Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

O que não entra no cálculo do PIB?

O PIB não é uma medida perfeita. Há diversos itens cuja produção é difícil de medir e acabam ficando de fora. Esse é o caso de bens e serviços que são produzidos, mas que não envolvem uma transação de compra e venda.

Os departamentos estatísticos dos países (no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o famoso IBGE) fazem alguns ajustes para contornar esse problema. Por exemplo, serviços providos pelo estado (como polícia, saúde, educação, etc.) não envolvem transações de compra e venda e entram no cálculo do PIB com base em seu custo.

Outro ajuste importante tem a ver com moradias. Se você mora em uma casa e paga aluguel, há uma transação em que você paga pelo serviço de moradia. Mas se você compra a casa, a transação desaparece, mas o serviço continua lá. E, portanto, deveria contar no PIB. Nesse caso, o departamento estatístico calcula qual seria o aluguel da casa (com base em casas similares) e o acrescenta no resultado do PIB.

No entanto, o mesmo ajuste não é realizado para bens duráveis, como veículos, eletrodomésticos, móveis, etc. Por exemplo, se você aluga um carro, há um serviço (e uma transação correspondente) que entra no PIB. Agora, se você compra o carro, o serviço ainda existe, mas deixa de fazer parte do cálculo do PIB.

Há problemas semelhantes fora do âmbito dos bens duráveis. Por exemplo, uma refeição num restaurante é contabilizada no PIB, mas se você faz a comida em casa, não.

Atividades de difícil mensuração também acabam ficando de fora. Por exemplo, bens e serviços gerados no setor informal não têm registro oficial de transações de compra e venda e são medidos com bastante imprecisão. Isso é particularmente problemático nos países em desenvolvimento, que contam com setores informais bem grandes. E, é claro, atividades ilegais estão associadas à produção de bens e serviços que também não integram a conta do PIB.

O que você achou desse texto?

*Não é necessário cadastro.

Avaliação de quem leu:

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.