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Quando um jogador de futebol é vendido para o exterior por uma bolada, é comum o clube brasileiro ficar com apenas uma parcela da grana. O resto fica com empresários. E aí chovem críticas de torcedores e da mídia especializada sobre os dirigentes da equipe.

Ora, se o clube fosse dono de 100% do jogador, poderia ficar com toda a grana da venda! É verdade. Mas o problema desse argumento é que tendemos a prestar mais atenção aos casos de sucesso (vendas milionárias), bem menos aos fracassos. Sim, há fracassos. São diversos os casos em que um time investe dinheiro pesado na contratação de determinado jogador, mas ele não rende como esperado. Nem em campo, nem possibilitando uma boa futura venda. Acaba vendido por um valor bem inferior, ou vai embora quando o contrato terminar sem retornar um tostão para o clube. Muitas vezes, empresta-se o jogador para outra equipe, com o objetivo de abater parte de seus gastos com salários. Quando esse jogador vai embora, pouca gente nota. Mas a operação traz um grande prejuízo, se levarmos em conta os altos valores associados à contratação e ao baixo retorno. Nessas condições, se o clube detiver 100% do jogador, ele toma também 100% do prejuízo. Mas se tiver parceiros envolvidos na compra, o prejuízo é compartilhado. Dessa forma, a presença de parceiros (como empresários) não necessariamente é algo ruim. Ajuda a diminuir um pouco do risco associado a investimentos em jogadores de futebol. Esse risco não é nem um pouco desprezível – o jogador pode “estourar” e render muito dinheiro numa venda futura, ou não dar em nada e causar uma baita perda financeira. O clube, portanto, abre mão de fatia do lucro em casos de sucesso em troca de reduzir seu prejuízo na eventualidade de um fracasso. Algo semelhante acontece na Bolsa de Valores. Uma companhia tem um projeto de investimento – por exemplo, para desenvolver um novo produto –, mas não há certeza se conseguirá realizar a inovação, tampouco se os consumidores o receberão bem. Para fazer esse investimento, ela pode lançar ações na Bolsa de Valores. As ações dão direito, aos seus detentores, a uma parcela dos lucros futuros. Assim, se o projeto der certo, a empresa entrega uma parcela desses lucros para os investidores que adquiriram as ações (esses investidores correspondem aos empresários do futebol, que compram “fatias” de jogadores). Mas se der errado, os investidores ficam com parte do prejuízo. A empresa divide o risco do projeto com os investidores – sacrifica um pouco do lucro em caso de sucesso, em troca de não tomar um prejuízo tão grande caso um fracasso ocorrer. Esse arranjo potencializa inovação e investimento. Sim, muitos empreendedores deixariam de arriscar caso lidassem com um risco de prejuízo individual tão grande. A possibilidade de suavizar eventuais perdas acaba estimulando uma maior tomada de risco individual.  

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Por que o passe do jogador de futebol é "fatiado" entre tantos?

Quando um jogador de futebol é vendido para o exterior por uma bolada, é comum o clube brasileiro ficar com apenas uma parcela da grana. O resto fica com empresários. E aí chovem críticas de torcedores e da mídia especializada sobre os dirigentes da equipe.

Ora, se o clube fosse dono de 100% do jogador, poderia ficar com toda a grana da venda! É verdade. Mas o problema desse argumento é que tendemos a prestar mais atenção aos casos de sucesso (vendas milionárias), bem menos aos fracassos. Sim, há fracassos. São diversos os casos em que um time investe dinheiro pesado na contratação de determinado jogador, mas ele não rende como esperado. Nem em campo, nem possibilitando uma boa futura venda. Acaba vendido por um valor bem inferior, ou vai embora quando o contrato terminar sem retornar um tostão para o clube. Muitas vezes, empresta-se o jogador para outra equipe, com o objetivo de abater parte de seus gastos com salários. Quando esse jogador vai embora, pouca gente nota. Mas a operação traz um grande prejuízo, se levarmos em conta os altos valores associados à contratação e ao baixo retorno. Nessas condições, se o clube detiver 100% do jogador, ele toma também 100% do prejuízo. Mas se tiver parceiros envolvidos na compra, o prejuízo é compartilhado. Dessa forma, a presença de parceiros (como empresários) não necessariamente é algo ruim. Ajuda a diminuir um pouco do risco associado a investimentos em jogadores de futebol. Esse risco não é nem um pouco desprezível – o jogador pode “estourar” e render muito dinheiro numa venda futura, ou não dar em nada e causar uma baita perda financeira. O clube, portanto, abre mão de fatia do lucro em casos de sucesso em troca de reduzir seu prejuízo na eventualidade de um fracasso. Algo semelhante acontece na Bolsa de Valores. Uma companhia tem um projeto de investimento – por exemplo, para desenvolver um novo produto –, mas não há certeza se conseguirá realizar a inovação, tampouco se os consumidores o receberão bem. Para fazer esse investimento, ela pode lançar ações na Bolsa de Valores. As ações dão direito, aos seus detentores, a uma parcela dos lucros futuros. Assim, se o projeto der certo, a empresa entrega uma parcela desses lucros para os investidores que adquiriram as ações (esses investidores correspondem aos empresários do futebol, que compram “fatias” de jogadores). Mas se der errado, os investidores ficam com parte do prejuízo. A empresa divide o risco do projeto com os investidores – sacrifica um pouco do lucro em caso de sucesso, em troca de não tomar um prejuízo tão grande caso um fracasso ocorrer. Esse arranjo potencializa inovação e investimento. Sim, muitos empreendedores deixariam de arriscar caso lidassem com um risco de prejuízo individual tão grande. A possibilidade de suavizar eventuais perdas acaba estimulando uma maior tomada de risco individual.   Para ficar por dentro do que rola no Por Quê?, clique aqui e assine a nossa Newsletter.
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