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Como nós do Por quê? temos repetido (minha avó nos chamaria de “matracas”), a economia brasileira precisa de um ajuste que traga as contas públicas para uma trajetória sustentável. Ou seja, o Brasil precisa interromper o crescimento explosivo da dívida pública em proporção ao PIB.

Mas como se faz isso?

Ou diminuindo o déficit público (déficit é a diferença entre despesas e receitas – o que, no caso brasileiro, é algo como a diferença de altura entre o nenê do basquete e este escriba); ou fazendo com que o PIB cresça mais rapidamente que a dívida pública.

Mas como fazer o PIB crescer mais rápido?

No Brasil, hoje, podemos estar à beira de um ciclo virtuoso.

Um alerta: ciclos virtuosos são como onças pintadas, certamente existem, mas não topamos com ele a cada esquina.

Desde ao menos idos de 2013, um governo desleixado com as contas públicas e empenhado em transformar o setor privado num fantoche viciado na ajuda do dinheiro público funcionou como um depressor de expectativas – pense num chá de camomila morno.

Os empresários, antecipando as consequências das políticas econômicas fadadas ao fracasso (lembre-se do governo desleixado, brincando de fantoche...), enjaularam o tal “espírito animal” e passaram a investir menos.

Com o investimento privado definhando, o consumidor, já endividado, também tirou o time e a economia colapsou.

E como um ciclo virtuoso pode até nos ajudar a sair dessa?

A mudança na Presidência pode sinalizar para os tomadores de decisões da economia que o governo mão pesada é água passada. A nomeação de um time de primeira linha para postos-chaves do governo pode fortalecer esta percepção positiva.

Com os “espíritos animais” acordados, o investimento pode retornar. Aumentaria o nível de atividade, o emprego e as receitas do governo. Com um horizonte mais brilhante à frente, o capital estrangeiro pode retornar em peso, reduzindo o custo da dívida pública e tornando o problema fiscal mais manejável. E, de repente, o ajuste fiscal que era (e continuará sendo) necessário pode ser menor e de mais qualidade (isto é, mais medidas de longo prazo, menos medidas emergenciais).

Não parece bom demais para ser verdade?

Talvez, quem sabe esteja carregando um pouco na tinta.

É possível que os problemas fiscais sejam tão grandes que não haja choque de expectativa que nos carregue em nossa travessia. É igualmente de se esperar que os próximos meses continuem carregados de incerteza e negatividade e que o ciclo virtuoso se esconda na mata escura como uma onça pintada.

Mas, por hoje, quero vislumbrar um futuro melhor.

Por que o ajuste de Temer pode (quase) não doer?

Como nós do Por quê? temos repetido (minha avó nos chamaria de “matracas”), a economia brasileira precisa de um ajuste que traga as contas públicas para uma trajetória sustentável. Ou seja, o Brasil precisa interromper o crescimento explosivo da dívida pública em proporção ao PIB. Mas como se faz isso? Ou diminuindo o déficit público (déficit é a diferença entre despesas e receitas – o que, no caso brasileiro, é algo como a diferença de altura entre o nenê do basquete e este escriba); ou fazendo com que o PIB cresça mais rapidamente que a dívida pública. Mas como fazer o PIB crescer mais rápido? No Brasil, hoje, podemos estar à beira de um ciclo virtuoso. Um alerta: ciclos virtuosos são como onças pintadas, certamente existem, mas não topamos com ele a cada esquina. Desde ao menos idos de 2013, um governo desleixado com as contas públicas e empenhado em transformar o setor privado num fantoche viciado na ajuda do dinheiro público funcionou como um depressor de expectativas – pense num chá de camomila morno. Os empresários, antecipando as consequências das políticas econômicas fadadas ao fracasso (lembre-se do governo desleixado, brincando de fantoche...), enjaularam o tal “espírito animal” e passaram a investir menos. Com o investimento privado definhando, o consumidor, já endividado, também tirou o time e a economia colapsou. E como um ciclo virtuoso pode até nos ajudar a sair dessa? A mudança na Presidência pode sinalizar para os tomadores de decisões da economia que o governo mão pesada é água passada. A nomeação de um time de primeira linha para postos-chaves do governo pode fortalecer esta percepção positiva. Com os “espíritos animais” acordados, o investimento pode retornar. Aumentaria o nível de atividade, o emprego e as receitas do governo. Com um horizonte mais brilhante à frente, o capital estrangeiro pode retornar em peso, reduzindo o custo da dívida pública e tornando o problema fiscal mais manejável. E, de repente, o ajuste fiscal que era (e continuará sendo) necessário pode ser menor e de mais qualidade (isto é, mais medidas de longo prazo, menos medidas emergenciais). Não parece bom demais para ser verdade? Talvez, quem sabe esteja carregando um pouco na tinta. É possível que os problemas fiscais sejam tão grandes que não haja choque de expectativa que nos carregue em nossa travessia. É igualmente de se esperar que os próximos meses continuem carregados de incerteza e negatividade e que o ciclo virtuoso se esconda na mata escura como uma onça pintada. Mas, por hoje, quero vislumbrar um futuro melhor.
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