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Tragédia dos comuns

A tragédia dos comuns refere-se a uma situação em que indivíduos com acesso a um bem comum, como os recursos naturais, agem em seu próprio interesse e, ao fazê-lo, acabam por esgotar o recurso. Isso geralmente ocorre quando tratamos de bens ou serviços comuns, aqueles dos quais não é possível restringir o consumo (não excludentes) e que se esgotam conforme são consumidos (rivais).


Um exemplo bastante usual é o caso da pesca. Imagine que exista um lago com peixes e que não haja nenhuma regulamentação para a pesca realizada no local. Cada pescador individualmente terá mais benefícios quanto mais peixes pescar, e, sabendo que existem outros pescadores no local, há um incentivo ainda maior para que cada um pesque o máximo possível a fim de evitar que os outros consumam o recurso (no caso, os peixes). Assim, se todos os pescadores agirem apenas em seu próprio interesse, isso resultará em um consumo excessivo prejudicial – levando ao esgotamento dos peixes do lago, por exemplo.

Outro exemplo, mais atual, é o congestionamento causado por tráfego de veículos em áreas urbanas. Para cada pessoa, individualmente, é vantajoso se deslocar utilizando seu próprio carro. No entanto, à medida que mais pessoas decidem que estradas e rodovias são a maneira mais rápida de ir para o trabalho, mais carros acabam nas estradas, piorando o congestionamento e aumentando consideravelmente o tempo de deslocamento para todos.

Em essência, conforme a demanda pelo recurso supera a oferta, cada indivíduo que consome uma unidade adicional prejudica diretamente os outros – e também a si próprio –, que não pode mais desfrutar dos benefícios. Esse conceito ajuda a entender muitos dilemas sociais, com destaque para os problemas ambientais, uma vez que boa parte dos recursos naturais são bens comuns, como a atmosfera, os oceanos, os rios e as florestas.

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