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Quando a família aumenta, é comum inverter as prioridades financeiras. O foco dos pais e mães se direciona totalmente para o futuro dos pequenos. Os planos dos adultos podem esperar ou até ser cancelados, mas as crianças estão sempre em primeiro lugar. Será mesmo que essa é a decisão mais adequada para preservar a segurança da família?

Confira algumas questões para você refletir ao tomar a decisão de aplicar as economias da família no futuro das crianças e conheça algumas opções de investimentos que podem potencializar os ganhos.

1. Proteja-se primeiro

Antes de decidir investir dinheiro por seu filho, é fundamental checar como está a sua condição financeira. Quem já viajou de avião deve se lembrar da recomendação de "colocar a máscara de oxigênio primeiro em você, depois na criança". A decisão de investir para os filhos só é válida quando as finanças dos adultos estão equilibradas, e seus riscos mais imediatos estão protegidos.

Para saber se é o momento de aplicar dinheiro para os filhos, avalie as seguintes perguntas:

- Seu patrimônio está protegido? Verifique se suas principais conquistas, como casa, carro, saúde e sua capacidade de gerar renda estão devidamente seguradas. De nada adianta guardar dinheiro mensalmente em uma aplicação para seu filho, se você corre o risco de perder seu imóvel em um incêndio, por falta de um seguro, ou não tiver condições de pagar por um tratamento de saúde, por exemplo. Confira quando é realmente necessário fazer seguros. 

- Você tem reserva para imprevistos? Se você não estiver preparado para as emergências de curto prazo, será tentado a mexer no dinheiro das crianças para pagar despesas como o conserto do carro ou a troca da geladeira quebrada. Isso certamente lhe trará sentimentos negativos, como culpa ou frustração. Antes, forme a sua reserva financeira para cobrir gastos imprevisíveis por pelo menos três meses.

- Seus pais, sogros ou irmãos dependem de sua ajuda financeira hoje (ou dependerão no médio prazo)? Essa questão merece atenção, pois geralmente damos foco às crianças, que são saudáveis, jovens e ainda têm muito tempo pela frente para realizar suas próprias conquistas e acumular seu próprio dinheiro, e esquecemos de outras pessoas mais vulneráveis ao nosso redor. O risco de ter de arcar com despesas de tratamento ou acolhimento de idosos pode estar mais próximo do que pagar a faculdade dos filhos daqui a vários anos, por exemplo. E, quando surge, muitas vezes a família está despreparada. 

2. Alternativas para cada situação

Se você já cuidou das prioridades e estiver decidido a começar um investimento para os filhos, é importante considerar as questões abaixo antes de escolher o produto mais adequado.

- Qual é o objetivo do investimento? Se a ideia for pagar a faculdade deles, os bancos oferecem produtos específicos para essa finalidade, inclusive opções de previdência complementar para filhos, netos e/ou afilhados, que podem ser sacadas aos 18 ou 21 anos. Entretanto, investir em previdência complementar é complexo e você precisa estar ciente das taxas cobradas pelas instituições financeiras e impostos para garantir que a rentabilidade obtida irá superar os custos e a inflação.

Considere a taxa de administração – pagamento pelo serviço de gerir o plano de previdência privada – e a taxa de carregamento, que é cobrada sobre cada depósito que você fizer no plano. O ideal é que não haja taxa de carregamento e que a taxa de administração seja abaixo de 2% ao ano.

Além disso, há também a taxa de saída, cobrada caso você precise fazer o saque antecipado dos valores. É também necessário decidir pelo tipo de tributação (progressiva ou regressiva) e avaliar a rentabilidade oferecida pela instituição que irá aplicar seu dinheiro. Caso opte por esta alternativa, esteja preparado para fazer contas e comparar bem as instituições.

- Por quanto tempo pretende investir? Seja para custear os estudos dos filhos ou para outros planos como pagar a viagem de intercâmbio no segundo grau ou abrir um negócio ao terminar a faculdade, o investimento geralmente é um plano a médio ou longo prazo.

Sendo assim, uma das principais preocupações é proteger o dinheiro de uma eventual perda de poder de compra devido à inflação que se acumula ano após ano. O Tesouro IPCA+ é uma opção interessante, já que oferece uma rentabilidade sempre superior à da inflação. Além disso, qualquer pessoa pode investir a partir de R$ 30,00, basta ter conta em uma das instituições financeiras habilitadas.

Muitas delas não cobram taxas para investimento em títulos públicos, como você pode ver no site do Tesouro Direto. Nesse caso, você teria apenas o custo de 0,30% ao ano, cobrado pela B3 (antiga BMF&BOVESPA) que operacionaliza o produto. Assim como na previdência, na hora de sacar o dinheiro aplicado, será cobrado imposto de renda sobre a rentabilidade. Veja as principais diferenças entre Tesouro Direto e Poupança.

- Com que frequência pretende investir? Se, em vez de aplicações mensais, você tiver recebido uma herança, bônus ou vendido um bem e queira investir esse montante único de dinheiro para seu filho fazer o resgate daqui a alguns anos, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) ou o CDB (Certificado de Depósito Bancário) são opções interessantes, pois você protege o investimento da tentação de fazer saques antecipados e ainda sabe previamente o retorno que terá, já que os dois produtos têm data de vencimento e rentabilidade pré-definidas. Conheça mais sobre eles na matéria como acumular R$ 50 mil em 5 anos.

Dica! Para ter maior segurança na hora de decidir investir, procure um consultor financeiro ou converse com o gerente do seu banco. Eles poderão orientar você em relação às melhores opções para cada situação.

3. Cuide das expectativas

Seja qual for a alternativa escolhida para poupar para seus filhos, saiba que, além de dinheiro, você estará depositando expectativas de futuro traçadas por você. Tome cuidado para não se frustrar, caso eles tomem decisões financeiras totalmente diferentes das que você planejou.

E lembre-se que o melhor investimento que você pode fazer para garantir o futuro de seus filhos é a educação. Assim, eles serão os protagonistas de suas próprias histórias.

Texto publicado originalmente pelo MeuBolsoEmDia.com.br

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Quando e onde aplicar o dinheiro dos filhos?

25035297 - pregnant african woman, studio shot

Quando a família aumenta, é comum inverter as prioridades financeiras. O foco dos pais e mães se direciona totalmente para o futuro dos pequenos. Os planos dos adultos podem esperar ou até ser cancelados, mas as crianças estão sempre em primeiro lugar. Será mesmo que essa é a decisão mais adequada para preservar a segurança da família?

Confira algumas questões para você refletir ao tomar a decisão de aplicar as economias da família no futuro das crianças e conheça algumas opções de investimentos que podem potencializar os ganhos.

1. Proteja-se primeiro

Antes de decidir investir dinheiro por seu filho, é fundamental checar como está a sua condição financeira. Quem já viajou de avião deve se lembrar da recomendação de "colocar a máscara de oxigênio primeiro em você, depois na criança". A decisão de investir para os filhos só é válida quando as finanças dos adultos estão equilibradas, e seus riscos mais imediatos estão protegidos.

Para saber se é o momento de aplicar dinheiro para os filhos, avalie as seguintes perguntas:

- Seu patrimônio está protegido? Verifique se suas principais conquistas, como casa, carro, saúde e sua capacidade de gerar renda estão devidamente seguradas. De nada adianta guardar dinheiro mensalmente em uma aplicação para seu filho, se você corre o risco de perder seu imóvel em um incêndio, por falta de um seguro, ou não tiver condições de pagar por um tratamento de saúde, por exemplo. Confira quando é realmente necessário fazer seguros. 

- Você tem reserva para imprevistos? Se você não estiver preparado para as emergências de curto prazo, será tentado a mexer no dinheiro das crianças para pagar despesas como o conserto do carro ou a troca da geladeira quebrada. Isso certamente lhe trará sentimentos negativos, como culpa ou frustração. Antes, forme a sua reserva financeira para cobrir gastos imprevisíveis por pelo menos três meses.

- Seus pais, sogros ou irmãos dependem de sua ajuda financeira hoje (ou dependerão no médio prazo)? Essa questão merece atenção, pois geralmente damos foco às crianças, que são saudáveis, jovens e ainda têm muito tempo pela frente para realizar suas próprias conquistas e acumular seu próprio dinheiro, e esquecemos de outras pessoas mais vulneráveis ao nosso redor. O risco de ter de arcar com despesas de tratamento ou acolhimento de idosos pode estar mais próximo do que pagar a faculdade dos filhos daqui a vários anos, por exemplo. E, quando surge, muitas vezes a família está despreparada. 

2. Alternativas para cada situação

Se você já cuidou das prioridades e estiver decidido a começar um investimento para os filhos, é importante considerar as questões abaixo antes de escolher o produto mais adequado.

- Qual é o objetivo do investimento? Se a ideia for pagar a faculdade deles, os bancos oferecem produtos específicos para essa finalidade, inclusive opções de previdência complementar para filhos, netos e/ou afilhados, que podem ser sacadas aos 18 ou 21 anos. Entretanto, investir em previdência complementar é complexo e você precisa estar ciente das taxas cobradas pelas instituições financeiras e impostos para garantir que a rentabilidade obtida irá superar os custos e a inflação.

Considere a taxa de administração – pagamento pelo serviço de gerir o plano de previdência privada – e a taxa de carregamento, que é cobrada sobre cada depósito que você fizer no plano. O ideal é que não haja taxa de carregamento e que a taxa de administração seja abaixo de 2% ao ano.

Além disso, há também a taxa de saída, cobrada caso você precise fazer o saque antecipado dos valores. É também necessário decidir pelo tipo de tributação (progressiva ou regressiva) e avaliar a rentabilidade oferecida pela instituição que irá aplicar seu dinheiro. Caso opte por esta alternativa, esteja preparado para fazer contas e comparar bem as instituições.

- Por quanto tempo pretende investir? Seja para custear os estudos dos filhos ou para outros planos como pagar a viagem de intercâmbio no segundo grau ou abrir um negócio ao terminar a faculdade, o investimento geralmente é um plano a médio ou longo prazo.

Sendo assim, uma das principais preocupações é proteger o dinheiro de uma eventual perda de poder de compra devido à inflação que se acumula ano após ano. O Tesouro IPCA+ é uma opção interessante, já que oferece uma rentabilidade sempre superior à da inflação. Além disso, qualquer pessoa pode investir a partir de R$ 30,00, basta ter conta em uma das instituições financeiras habilitadas.

Muitas delas não cobram taxas para investimento em títulos públicos, como você pode ver no site do Tesouro Direto. Nesse caso, você teria apenas o custo de 0,30% ao ano, cobrado pela B3 (antiga BMF&BOVESPA) que operacionaliza o produto. Assim como na previdência, na hora de sacar o dinheiro aplicado, será cobrado imposto de renda sobre a rentabilidade. Veja as principais diferenças entre Tesouro Direto e Poupança.

- Com que frequência pretende investir? Se, em vez de aplicações mensais, você tiver recebido uma herança, bônus ou vendido um bem e queira investir esse montante único de dinheiro para seu filho fazer o resgate daqui a alguns anos, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) ou o CDB (Certificado de Depósito Bancário) são opções interessantes, pois você protege o investimento da tentação de fazer saques antecipados e ainda sabe previamente o retorno que terá, já que os dois produtos têm data de vencimento e rentabilidade pré-definidas. Conheça mais sobre eles na matéria como acumular R$ 50 mil em 5 anos.

Dica! Para ter maior segurança na hora de decidir investir, procure um consultor financeiro ou converse com o gerente do seu banco. Eles poderão orientar você em relação às melhores opções para cada situação.

3. Cuide das expectativas

Seja qual for a alternativa escolhida para poupar para seus filhos, saiba que, além de dinheiro, você estará depositando expectativas de futuro traçadas por você. Tome cuidado para não se frustrar, caso eles tomem decisões financeiras totalmente diferentes das que você planejou.

E lembre-se que o melhor investimento que você pode fazer para garantir o futuro de seus filhos é a educação. Assim, eles serão os protagonistas de suas próprias histórias.

Texto publicado originalmente pelo MeuBolsoEmDia.com.br

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