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Correlação NÃO é causalidade

Na grande maioria dos casos, uma correlação forte entre duas variáveis não implica que há uma relação de causa-efeito entre elas. Por exemplo, se você achou uma correlação positiva e forte entre X e Y, isso não lhe permitirá concluir que, se X aumentar, então Y também crescerá.

Há potencialmente outro fator Z que puxa tanto X quanto Y. Daí você encontra uma correlação positiva nos dados, mas não necessariamente pelo efeito de X em Y, mas possivelmente pelo efeito de Z nas duas variáveis.

Nosso exemplo fictício das notas ilustra bem isso. A correlação positiva entre notas de português e matemática não implica que, se aumentarmos a nota de matemática, então a nota de português vai subir. Na verdade, alunos mais estudiosos tendem a ir bem em todas as matérias. A variável Z nesse caso poderia ser quão estudiosos são os alunos.

Similarmente no caso da correlação entre número de faltas e nota de matemática: os dados não nos permitem concluir que faltar mais às aulas causa uma nota mais baixa, ainda que esse seja um canal bastante plausível. Alunos mais responsáveis e cujos pais valorizam mais educação – a variável Z nesse caso – tendem tanto a faltar menos, como a apresentar um desempenho melhor.

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