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Este ano começa carregado de boas notícias sobre a inflação. Sabemos agora que fechou 2016 acumulada em 6,3%, portanto, dentro do intervalo de tolerância de dois pontos, para cima ou para baixo, da meta de 4,5% ao ano.

Um banco central que respeita o regime de metas de inflação, como este, consegue entregar o ritmo médio de alta dos preços desejado. Não precisa, por exemplo, congelar tarifas para alcançar esse objetivo.

Mas, continuando, a boa nova sobre a inflação abriu a porta para uma postura mais agressiva do Banco Central no corte dos juros. Na noite desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária, o popular (mas nem tanto) Copom, anunciou uma lambada na Selic: cai de 13,75% ao ano para 13%.

A Selic é também conhecida como taxa básica de juros, por ser aquela que rege o ritmo das outras taxas da economia - de linhas de crédito a investimentos.

Com a decisão, estramos agora num ciclo de baixa, ao que tudo indica, caminhando a passos largos.

No regime de metas de inflação, a política monetária tende a ser mais apertada (juros mais altos) quando os preços estão crescendo acima da meta da inflação; e mais frouxa (juros mais baixos) quando os preços crescem abaixo dela.

Como a fraqueza da economia tem se refletido em aumentos menores dos preços, é papel do Banco Central ajustar os juros para um nível mais baixo, condizente com a inflação convergindo para 4,5% ao ano em dezembro de 2017.

Os modelos econômicos do Banco Central mostram: se a Selic fosse mantida nos 13,75% (o chamado cenário de referência), a inflação de 2017 fecharia em 4,0%. Ou seja, abaixo da tal da meta. O Copom cumpriu bem o seu papel ao manobrar a inflação.

Daqui para frente, com a atividade econômica ainda escorregando, esperamos que o ciclo de redução de juros continue. Pode ser mais curto, caso o dólar se fortaleça ou a inflação seja persistente ou a agenda de ajuste fiscal, enfim, deslanche. Mas também pode ser mais longo. Isso, se o cenário externo for calmo, os aumentos de preços continuarem a perder força e o ajuste fiscal for bem-sucedido.

http://porque.com.br//por-que-o-spread-bancario-preocupa-mais-que-os-juros/

Por que o BC pesou a mão no corte de juros?

Este ano começa carregado de boas notícias sobre a inflação. Sabemos agora que fechou 2016 acumulada em 6,3%, portanto, dentro do intervalo de tolerância de dois pontos, para cima ou para baixo, da meta de 4,5% ao ano. Um banco central que respeita o regime de metas de inflação, como este, consegue entregar o ritmo médio de alta dos preços desejado. Não precisa, por exemplo, congelar tarifas para alcançar esse objetivo. Mas, continuando, a boa nova sobre a inflação abriu a porta para uma postura mais agressiva do Banco Central no corte dos juros. Na noite desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária, o popular (mas nem tanto) Copom, anunciou uma lambada na Selic: cai de 13,75% ao ano para 13%. A Selic é também conhecida como taxa básica de juros, por ser aquela que rege o ritmo das outras taxas da economia - de linhas de crédito a investimentos. Com a decisão, estramos agora num ciclo de baixa, ao que tudo indica, caminhando a passos largos. No regime de metas de inflação, a política monetária tende a ser mais apertada (juros mais altos) quando os preços estão crescendo acima da meta da inflação; e mais frouxa (juros mais baixos) quando os preços crescem abaixo dela. Como a fraqueza da economia tem se refletido em aumentos menores dos preços, é papel do Banco Central ajustar os juros para um nível mais baixo, condizente com a inflação convergindo para 4,5% ao ano em dezembro de 2017. Os modelos econômicos do Banco Central mostram: se a Selic fosse mantida nos 13,75% (o chamado cenário de referência), a inflação de 2017 fecharia em 4,0%. Ou seja, abaixo da tal da meta. O Copom cumpriu bem o seu papel ao manobrar a inflação. Daqui para frente, com a atividade econômica ainda escorregando, esperamos que o ciclo de redução de juros continue. Pode ser mais curto, caso o dólar se fortaleça ou a inflação seja persistente ou a agenda de ajuste fiscal, enfim, deslanche. Mas também pode ser mais longo. Isso, se o cenário externo for calmo, os aumentos de preços continuarem a perder força e o ajuste fiscal for bem-sucedido. http://porque.com.br//por-que-o-spread-bancario-preocupa-mais-que-os-juros/
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