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Vivemos em um mundo polarizado. Políticos frequentemente usam a polarização para manter sua base unida contra adversários. Mas hoje essa característica faz muito mal a nossa sociedade. Para lutarmos contra um inimigo muito maior e que não escolhe lado – o coronavírus –, nunca foram tão importantes a união e a solidariedade. E isso faz sentido economicamente por dois principais motivos.

Em primeiro lugar, temos uma externalidade negativa do tamanho do mundo. Já falamos sobre isso anteriormente.


Externalidade negativa é um conceito econômico que descreve ações de um indivíduo ou empresa que são prejudiciais a outros indivíduos ou empresas, os quais não têm nada a ver com isso – acender um cigarro ou jogar detritos em um rio, por exemplo.


Quando alguém não toma as devidas precauções para evitar pegar o coronavírus, também produz uma externalidade negativa. Não apenas aumenta suas chances de contrair a doença, mas também de transmiti-la a outra pessoa.


Estratégias usuais para combater externalidades negativas envolvem incentivos – como impostos, multas e proibições – para que seus causadores mudem de comportamento. No caso do coronavírus, essas estratégias infelizmente têm alcance muito limitado. Para impor uma punição, o governo precisa primeiramente identificar o causador da externalidade. Mas como verificar se cada pessoa está lavando as mãos ou evitando transitar mais do que o estritamente necessário? É muito complicado.

Nessas situações, apelar para ideias como união, solidariedade e espírito cívico tem suas vantagens. Torna as pessoas mais conscientes de que suas ações têm consequências sérias para outros. Isso pode fazer com que os indivíduos mudem seu comportamento na direção certa.


Uma atitude responsável faz sentido, economicamente, por um segundo motivo: ajuda a complementar o seguro social.


Estamos diante de uma catástrofe, tanto na saúde pública como na economia. Os efeitos da própria doença e das medidas necessárias para mitigar sua difusão devem jogar a economia no chão. Muita gente ficará sem renda. Se não tiverem poupança suficiente, como é o caso de muitos brasileiros, dificilmente aguentarão um ou dois meses de isolamento.

Governos do mundo inteiro estão se utilizando de transferências e políticas de proteção ao emprego para mitigar esse problema, principalmente para as pessoas de renda mais baixa. Trata-se de um seguro contra o monstruoso choque negativo do coronavírus.

Entretanto, ele muito provavelmente não será suficiente. No Brasil, por exemplo, é provável que milhões de pessoas fiquem sem os benefícios emergenciais do governo, especialmente aqueles que não são pobres o suficiente para terem algum dia integrado o cadastro de programas sociais como o Bolsa Família, masque não são exatamente ricos, e ficarão desassistidos na enorme crise que se avizinha.


A presença de laços solidários entre brasileiros pode ajudar a complementar esse seguro. Há pessoas em situação mais confortável, pois conseguiram acumular patrimônio ao longo da vida. Ou que se encontram em ocupações que lhes permite trabalhar de casa – e que portanto correm menor risco de perder o emprego. Elas certamente podem ajudar – e muita gente já está ajudando – pessoas que se encontram em situação de necessidade.


No entanto, a polarização prejudica esse movimento. O raciocínio é: por que ajudar alguém que defende determinado político que considero deplorável?


Está mais do que na hora de nossos líderes darem o exemplo e baixarem as armas neste momento difícil. Precisamos unir o país.  



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Por que precisamos unir o país (e por que isso faz sentido economicamente?)

Vivemos em um mundo polarizado. Políticos frequentemente usam a polarização para manter sua base unida contra adversários. Mas hoje essa característica faz muito mal a nossa sociedade. Para lutarmos contra um inimigo muito maior e que não escolhe lado – o coronavírus –, nunca foram tão importantes a união e a solidariedade. E isso faz sentido economicamente por dois principais motivos.

Em primeiro lugar, temos uma externalidade negativa do tamanho do mundo. Já falamos sobre isso anteriormente.


Externalidade negativa é um conceito econômico que descreve ações de um indivíduo ou empresa que são prejudiciais a outros indivíduos ou empresas, os quais não têm nada a ver com isso – acender um cigarro ou jogar detritos em um rio, por exemplo.





Quando alguém não toma as devidas precauções para evitar pegar o coronavírus, também produz uma externalidade negativa. Não apenas aumenta suas chances de contrair a doença, mas também de transmiti-la a outra pessoa.




Estratégias usuais para combater externalidades negativas envolvem incentivos – como impostos, multas e proibições – para que seus causadores mudem de comportamento. No caso do coronavírus, essas estratégias infelizmente têm alcance muito limitado. Para impor uma punição, o governo precisa primeiramente identificar o causador da externalidade. Mas como verificar se cada pessoa está lavando as mãos ou evitando transitar mais do que o estritamente necessário? É muito complicado.

Nessas situações, apelar para ideias como união, solidariedade e espírito cívico tem suas vantagens. Torna as pessoas mais conscientes de que suas ações têm consequências sérias para outros. Isso pode fazer com que os indivíduos mudem seu comportamento na direção certa.




Uma atitude responsável faz sentido, economicamente, por um segundo motivo: ajuda a complementar o seguro social.




Estamos diante de uma catástrofe, tanto na saúde pública como na economia. Os efeitos da própria doença e das medidas necessárias para mitigar sua difusão devem jogar a economia no chão. Muita gente ficará sem renda. Se não tiverem poupança suficiente, como é o caso de muitos brasileiros, dificilmente aguentarão um ou dois meses de isolamento.



Governos do mundo inteiro estão se utilizando de transferências e políticas de proteção ao emprego para mitigar esse problema, principalmente para as pessoas de renda mais baixa. Trata-se de um seguro contra o monstruoso choque negativo do coronavírus.



Entretanto, ele muito provavelmente não será suficiente. No Brasil, por exemplo, é provável que milhões de pessoas fiquem sem os benefícios emergenciais do governo, especialmente aqueles que não são pobres o suficiente para terem algum dia integrado o cadastro de programas sociais como o Bolsa Família, masque não são exatamente ricos, e ficarão desassistidos na enorme crise que se avizinha.




A presença de laços solidários entre brasileiros pode ajudar a complementar esse seguro. Há pessoas em situação mais confortável, pois conseguiram acumular patrimônio ao longo da vida. Ou que se encontram em ocupações que lhes permite trabalhar de casa – e que portanto correm menor risco de perder o emprego. Elas certamente podem ajudar – e muita gente já está ajudando – pessoas que se encontram em situação de necessidade.




No entanto, a polarização prejudica esse movimento. O raciocínio é: por que ajudar alguém que defende determinado político que considero deplorável?




Está mais do que na hora de nossos líderes darem o exemplo e baixarem as armas neste momento difícil. Precisamos unir o país.  






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