Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

Hidrogênio verde

O hidrogênio é o elemento mais simples e de menor massa da tabela periódica, sendo o quarto elemento mais abundante da Terra. O hidrogênio emite apenas água quando consumido para produzir energia, mas criá-lo pode ser intensivo em carbono, liberando gás carbônico, ou outros gases do efeito estufa, como o metano (CH4).


Existem diferentes cores – “cinza”, “azul”, “verde” - para descrever as tecnologias de hidrogênio, que se referem à forma como ele é produzido. Dependendo dos métodos de produção, o hidrogênio pode ser cinza, azul ou verde – e às vezes até rosa, amarelo ou turquesa. No entanto, o hidrogênio verde é o único tipo produzido com neutralidade de carbono ou outros gases do efeito estufa, tornando-o fundamental na meta de redução das emissões globais definidas pelo Acordo de Paris.

O hidrogênio cinza é tradicionalmente produzido a partir de metano (CH4), dividido com vapor em CO2 (gás carbônico) e H2 (hidrogênio). O hidrogênio cinza tem sido cada vez mais produzido também a partir do carvão, com emissões de CO2 significativamente mais altas por unidade de hidrogênio produzida, tanto que muitas vezes é chamado de hidrogênio marrom ou preto em vez de cinza. Atualmente, ele é produzido em escala industrial, com emissões comparáveis às emissões combinadas do Reino Unido e da Indonésia. Esse tipo de hidrogênio não colabora para a transição energética - aliás, muito pelo contrário.

O hidrogênio azul segue o mesmo processo do cinza, com as tecnologias adicionais para capturar o CO2 produzido quando o hidrogênio é separado do metano (ou do carvão) e armazená-lo a longo prazo. Infelizmente, nem todo o CO2 produzido pode ser capturado, e nem todos os meios de armazenamento são igualmente eficazes no longo prazo. O ponto principal deste processo é que, capturando grande parte do CO2 emitido, o impacto climático da produção de hidrogênio pode ser reduzido significativamente.

O hidrogênio verde é definido como o hidrogênio produzido pela divisão da água em hidrogênio e oxigênio usando eletricidade a partir de fontes renováveis num processo conhecido como eletrólise – um caminho muito diferente em comparação com o do cinza e o do azul. Esse método usa uma corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio na água. Se a eletricidade for obtida de fontes renováveis, produziremos, portanto, energia sem emitir dióxido de carbono na atmosfera.

Apesar de estar acontecendo uma redução do custo da eletrólise recentemente, ele ainda é bastante alto para o processo ser viável em larga escala. Até por isso, sua utilização ainda é muito pequena, representando 0,1% da produção global de hidrogênio. O custo da energia elétrica envolvido nessa reação pode ser decisivo para essa modalidade, já que a energia dispendida para produção do gás puro é maior do que aquela que o hidrogênio pode oferecer para uso.

De qualquer forma, o hidrogênio verde foi destaque em várias promessas de redução de emissões na Conferência do Clima da ONU, COP26, como um meio de descarbonizar a indústria pesada, o frete de longa distância, o transporte e a aviação. Os governos e a indústria reconheceram o hidrogênio como um importante pilar de uma economia líquida zero.

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.