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Carbono azul

Carbono azul, ou blue carbon, é o termo que se refere a todo carbono capturado pelos ecossistemas oceânicos e costeiros do mundo. Essas áreas são reservas de carbono extremamente eficientes.


Os manguezais e outros pântanos costeiros, por exemplo, absorvem gás carbônico (CO2) e o armazenam em suas raízes, galhos e nos sedimentos que se acumulam ao seu redor. Eles fazem isso tão bem que podem armazenar até dez vezes mais carbono do que as florestas.

Além disso, ao contrário das florestas tropicais de “carbono verde”, que armazenam carbono em biomassa e, portanto, o liberam quando as árvores morrem, os manguezais armazenam o carbono principalmente em seu solo e sedimentos. Se o ecossistema não for perturbado, o carbono permanece lá por milênios.

Os principais ecossistemas costeiros do Brasil são formados por costões rochosos, lagunas costeiras, estuários (ambientes de transição entre os rios e o mar), deltas (onde um rio deságua), manguezais, praias arenosas, recifes de coral, restingas e dunas.

Os ecossistemas costeiros sequestram e armazenam grandes quantidades de carbono em suas plantas e sedimentos de rocha. Apesar de ocuparem apenas 2% da área total do oceano, os habitats costeiros armazenam 50% de todo o carbono capturado nos sedimentos oceânicos.

Quando protegidos ou restaurados, os ecossistemas oceânicos e costeiros armazenam quantidades significativas de carbono – o carbono azul – que, de outra forma, poderiam estar presentes na atmosfera agravando o quadro das mudanças climáticas.

Quando esses sistemas são danificados ou interrompidos pela atividade humana, uma enorme quantidade de carbono é emitida de volta à atmosfera, contribuindo para as mudanças climáticas.

Segundo um estudo feito pelo Painel Oceânico (“High Level Panel for a Sustainable Ocean Economy, ou Ocean Panel”), até um quinto dos cortes de emissões que precisamos para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C precisarão vir do oceano.

Proteger e restaurar os ecossistemas marinhos, manguezais e pântanos – que correspondem a mais de 50% de todo o armazenamento de carbono nos sedimentos oceânicos – pode ajudar a absorver o equivalente a 1,4 bilhão de toneladas de emissões por ano até 2050.

Infelizmente, esses ecossistemas são alguns dos mais ameaçados do mundo pelo desenvolvimento costeiro – danificados pela agricultura, práticas de pesca nocivas e poluição.

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