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Lei do preço único

Num mundo onde não existissem tarifas, nem custos de transporte, um bem muito parecido deveria custar o mesmo nos EUA e no Brasil. Em outras palavras, para esse conjunto de bens chamados de comercializáveis, o câmbio real deveria ser sempre igual a 1 (como no exemplo da camiseta). Por quê? Ora, se ele fosse menor do que 1, isso significaria que o preço do produto no Brasil estaria acima do seu congênere norte-americano. Nesse caso, porém, as pessoas aumentariam as compras nos EUA e consequentemente reduziriam as compras no Brasil. Isso levaria a um aumento no preço da camisa nos EUA e a uma redução do preço aqui, até que a taxa de câmbio real voltasse para 1.

Na prática, isso não acontece. Há diferenças consideráveis e persistentes de preços entre países. São vários os motivos: (i) há barreiras ao comércio entre países, tanto tarifárias (ou seja, impostos sobre os importados) como não tarifárias (por exemplo, burocracia para desembaraçar produtos importados); (ii) há custos para transportar a mercadoria de um país para o outro; e (iii) os bens não são exatamente idênticos (um carro japonês é diferente de um carro alemão).

Mas mesmo para bens praticamente idênticos observam-se diferenças não triviais de preços entre países. Por exemplo, para uma mesma roupa vendida pela internet, porém em países que não compartilham a mesma moeda, observamos preços bem distintos. Isso ocorre em países da União Europeia, que portanto não têm nenhuma barreira alfandegária entre si. Essas diferenças são bem menores para os países que integram a zona do euro (e que portanto têm a mesma moeda). Provavelmente é difícil para o consumidor comparar preços em moedas diferentes, o que permite que a empresa possa cobrar preços distintos entre países.

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