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A taxa de desemprego no Brasil vem crescendo rapidamente desde o início do ano passado. Depois de cair bastante nos anos 2000 e no início desta década, alcançou níveis semelhantes aos verificados nos anos 90. Pesquisa recente aponta para taxa na casa dos 9%. Nas principais regiões metropolitanas brasileiras, a fila do desemprego cresceu nada menos que 43% no ano passado.

Desse modo, está ameaçada parte considerável dos ganhos sociais obtidos nos últimos anos, ligada à melhora do mercado de trabalho – como o aumento do emprego, do poder de compra dos salários e da formalização (ou seja, crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada).

Muitos fatores podem afetar o mercado de trabalho. Exemplos do caso brasileiro: é caro contratar ou demitir, a legislação trabalhista está ultrapassada, vários encargos e impostos incidem sobre a folha de pagamento... e por aí vai. Mas esses aspectos colaboram para aumentar o desemprego no longo prazo. E não houve muita mudança nesses pontos entre o fim de 2014 e os dias atuais, quando a taxa de desemprego disparou. Portanto, esse conjunto de distorções, por si só, não explica aumento tão acelerado do desemprego.

Esse movimento parece estar mais ligado à queda brutal na atividade econômica em 2015 e à falta de perspectiva de melhora nos próximos anos.

Em 2015, o PIB encolheu algo entre 3% e 4% em relação ao ano anterior. Neste ano, as perspectivas não são diferentes.

Como isso mexe com o mercado de trabalho?

A recessão (crescimento negativo da economia) deixa menos dinheiro nas mãos dos consumidores; e as empresas têm menor vontade investir diante de um futuro sombrio e incerto. Esses pontos diminuem a demanda por bens e serviços da economia e, consequentemente, as vendas das empresas.

Resultado?

O lucro das empresas cai e elas acabam mandando o pessoal embora. Essas pessoas passam a integrar o grupo dos desempregados – isto é, aquelas pessoas que estão desocupadas e à procura de emprego. E, assim, a taxa de desemprego que acompanhamos no noticiário sobe.

Como é calculada essa taxa de desemprego mesmo?

A taxa de desemprego é o número de desempregados de um país dividido pela chamada força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados deste país.

Alguém desempregado, portanto, está desocupado, mas procurando uma nova oportunidade de trabalho. Uma pessoa sem emprego, mas que não está buscando nova colocação, não é considerada integrante da força de trabalho. São essa turma, por exemplo, estudantes ou cidadãos que desistiram de procurar emprego por pura falta de esperança em encontrar (desalento).

Separamos aqui oito das principais razões para explicar a atual taxa de desemprego do Brasil, veja aí:

1. Instabilidade

O ambiente instável do país traz muita incerteza sobre o futuro. As pessoas adiam planos de consumo de longo prazo, como comprar uma casa ou um carro. Empresas também postergam planos de investimento. Tudo isso contribui para derrubar a demanda de bens e serviços na economia, com queda nas vendas dos mais diversos setores. Essa demanda fraca faz com que o setor privado contrate menos pessoas, o que eleva o desemprego.

2. Juros

A dívida pública brasileira cresceu muito nos últimos anos e é vista como arriscada por nossos credores. Alguns deles deixam de financiar nosso governo; e outros passam a exigir taxas de juros mais elevadas. A taxa de juros da dívida pública brasileira sobe e influencia todas as outras cobradas no mercado – como crédito pessoal, cheque especial, crediário e capital de giro.

Além disso, o Banco Central, na tentativa de segurar a inflação, mantém a Selic elevada.

Juros mais altos significam custos maiores para consumidores de bens duráveis, como uma geladeira ou um carro. Muitos não têm dinheiro para fazer a compra de uma vez e precisam tomar grana emprestada. Agora está mais caro fazer isso.

Esse aspecto prejudica também planos de investimento de diversas firmas, que não dispõem de grana em caixa para financiar a expansão de suas capacidades produtivas. Outros empresários, mesmo que disponham de recursos próprios, preferem colocar a grana em títulos públicos. Afinal, com o juro lá no alto, são mais atrativos. Por outro lado, esse processo ter por efeito reduzir o investimento.

Consequentemente, consumo e investimento recuam com juros mais altos. Assim, a intenção de compra dos consumidores cai, bem como as vendas das empresas, que passam a contratar menos trabalhadores.

Várias companhias ainda necessitam de financiamentos de capital de giro – por exemplo, para pagar trabalhadores e comprar material antes de colocar mercadorias nas prateleiras. Essas firmas se veem obrigadas, ainda que com juro alto, a tomar dinheiro emprestado. As operações, mais custosas, diminuem a lucratividade dessas empresas, que acabam demitindo funcionários para não fecharem as portas.

3. Inflação

A inflação alta diminui o poder de compra dos salários, ou seja, a capacidade de gastar dos consumidores. Cai, assim, a demanda por bens e serviços na economia e, como vimos, há impactos negativos desse fator sobre o mercado de trabalho.

Entretanto, esse é um efeito relevante apenas no curto prazo. Com o passar do tempo, a inflação tende a ser incorporada nos novos contratos de trabalho, mitigando a perda de poder de compra dos consumidores.

Há um segundo efeito: a inflação corrói o valor do dinheiro ao longo dos anos – uma nota de 50 reais pode comprar cada vez menos, já que o preço das coisas está subindo. Nessas condições, as pessoas têm menos grana para comprar. E, se a demanda cai, o mesmo acontece com a capacidade de contratação das empresas.

Quem sofre mais? Especialmente os mais pobres. Essa fatia da população tende a segurar uma fração maior de sua riqueza na forma de ativos que não repõem a perda inflacionária – como dinheiro vivo e conta corrente.

4. Queda na renda

Várias famílias estão passando por dificuldades por causa do mercado de trabalho fraco. Muitas pessoas perderam emprego e o salário real (ou seja, ajustado pelo poder de compra) segue em queda.

Dessa maneira, todo mundo precisa ajudar em casa: pessoas que estavam fora do mercado de trabalho têm agora de contribuir para os gastos domésticos. E, logo, passam a buscar emprego. É o caso de jovens que estavam apenas estudando e passam a ter de trabalhar para ajudar no sustento da família.

Só que essas pessoas não acham emprego imediatamente (e podem demorar bastante, dada a atual conjuntura de recessão). Com mais gente procurando emprego e menos vagas disponíveis, a taxa de desemprego tende a crescer.

5. Operação Lava Jato e afins

Algumas empresas grandes (e que contratam muita gente), como Petrobras e Odebrecht, estão enroladas em escândalos de corrupção. A lucratividade dessas firmas tende a cair bastante, diminuindo sua capacidade de contratar e impactando negativamente os dados do mercado de trabalho de modo geral.

Não só essas empresas são prejudicadas, mas também seus fornecedores. Eles se defrontam com quedas em suas receitas e precisam mandar trabalhadores embora.

(Atenção: de modo alguma defendemos que os escândalos não sejam investigados e que os executivos dessas empresas permaneçam impunes – pelo contrário, que a Justiça cumpra a sua função. Sem dúvidas esse processo precisa ir em frente e isso pode ajudar muito o país no futuro, com mais transparência e melhor uso do dinheiro público. Mas há um inegável efeito colateral – o aumento do desemprego – no curto prazo.)

6. Falta de credibilidade do governo

O primeiro governo Dilma foi pautado por políticas fiscal e monetária frouxas, com o objetivo de estimular o crescimento. Mas essas políticas não tiveram efeito e o crescimento não veio.

Agora chegou a conta: nossa dívida pública cresceu muito e a inflação foi parar nas alturas.

No início do segundo governo Dilma, anunciou-se uma reversão daquelas políticas, com uma proposta de ajuste fiscal e juros subindo para combater a inflação.

Mas as constantes metas não atingidas nos últimos anos colocam sérias dúvidas quanto ao comprometimento do governo com esse ajuste. A perspectiva de alterações no futuro (com a volta das políticas do primeiro governo Dilma) aumenta a sensação de instabilidade. A situação contribui para reduzir a demanda por bens e serviços e enfraquecer o mercado de trabalho fraco, como discutido acima.

A falta de credibilidade também eleva os juros. Uma eventual volta às políticas expansionistas pode fazer crescer nossa dívida a níveis insustentáveis rapidamente. Isso levaria o país a não honrar com suas obrigações. Caso seja assim, em antecipação a esse cenário, nossos credores passarão a exigir juros ainda mais elevados como retorno para continuar financiando nosso governo.

7. O (não) ajuste fiscal

O ajuste fiscal ainda não saiu do papel.

Por um lado, isso até ajuda o mercado de trabalho – o eventual aumento de impostos e a forte redução de gastos públicos derrubaria a demanda por bens e serviços, elevando ainda mais o desemprego.

Por outro lado, “desajuste” fiscal, por assim dizer, prejudica o mercado de trabalho: nossa dívida permanece alta e arriscada e os juros dessa dívida (e de outros produtos financeiros) continuam elevados. A demanda por bens e serviços é achatada e a vendas das empresas cai. E essas empresas, fazem o quê? Passam a contratar menos.

O efeito final sobre o desemprego é, assim, ambíguo: ele depende das duas forças acima citadas, que afetam a taxa de desemprego de maneiras opostas.

No caso brasileiro, entretanto, há bons motivos para acreditar que o efeito sobre os juros é bem importante.

A dívida pública brasileira é vista como particularmente arriscada por nossos credores. Um ajuste fiscal bem feito certamente nos ajudaria a baixar os juros, impulsionando a atividade econômica e o mercado de trabalho. E como ele não está acontecendo, o mercado de trabalho continua patinando.

8. Crise política

Não bastasse tudo isso, a crise política torna esse cenário ainda mais complicado. Instabilidade, ajuste que não sai do papel, etc., têm efeitos superdimensionados. As consequências sobre o mercado de trabalho são nefastas.

 

Entenda, em 8 porquês, a alta do desemprego

A taxa de desemprego no Brasil vem crescendo rapidamente desde o início do ano passado. Depois de cair bastante nos anos 2000 e no início desta década, alcançou níveis semelhantes aos verificados nos anos 90. Pesquisa recente aponta para taxa na casa dos 9%. Nas principais regiões metropolitanas brasileiras, a fila do desemprego cresceu nada menos que 43% no ano passado. Desse modo, está ameaçada parte considerável dos ganhos sociais obtidos nos últimos anos, ligada à melhora do mercado de trabalho – como o aumento do emprego, do poder de compra dos salários e da formalização (ou seja, crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada). Muitos fatores podem afetar o mercado de trabalho. Exemplos do caso brasileiro: é caro contratar ou demitir, a legislação trabalhista está ultrapassada, vários encargos e impostos incidem sobre a folha de pagamento... e por aí vai. Mas esses aspectos colaboram para aumentar o desemprego no longo prazo. E não houve muita mudança nesses pontos entre o fim de 2014 e os dias atuais, quando a taxa de desemprego disparou. Portanto, esse conjunto de distorções, por si só, não explica aumento tão acelerado do desemprego. Esse movimento parece estar mais ligado à queda brutal na atividade econômica em 2015 e à falta de perspectiva de melhora nos próximos anos. Em 2015, o PIB encolheu algo entre 3% e 4% em relação ao ano anterior. Neste ano, as perspectivas não são diferentes. Como isso mexe com o mercado de trabalho? A recessão (crescimento negativo da economia) deixa menos dinheiro nas mãos dos consumidores; e as empresas têm menor vontade investir diante de um futuro sombrio e incerto. Esses pontos diminuem a demanda por bens e serviços da economia e, consequentemente, as vendas das empresas. Resultado? O lucro das empresas cai e elas acabam mandando o pessoal embora. Essas pessoas passam a integrar o grupo dos desempregados – isto é, aquelas pessoas que estão desocupadas e à procura de emprego. E, assim, a taxa de desemprego que acompanhamos no noticiário sobe. Como é calculada essa taxa de desemprego mesmo? A taxa de desemprego é o número de desempregados de um país dividido pela chamada força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados deste país. Alguém desempregado, portanto, está desocupado, mas procurando uma nova oportunidade de trabalho. Uma pessoa sem emprego, mas que não está buscando nova colocação, não é considerada integrante da força de trabalho. São essa turma, por exemplo, estudantes ou cidadãos que desistiram de procurar emprego por pura falta de esperança em encontrar (desalento). Separamos aqui oito das principais razões para explicar a atual taxa de desemprego do Brasil, veja aí: 1. Instabilidade O ambiente instável do país traz muita incerteza sobre o futuro. As pessoas adiam planos de consumo de longo prazo, como comprar uma casa ou um carro. Empresas também postergam planos de investimento. Tudo isso contribui para derrubar a demanda de bens e serviços na economia, com queda nas vendas dos mais diversos setores. Essa demanda fraca faz com que o setor privado contrate menos pessoas, o que eleva o desemprego. 2. Juros A dívida pública brasileira cresceu muito nos últimos anos e é vista como arriscada por nossos credores. Alguns deles deixam de financiar nosso governo; e outros passam a exigir taxas de juros mais elevadas. A taxa de juros da dívida pública brasileira sobe e influencia todas as outras cobradas no mercado – como crédito pessoal, cheque especial, crediário e capital de giro. Além disso, o Banco Central, na tentativa de segurar a inflação, mantém a Selic elevada. Juros mais altos significam custos maiores para consumidores de bens duráveis, como uma geladeira ou um carro. Muitos não têm dinheiro para fazer a compra de uma vez e precisam tomar grana emprestada. Agora está mais caro fazer isso. Esse aspecto prejudica também planos de investimento de diversas firmas, que não dispõem de grana em caixa para financiar a expansão de suas capacidades produtivas. Outros empresários, mesmo que disponham de recursos próprios, preferem colocar a grana em títulos públicos. Afinal, com o juro lá no alto, são mais atrativos. Por outro lado, esse processo ter por efeito reduzir o investimento. Consequentemente, consumo e investimento recuam com juros mais altos. Assim, a intenção de compra dos consumidores cai, bem como as vendas das empresas, que passam a contratar menos trabalhadores. Várias companhias ainda necessitam de financiamentos de capital de giro – por exemplo, para pagar trabalhadores e comprar material antes de colocar mercadorias nas prateleiras. Essas firmas se veem obrigadas, ainda que com juro alto, a tomar dinheiro emprestado. As operações, mais custosas, diminuem a lucratividade dessas empresas, que acabam demitindo funcionários para não fecharem as portas. 3. Inflação A inflação alta diminui o poder de compra dos salários, ou seja, a capacidade de gastar dos consumidores. Cai, assim, a demanda por bens e serviços na economia e, como vimos, há impactos negativos desse fator sobre o mercado de trabalho. Entretanto, esse é um efeito relevante apenas no curto prazo. Com o passar do tempo, a inflação tende a ser incorporada nos novos contratos de trabalho, mitigando a perda de poder de compra dos consumidores. Há um segundo efeito: a inflação corrói o valor do dinheiro ao longo dos anos – uma nota de 50 reais pode comprar cada vez menos, já que o preço das coisas está subindo. Nessas condições, as pessoas têm menos grana para comprar. E, se a demanda cai, o mesmo acontece com a capacidade de contratação das empresas. Quem sofre mais? Especialmente os mais pobres. Essa fatia da população tende a segurar uma fração maior de sua riqueza na forma de ativos que não repõem a perda inflacionária – como dinheiro vivo e conta corrente. 4. Queda na renda Várias famílias estão passando por dificuldades por causa do mercado de trabalho fraco. Muitas pessoas perderam emprego e o salário real (ou seja, ajustado pelo poder de compra) segue em queda. Dessa maneira, todo mundo precisa ajudar em casa: pessoas que estavam fora do mercado de trabalho têm agora de contribuir para os gastos domésticos. E, logo, passam a buscar emprego. É o caso de jovens que estavam apenas estudando e passam a ter de trabalhar para ajudar no sustento da família. Só que essas pessoas não acham emprego imediatamente (e podem demorar bastante, dada a atual conjuntura de recessão). Com mais gente procurando emprego e menos vagas disponíveis, a taxa de desemprego tende a crescer. 5. Operação Lava Jato e afins Algumas empresas grandes (e que contratam muita gente), como Petrobras e Odebrecht, estão enroladas em escândalos de corrupção. A lucratividade dessas firmas tende a cair bastante, diminuindo sua capacidade de contratar e impactando negativamente os dados do mercado de trabalho de modo geral. Não só essas empresas são prejudicadas, mas também seus fornecedores. Eles se defrontam com quedas em suas receitas e precisam mandar trabalhadores embora. (Atenção: de modo alguma defendemos que os escândalos não sejam investigados e que os executivos dessas empresas permaneçam impunes – pelo contrário, que a Justiça cumpra a sua função. Sem dúvidas esse processo precisa ir em frente e isso pode ajudar muito o país no futuro, com mais transparência e melhor uso do dinheiro público. Mas há um inegável efeito colateral – o aumento do desemprego – no curto prazo.) 6. Falta de credibilidade do governo O primeiro governo Dilma foi pautado por políticas fiscal e monetária frouxas, com o objetivo de estimular o crescimento. Mas essas políticas não tiveram efeito e o crescimento não veio. Agora chegou a conta: nossa dívida pública cresceu muito e a inflação foi parar nas alturas. No início do segundo governo Dilma, anunciou-se uma reversão daquelas políticas, com uma proposta de ajuste fiscal e juros subindo para combater a inflação. Mas as constantes metas não atingidas nos últimos anos colocam sérias dúvidas quanto ao comprometimento do governo com esse ajuste. A perspectiva de alterações no futuro (com a volta das políticas do primeiro governo Dilma) aumenta a sensação de instabilidade. A situação contribui para reduzir a demanda por bens e serviços e enfraquecer o mercado de trabalho fraco, como discutido acima. A falta de credibilidade também eleva os juros. Uma eventual volta às políticas expansionistas pode fazer crescer nossa dívida a níveis insustentáveis rapidamente. Isso levaria o país a não honrar com suas obrigações. Caso seja assim, em antecipação a esse cenário, nossos credores passarão a exigir juros ainda mais elevados como retorno para continuar financiando nosso governo. 7. O (não) ajuste fiscal O ajuste fiscal ainda não saiu do papel. Por um lado, isso até ajuda o mercado de trabalho – o eventual aumento de impostos e a forte redução de gastos públicos derrubaria a demanda por bens e serviços, elevando ainda mais o desemprego. Por outro lado, “desajuste” fiscal, por assim dizer, prejudica o mercado de trabalho: nossa dívida permanece alta e arriscada e os juros dessa dívida (e de outros produtos financeiros) continuam elevados. A demanda por bens e serviços é achatada e a vendas das empresas cai. E essas empresas, fazem o quê? Passam a contratar menos. O efeito final sobre o desemprego é, assim, ambíguo: ele depende das duas forças acima citadas, que afetam a taxa de desemprego de maneiras opostas. No caso brasileiro, entretanto, há bons motivos para acreditar que o efeito sobre os juros é bem importante. A dívida pública brasileira é vista como particularmente arriscada por nossos credores. Um ajuste fiscal bem feito certamente nos ajudaria a baixar os juros, impulsionando a atividade econômica e o mercado de trabalho. E como ele não está acontecendo, o mercado de trabalho continua patinando. 8. Crise política Não bastasse tudo isso, a crise política torna esse cenário ainda mais complicado. Instabilidade, ajuste que não sai do papel, etc., têm efeitos superdimensionados. As consequências sobre o mercado de trabalho são nefastas.  
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