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O ex-presidente Lula da Silva se reúne com as bancadas do PT no Senado e na Câmara (Valter Campanato/Agência Brasil)

Todos os dias, logo que o mercado fecha, pipocam várias explicações em sites e blogs sobre as razões dos movimentos da bolsa, do dólar e de outros ativos. Mas quem já trabalhou no mercado financeiro sabe: parte considerável dos diagnósticos não reflete os fatos. Na realidade, a bolsa e o dólar se movem respondendo a vários fatores – alguns dos quais não compreendemos, muitos outros nem conseguimos medir.

É preciso cautela para se interpretar o significado dos movimentos do mercado. Como analistas, precisamos evitar a arrogância de imaginar que entendemos mais do que realmente entendemos. Como leitores de reportagens e análises, devemos sempre nos perguntar se o mensageiro realmente sabe do que está falando ou se é apenas mais um tagarela confiante.

Mas nem tudo também é chute dado fora do gol. Existem momentos em que podemos bater no peito e bradar cheios de certeza: o mercado de hoje eu entendo!

Como nessa ultima quarta-feira, 12, dia da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na véspera, tivemos o Senado aprovando com esmagadora maioria as reformas nas leis trabalhistas. Daí, durante o dia, veio a sentença do juiz Sérgio Moro. A condenação de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pode inviabilizar a sua candidatura em 2018.

Aí o mercado ficou eufórico. O dólar caiu. A bolsa subiu. As ações da Petrobras subiram mais ainda. E esses movimentos eu consigo explicar!

A passagem da reforma trabalhista diminui o custo de se fazer negócios no Brasil. De agora em diante, há menos obstáculos para empresas contratarem trabalhadores. Bom para a economia.

Quanto à condenação de Lula, está reduzida a sua chance de se candidatar. E, caso se candidate, caem as chances de ele se eleger, dada a repercussão negativa de sua pena. Assim sendo, diminui a probabilidade de um candidato alinhado a políticas desastrosas como estas retomar o comando do país: juros baixados na marra, crédito farto para grandes empresários (amigos!) via BNDES, preços congelados na área de energia e outras aventuras semelhantes.

Ah, caiu bastante também o temor de que a Petrobras volte a ser usada como cabide de emprego ou cofrinho pelos donos do poder. Bom para os mercados. Bom para a economia.

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Por que o mercado ficou eufórico com a condenação de Lula?

O ex-presidente Lula da Silva se reúne com as bancadas do PT no Senado e na Câmara (Valter Campanato/Agência Brasil) Todos os dias, logo que o mercado fecha, pipocam várias explicações em sites e blogs sobre as razões dos movimentos da bolsa, do dólar e de outros ativos. Mas quem já trabalhou no mercado financeiro sabe: parte considerável dos diagnósticos não reflete os fatos. Na realidade, a bolsa e o dólar se movem respondendo a vários fatores – alguns dos quais não compreendemos, muitos outros nem conseguimos medir. É preciso cautela para se interpretar o significado dos movimentos do mercado. Como analistas, precisamos evitar a arrogância de imaginar que entendemos mais do que realmente entendemos. Como leitores de reportagens e análises, devemos sempre nos perguntar se o mensageiro realmente sabe do que está falando ou se é apenas mais um tagarela confiante. Mas nem tudo também é chute dado fora do gol. Existem momentos em que podemos bater no peito e bradar cheios de certeza: o mercado de hoje eu entendo! Como nessa ultima quarta-feira, 12, dia da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na véspera, tivemos o Senado aprovando com esmagadora maioria as reformas nas leis trabalhistas. Daí, durante o dia, veio a sentença do juiz Sérgio Moro. A condenação de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pode inviabilizar a sua candidatura em 2018. Aí o mercado ficou eufórico. O dólar caiu. A bolsa subiu. As ações da Petrobras subiram mais ainda. E esses movimentos eu consigo explicar! A passagem da reforma trabalhista diminui o custo de se fazer negócios no Brasil. De agora em diante, há menos obstáculos para empresas contratarem trabalhadores. Bom para a economia. Quanto à condenação de Lula, está reduzida a sua chance de se candidatar. E, caso se candidate, caem as chances de ele se eleger, dada a repercussão negativa de sua pena. Assim sendo, diminui a probabilidade de um candidato alinhado a políticas desastrosas como estas retomar o comando do país: juros baixados na marra, crédito farto para grandes empresários (amigos!) via BNDES, preços congelados na área de energia e outras aventuras semelhantes. Ah, caiu bastante também o temor de que a Petrobras volte a ser usada como cabide de emprego ou cofrinho pelos donos do poder. Bom para os mercados. Bom para a economia. Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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