pode levar isso em consideração: contas fixas com quem tem salário fixo, contas variáveis para quem tem renda variável. Outra opção é definir, mês a mês, as despesas que cada um poderá assumir, porém, o risco desse método é esquecer de pagar alguma conta. Isso não impede que cheguem à conclusão que o melhor para vocês é a divisão igualitária dos gastos, independentemente do salário. Para muitos casais, este modelo dá certo. Mas cuide para que o outro não passe por fragilidades financeiras, que vocês tenham o mesmo padrão de vida e que estejam tranquilos com o que foi acordado. Quando o assunto é dinheiro, a verdade é que não há regras fixas. O que vale é o que foi combinado.  

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Vai casar? Hora de conversar sobre dinheiro

Vai casar? Hora de conversar sobre dinheiro Você conhece alguém, começa a namorar, apresenta a amigos e familiares e o relacionamento vai ficando sério. Vocês não conseguem mais ficar um longe do outro e, então, decidem se casar. A vida não poderia estar melhor – parece que nada nem ninguém pode atrapalhar a felicidade do casal. Aí vem o planejamento da mudança: a festa, a lua-de-mel, o apartamento e os móveis. Tudo é muito curtido, desde pensar nas lembrancinhas até escolher a cor da parede. Finalmente, vocês estão prestes a seguir para a próxima fase: a da convivência. Mas será que não está faltando alguma coisa? Já conversaram, por exemplo, sobre a organização financeira desse novo núcleo familiar? O mais comum é os casais não falarem sobre isso, pois o dinheiro ainda é considerado um tabu em nossa sociedade. Nos relacionamentos amorosos, conversar sobre finanças parece estimular um sentimento de desconfiança ou de desamor. No entanto, é justamente essa omissão ou falta de consciência que pode fragilizar o começo das uniões ou, lá na frente, provocar conflitos e, até mesmo, separação. A matéria Falar sobre dinheiro é o melhor remédio traz dados reveladores sobre essa dificuldade. Para passar longe desta armadilha, preparamos algumas dicas para você e seu parceiro construírem juntos um novo modelo de organização (e de pensamento) sobre dinheiro.  O valor do diálogo As pessoas têm origens e histórias distintas. Herdam dos pais diferentes visões de mundo, crenças e modelos, que moldam seu comportamento desde a infância. Porém, quando conseguimos identificar o que não nos serve mais (“meus pais guardavam todo o dinheiro, não sobrava para passeios”) e o que queremos para nossa vida depois de adultos (“quero ter dinheiro para investir e para viajar”), fica mais fácil entender a nossa verdadeira identidade financeira e quais crenças queremos cultivar.    No casamento, acontece o mesmo. Ao invés de adotar a forma de pensar e os hábitos de um dos parceiros, é sempre mais saudável que o casal reflita junto e crie seu próprio jeito de lidar com o dinheiro. Segundo Gustavo Cerbasi, autor do livro “Casais inteligentes enriquecem juntos”, se um é mais consumista e descontrolado com dinheiro e o outro é mais planejado, esta diferença tende a se agravar no decorrer do tempo. Aquele que tem o perfil mais planejado busca compensar a desorganização do outro, que se acomoda. Este tipo de situação, além de ser injusta para um dos lados, pode colocar em risco a saúde financeira da casa e do próprio relacionamento, resultando em crises. Por isso, antes de assinar papéis ou trocar alianças, chame seu parceiro ou parceira para uma conversa sincera. Procure entender suas prioridades, seus sonhos, seus pontos fortes e fraquezas na hora de lidar com dinheiro. Com responsabilidade, confiança e diálogo desde o início, são maiores as chances do casal prosperar. Regime de bens Quem decide casar terá que escolher um dos três regimes de bens para definir, juridicamente, sob quais regras os bens do casal serão administrados durante a união e como serão divididos em caso de divórcio: -Regime de comunhão total de bens: ao casar a pessoa passa a ter direito à metade de tudo que o outro possui, inclusive bens adquiridos ou herdados previamente. - Regime de comunhão parcial de bens: o que foi conquistado antes do casamento é propriedade somente de quem tem a posse. Em caso de divórcio, somente os bens adquiridos após o casamento serão divididos em partes iguais. - Regime de separação total de bens: em caso de divórcio, cada um fica com o que possui. Se o bem for um imóvel, caso haja um acordo para que a propriedade seja de ambos, existe a necessidade de constar os dois nomes na escritura. Planejamento a dois Depois de casados, conversas sobre prioridades e problemas financeiros, projetos e sonhos, reservas para o futuro e construção de patrimônio precisam fazer parte da rotina. Até porque, mais do que uma simples organização financeira, vocês estão construindo um projeto de vida. Encontrem a melhor maneira de manter o equilíbrio financeiro da casa. Vocês podem ter um horário fixo (que pode ser diário ou semanal, por exemplo) para anotar as entradas e saídas de dinheiro em uma planilha comum ou cada um fazer o seu controle. O aplicativo Jimbo é uma mão na roda para isso. O importante é que os dois consigam enxergar e analisar juntos como anda o orçamento para garantir que caminhem lado a lado, sem descompasso. Conta conjunta ou separada? A saúde financeira de uma família não necessariamente passa por esta escolha. Mais importante do que ter conta conjunta ou individual é a forma que vocês encontrarão para cuidar do dinheiro e do patrimônio. Mas é importante conhecer as algumas diferenças entre as contas. A conjunta permite, por exemplo, que um visualize os saques, transferências e pagamentos que o outro fez. Ela é mais econômica, já que o casal irá pagar apenas uma tarifa de manutenção. O que pode ser uma vantagem para alguns casais, pode ser considerado uma invasão de privacidade para outros. Um caminho é ter uma conta conjunta para os compromissos da casa e contas individuais para gastos pessoais. Ou ter apenas contas individuais, controlando tudo em planilhas conjuntas. Reflitam sobre o que irá funcionar melhor para vocês. Divisão de despesas Principalmente quando a diferença de renda entre o casal é grande, pode ser mais interessante e justo que cada um contribua com o valor proporcional ao salário que recebe. Quando um for autônomo e o outro assalariado, a divisão das contas também pode levar isso em consideração: contas fixas com quem tem salário fixo, contas variáveis para quem tem renda variável. Outra opção é definir, mês a mês, as despesas que cada um poderá assumir, porém, o risco desse método é esquecer de pagar alguma conta. Isso não impede que cheguem à conclusão que o melhor para vocês é a divisão igualitária dos gastos, independentemente do salário. Para muitos casais, este modelo dá certo. Mas cuide para que o outro não passe por fragilidades financeiras, que vocês tenham o mesmo padrão de vida e que estejam tranquilos com o que foi acordado. Quando o assunto é dinheiro, a verdade é que não há regras fixas. O que vale é o que foi combinado.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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