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Valoração da biodiversidade

A valoração da biodiversidade, valoração ambiental ou valoração do capital natural é um instrumento que busca estimar o valor econômico de bens e serviços prestados pela natureza. Em outras palavras, o objetivo da valoração da biodiversidade é atribuir um valor monetário aos recursos ambientais, isto é, precificá-los.


A conservação da biodiversidade aparece, com frequência, entre as principais questões ligadas à economia do meio ambiente, entretanto, muitas vezes não é claro o que se supõe estar sendo conservado ou qual o trade-off relevante em questão. Aí entra a importância da valoração ambiental. Em uma economia de mercado, o preço de qualquer bem tem como objetivo principal incorporar as informações econômicas relevantes sobre ele.

Precificar o valor exato para os serviços naturais, no entanto, é uma tarefa bastante desafiadora, uma vez que eles influenciam direta e indiretamente em diversos processos. De forma geral, podemos dizer que existem dois tipos de valores atribuídos aos serviços ecossistêmicos: valor de uso – direto, indireto e opção de uso – e valor de não uso. Grosso modo, a soma dos dois valores corresponde ao valor econômico dos recursos ambientais.

O valor de uso pode ter três vertentes: uso direto (extração dos recursos naturais, como madeira, por exemplo; beleza visual; recreação); uso indireto (como a captação de carbono, o ciclo da água, a polinização) e de opção (saber que um serviço existe e entender que, se no futuro for necessário, ele estará disponível; por exemplo, as propriedades medicinais ainda não descobertas nas florestas).

Já o valor de não uso é aquele que está relacionado à satisfação derivada apenas do conhecimento de que a preservação da espécie ou do ecossistema estará assegurada de modo sustentável. O que também traz a satisfação de que futuras gerações poderão usufruir da natureza. Assim, a valoração da biodiversidade busca medir o quanto o bem-estar das pessoas está melhor ou pior pelas mudanças na quantidade de bens e serviços ecossistêmicos, pelo seu uso ou não.

Existem diferentes metodologias de valoração ambiental, cada uma mais apropriada para determinados objetos de estudo. Uma das grandes limitações da valoração, no entanto, é que ainda é difícil incorporar o preço das externalidades, pois muitas vezes elas não são compreendidas por completo e acabam por não abranger todos os aspectos reais da situação (ver Externalidades).

Além disso, alguns consideram a valoração da biodiversidade como uma solução de fachada, pois, segundo esses críticos, há uma impossibilidade de atribuir valores monetários a bens naturais. Apesar de suas limitações e das críticas, a valoração apresenta benefícios que podem ser interessantes na luta em prol da preservação ambiental; e muitas pesquisas econômicas estão focadas em desenvolver e aperfeiçoar as abordagens e metodologias existentes.

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