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Mercado de carbono

Os mercados de carbono são sistemas comerciais nos quais os créditos de carbono são negociados, ou seja, comprados e vendidos.


Um crédito de carbono equivale a uma tonelada sequestrada ou evitada de dióxido de carbono emitido na atmosfera ou da quantidade equivalente de outros gases do efeito estufa (ver Crédito de carbono).

Existem basicamente dois tipos de mercados de carbono: os mercados regulados e os voluntários.

Os mercados regulados são criados como resultado de uma política ou exigência regulatória nacional, regional e/ou internacional.

Já os mercados voluntários – nacionais e internacionais – referem-se à emissão, compra e venda de créditos de carbono de forma voluntária.

Mercado regulado

  • São sistemas regulados em nível internacional, nacional ou regional por meio de um marco regulatório que estabelece um limite máximo de emissão de gases do efeito estufa. Em nível internacional, vigora atualmente o Acordo de Paris. Já em âmbitos nacional e regional, há marcos regulatórios específicos, sendo o maior e mais importante o European Union Emissions Trading System (EU ETS).
  • Os sistemas de comércio de emissões (em inglês: Emissions Trading System ou ETS) baseados no princípio “cap-and-trade” são um dos tipos mais conhecidos. Neles é estabelecido um limite para as emissões (”cap”) e as empresas regulamentadas – ou países – recebem licenças de emissão/poluição. Os poluidores que excederem seu limite de emissões devem negociar (”trade”) direitos de emissão (“allowances”) com os agentes que emitirem abaixo do limite.
  • A União Europeia lançou o primeiro ETS internacional do mundo em 2005. Em 2021, a China lançou o maior ETS do mundo, estimado em cerca de um sétimo das emissões globais de carbono da queima de combustíveis fósseis. Muitos outros ETSs nacionais e subnacionais estão agora em operação ou em desenvolvimento.

Mercado voluntário

  • São sistemas nos quais não há limites máximos de emissão definidos por regulação aos agentes. As reduções de emissão são comercializadas entre empresas e indivíduos e atendem a uma meta voluntária corporativa ou individual.
  • A oferta atual de créditos de carbono voluntários vem principalmente de entidades privadas que desenvolvem projetos de carbono ou governos que desenvolvem programas certificados que geram reduções de emissões.
  • Já a demanda vem, em sua maioria, de pessoas físicas que desejam compensar suas pegadas de carbono, corporações com metas de sustentabilidade corporativa e outros atores que desejam negociar créditos a um preço mais alto para obter lucro.

Qual a importância dos mercados de carbono?
Mecanismos de precificação de carbono serão fundamentais para a implementação das metas climáticas, ou NDCs, no contexto do Acordo de Paris, que permite o uso de tais mecanismos de mercado em um de seus artigos.

Até por isso, o interesse pelos mercados de carbono está crescendo – 83% dos NDCs declararam a intenção de usar os mecanismos do mercado internacional para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Quais são os desafios?
Algumas das principais preocupações quanto aos mercados de carbono incluem questões relacionadas à dupla contagem de redução de emissões de GEE, abusos de direitos humanos e lavagem verde (“greenwahsing”, em inglês), em que as empresas comercializam falsamente suas credenciais verdes, por exemplo, distorcendo seus produtos ou serviços para que pareçam neutros ao clima, quando na realidade não o são.
Para que os mercados de carbono sejam bem-sucedidos, essas questões devem ser abordadas.

As reduções de emissões devem ser reais e alinhadas com a NDC do país. Deve haver transparência nas infraestruturas institucional e financeira para as transações do mercado de carbono e salvaguardas sociais e ambientais adequadas para mitigar quaisquer impactos adversos.

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