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Quais as causas da inflação?

Há duas forças principais que afetam a inflação: custos e demanda.

Do lado dos custos, podemos citar reajustes nos preços dos chamados insumos básicos (como energia elétrica e combustíveis). Esses itens pressionam os custos de todas as empresas, sendo em parte repassados ao consumidor final quando o produto chega nas prateleiras de lojas e supermercados.

Esse tipo de fenômeno afeta a inflação apenas no curto prazo. Por exemplo, se a gasolina aumentar 10% hoje, não dá para esperar que os preços dos alimentos continuem a subir por causa disso pelos próximos 10 anos.

Para que tenhamos uma explicação para a inflação no longo prazo causada por custos, precisaríamos que os custos aumentassem sem parar ao longo de diversos períodos. Mas não é o caso. Na verdade, por causa de avanços tecnológicos ao longo dos anos, os custos tendem a apresentar uma trajetória descendente, de queda, e não ascendente, de alta.

E, como dito, existe a inflação puxada pela demanda.

Essa demanda vem do consumo (tanto das famílias como do governo) e do investimento das empresas. A capacidade produtiva da economia é dada pelo estoque de máquinas, fábricas, infraestrutura, força de trabalho e sua qualificação, etc. No curto prazo, essas coisas são difíceis de mudar. Logo, quando a demanda cresce muito rapidamente, torna-se maior que a oferta. E esse processo acaba puxando os preços para cima e gerando inflação.

E o que pode estar por trás desse aumento de demanda?

Uma mudança na lei que dê mais acesso ao crédito pessoal, por exemplo. Dar mais crédito pessoal é, na prática, permitir que a gente gaste mais dinheiro. Ou, então, um aumento grande nos gastos públicos – o que tende a acontecer em um ano eleitoral. Mas, mais uma vez, esses são efeitos apenas de curto prazo. E não dá para esperar que o aumento de gastos públicos em ano eleitoral gere inflação por muitos e muitos anos no futuro.


Outro fator puxa a demanda ao longo do tempo e explica a inflação no longo prazo: a expansão na oferta de moeda na economia, chamada pelos economistas de expansão monetária. E essa causa merece um cartão só para ela.

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