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Bens

Bens e serviços são os resultados (outputs) de um sistema econômico. Os bens são itens tangíveis, geralmente objetos físicos, que podemos ver ou tocar – como roupas, laptops, smartphones, carros, alimentos, ar puro e iluminação nas ruas. Já os serviços são tarefas executadas em benefício dos consumidores, como uma assessoria jurídica, limpeza doméstica e consultorias, por exemplo.

Existem negócios que trabalham tanto com bens quanto com serviços: uma empresa de paisagismo, por exemplo, pode vender plantas (bens) a um proprietário de uma casa e também cortar a grama do quintal (um serviço).

Agora que foi feita a distinção entre os conceitos de bem e serviço, passaremos a denominá-los unicamente como “bens”, uma vez que as categorizações serão as mesmas para ambos.
Para os economistas, existem quatro tipos de bens, determinados com base em dois critérios:
1. Nível de exclusividade: se é possível estabelecer direitos de propriedade sobre o bem (ver Direitos de propriedade), ou seja, os consumidores podem comprá-lo e obter sua posse exclusiva (o bem não poderá ser utilizado por outra pessoa sem o consentimento do detentor do bem).
2. Nível de rivalidade: se o consumo do bem por um indivíduo reduz a oferta para outros.

Os quatro tipos de bens são:


Exclusivo   Não exclusivo
Rival    Bens privados    Bens comuns
Não-rival    Bens de clube    Bens públicos

Bens privados
Bens privados são exclusivos (os consumidores não podem usá-los sem pagar por eles) e rivais (o número de usuários reduz sua disponibilidade para outros consumidores). Se alguém quiser uma camisa, por exemplo, deve comprá-la e outras pessoas não poderão mais vesti-la sem a permissão do dono do bem (exclusivo). Além disso, a compra da camisa reduzirá a quantidade de camisas disponíveis no mercado (rivalidade).
Um consumidor que compra um bem privado pode transferi-lo para outras pessoas se desejar, mas os bens pertencem apenas a um consumidor de cada vez. Em geral, os preços dos bens privados são amplamente determinados pelo mecanismo de oferta e demanda de uma economia.
São exemplos de bens privados frutas, celulares, jantares em um restaurante, carros, ingressos para um show, roupas.

Bens públicos
Um bem público puro é não exclusivo (qualquer um pode usá-lo) e não rival (o número de usuários não afeta sua disponibilidade). Um exemplo de bem público é a iluminação das ruas por postes de luz: ele é não rival, já que sua utilização por um indivíduo não reduz a disponibilidade de iluminação para outro indivíduo, e não exclusivo, uma vez que o governo disponibiliza a iluminação para todos. Não é possível estabelecer um direito de propriedade sobre a luz nem impedir alguém de utilizá-la – mesmo pessoas que não pagam impostos podem usufruir do benefício da iluminação, por exemplo.
Na grande maioria dos casos, os bens públicos são fornecidos pelos governos, uma vez que dificilmente eles são lucrativos para o setor privado. Até por isso, bens públicos costumam estar bastante relacionados a falhas de mercado (ver Falha de mercado).
Exemplos de bens públicos incluem a defesa nacional, a iluminação pública e praças públicas.

Bens comuns
Bens comuns são bem rivais e não exclusivos, ou seja, quando consome bens comuns você reduz sua disponibilidade para outros (trata-se de um bem rival), mas não pode impedir que outros tenham acesso a ele (é não exclusivo).
Por serem rivais, as pessoas vão competir para tirar proveito dos bens comuns. Ao mesmo tempo, elas não poderão impedir que outros façam o mesmo, por serem bens não exclusivos. Como resultado, isso eventualmente costuma levar a uma exploração excessiva dos bens, gerando a “tragédia dos comuns”.
Vamos analisar o caso da madeira: quando um indivíduo corta madeira na floresta, haverá menos disponibilidade de madeira para os outros. Ao mesmo tempo, ele não poderá impedir outras pessoas de fazer o mesmo. Sabendo que a oferta de madeira está diminuindo, mais e mais pessoas cortam a madeira. Assim, caso não haja regulamentação, isso pode fazer com que o recurso madeireiro se esgote, ocasionando a tragédia dos comuns.
Um exemplo de bens comuns normalmente citado são recursos minerais.

Bens de clube
Bens de clube são bens não rivais e exclusivos, ou seja, para utilizá-los você deve comprá-los (exclusivos), mas o número de consumidores do bem não afeta sua disponibilidade (não rival). Assim, por mais que seu consumo não reduza a disponibilidade do bem para outras pessoas (pelo menos até que um ponto de uso excessivo ou congestionamento seja alcançado), o bem de clube dificilmente sofrerá a tragédia dos comuns, pois os detentores ou provedores do bem podem impedir indivíduos de consumi-lo. No caso dos bens de clube, os fornecedores podem cobrar preços para que as mercadorias estejam disponíveis apenas para pessoas dispostas a pagar aquela determinada quantia.
Exemplos de itens de clube são serviços de streaming, cinemas, internet sem fio e parques privados.

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

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