Está no ar nossa websérie, que carrega o nome deste projeto: Por quê? Economês em bom português (assista logo abaixo). Nesta estreia, explicamos a questão da Previdência Social no Brasil e a necessidade, urgente, de uma reforma do sistema de pagamento de aposentadorias e pensões. A repercussão tem sido grande e levantado uma série de dúvidas de internautas.
O certo é: há muita desinformação sobre economia entre os brasileiros e, em particular, sobre este assunto.
A Previdência Social é um dos principais desafios da economia brasileira para as próximas décadas. Há problemas sérios no desenho de nosso sistema de repasse de aposentadorias e pensões. Ele precisa ser ajustado diante das mudanças demográficas (transformações da população brasileira) que já estão ocorrendo e que se acentuarão nos próximos anos.
Neste texto, explicaremos como funciona a Previdência no Brasil; quais são esses desafios colocados pela demografia; e qual a importância da tal "reforma da Previdência", que toma mais e mais conta dos noticiários e desperta tantas dúvidas.
Antes disso tudo, um esclarecimento: toda vez que se aborda o assunto, há quem diga que se está colocando a culpa do problema nos aposentados.
Não é nada disso.
Em hipótese alguma a intenção aqui é demonizar os idosos. Quem tanto trabalhou e contribuiu ao longo da vida tem mesmo todo o direito à aposentadoria.
Repetimos: a responsabilidade pelos problemas do sistema previdenciário do Brasil não pode ser jogada nas costas dos idosos.
O ponto é: a demografia do Brasil mudou, os brasileiros estão tendo menos filhos e vivendo por mais tempo – o que não é ruim, mas coloca a nossa Previdência Social em xeque. É principalmente por isso que o modelo adotado no país precisa ser adaptado. O mais preocupante não são os gastos da Previdência hoje, mas, sim, sua trajetória ao longo dos próximos anos.
Precisamos desarmar os ânimos, esquecer as ideias preconcebidas e falar sobre o assunto urgentemente. Vamos lá?
Como funciona a Previdência no Brasil?
No Brasil, o sistema previdenciário é do tipo repartição. Em outras palavras, o governo taxa os trabalhadores em idade ativa hoje (a chamada contribuição previdenciária) e usa esse dinheiropara pagar as aposentadorias neste mesmo período.
Ou seja, quem trabalha e paga impostos hoje para a manutenção da Previdência contribui para os repasses de quem já está aposentado ou é pensionista – e não para a própria a aposentadoria.
Se há muitos trabalhadores para poucos aposentados, o sistema de repartição funciona muito bem. Você precisa cobrar pouco imposto de cada trabalhador e, como há muita gente pessoas contribuindo, a arrecadação do governo será grande e poderá facilmente pagar os poucos aposentados.
O problema desse modelo é quando diminui o número de trabalhadores em relação ao de aposentados. Daí você tem que cobrar cada vez mais impostos das pessoas em idade ativa, com o objetivo de arrecadar a grana suficiente para pagar as aposentadorias. E é nisso que a demografia brasileira está mexendo.
Como mudanças demográficas afetam a previdência?
A taxa de fecundidade no Brasil está caindo, ou seja, as mulheres estão tendo cada vez menos filhos. Logo, as famílias estão ficando menores e a taxa de crescimento populacional está caindo.
E como isso afeta a Previdência? Quando uma população cresce rapidamente, há mais jovens que idosos dentro dela, certo? Se, por exemplo, cada casal tiver 4 filhos, em média, então haverá duas vezes mais crianças que adultos. E, da mesma forma, haverá bem mais pessoas em idade ativa (trabalhadores) que aposentados.
O sistema previdenciário de repartição, vigente no Brasil, depende de uma taxa de crescimento populacional elevada para funcionar bem. Mas estamos assistindo a uma redução nesse indicador, já que as mulheres têm cada vez menos filhos. Isso faz com que o número de trabalhadores pagadores de impostos, em relação à quantidade de aposentados, diminua no decorrer do tempo.
Portanto, se nenhuma reforma sair do papel, será necessário taxar cada vez mais os trabalhadores para conseguir pagar aposentados e pensionistas. Caso contrário, a conta não vai fechar.
Por que elevar a idade mínima exigida para aposentadoria?
Outra mudança demográfica importante: as pessoas estão vivendo mais. Os avanços tecnológicos na ciência – e, em particular, na medicina – permitem que os brasileiros tenham vidas mais longas e mais saudáveis.
E, até aí, só notícia boa. Mas esse cenário tem efeito colateral importante sobre nossa Previdência.
Por quê? Porque, se as pessoas estão vivendo mais, a fração de aposentados na população aumenta.
Consequentemente, o governo terá mais aposentados para os quais terá de repassar dinheiro. Assim, caso os benefícios previdenciários sejam mantidos sob o modelo atual, será necessário taxar cada vez mais as pessoas que não estão aposentadas.
Só que o sistema brasileiro tem outra complicação: o Brasil é um dos raros países em que as pessoas podem se aposentar por tempo de contribuição. Não há idade mínima para aposentar por aqui, ao contrário de quase todas as outras economias.
Qual o problema disso?
Se as pessoas se aposentam aos 55 anos e a expectativa de vida é de 65 anos, serão pagos, em média, benefícios previdenciários para cada pessoa por 10 anos. Desse modo, se a expectativa de vida passa a ser de 75 anos e a idade mínima de aposentadoria segue sem alterações, a média de anos em que os benefícios são pagos passa a ser de 20 anos.
Mais uma vez, para conseguir pagar aposentadorias e pensões, caso nenhuma reforma seja feita, será preciso cobrar mais e mais impostos dos contribuintes que não estão aposentados.
Como desarmar a “bomba da Previdência”?
1) Reforma 1 - Idade mínima:
As mudanças demográficas tendem a se consolidar nos próximos anos aqui no Brasil. Significa que a população brasileira irá envelhecer rapidamente.
Hoje, 9 trabalhadores pagam impostos usados para o governo pagar cada aposentadoria; em 20 anos, esse número cairá para 4 trabalhadores por aposentado – indicam as projeções mais recentes.
Em outras palavras, um pouco mais técnicas, isso quer dizer a chamada base de tributação tende a diminuir. E, ao mesmo tempo, os gastos com a Previdência aumentarão fortemente – a menos que algum ajuste seja feito.
Estamos, portanto, numa encruzilhada: se não houver reforma da Previdência, impostos terão de subir continuamente para acomodar os gastos crescentes. Se não for dessa forma, o governo terá de imprimir dinheiro a taxas cada vez mais altas para cobrir o rombo causado em suas contas, o que levará o país a uma hiperinflação– sim, preços absurdos e agravamento da pobreza.
Nesse sentido, é fundamental que seja definida uma idade mínima para a aposentadoria. E essa nova idade mínima não pode ser fixa, precisa ser ajustável: caso a expectativa de vida suba, a idade mínima deve subir junto.
Uma regra bem clara ligando essas duas variáveis tem de fazer parte da reforma.
2) Reforma 2 - Salário mínimo:
A recuperação do poder de compra do salário mínimo nas últimas décadas foi importante demais. Melhorou o padrão de vida da população mais pobre e reduziu a desigualdade.
Já que o piso das aposentadorias é dado pelo salário mínimo, isso ajudou, significativamente, muitos aposentados a ganharem valores mais altos – ainda que essas quantias não sejam nada animadoras para boa parte dos beneficiários. Hoje, sendo assim, a pobreza é relativamente menor entre os aposentados – ela pobreza é bem maior entre as crianças brasileiras.
Aumentos no salário mínimo, dessa forma, não ajudam tanto na redução da pobreza no caso dos idosos.
Hoje, os aumentos no salário mínimo contribuem para agravar o problema fiscal da Previdência brasileira. Por quê? Porque, quando o salário mínimo sobe, o valor recebido por muita gente (das pessoas que ganham o mínimo ou próximo dele) sobe junto. E os gastos do governo com aposentadorias crescem.
Isso pode inclusive trazer dificuldades para o governo conceder aumentos no salário mínimo no futuro – já que essas elevações agravariam ainda mais o lado fiscal.
Dessa forma, outra medida fundamental é separar (“desindexar”, em economês) os aumentos dos benefícios previdenciários dos aumentos no salário mínimo.
Mas atenção: é importante, por outro lado, garantir que não haja perda real de renda para os aposentados. Para evitar esse problema, as aposentadorias passariam a ser corrigidas pela inflação, para que o poder de compra não diminua ao longo dos anos.
Polêmica na internet: existe ou não o déficit da Previdência?
Muita gente escreve e diz por aí que a Previdência brasileira não é deficitária coisa nenhuma. Que, na verdade, o governo estaria usando o dinheiro da Previdência para outras coisas. Esses pontos, na visão de alguns, mostram a falta de necessidade de se fazer uma reforma.
Mas precisamos pensar nas contas públicas como um todo, não só na conta da Previdência.
Fato: o governo brasileiro gasta hoje mais do que arrecada. A dívidaestá crescendo, tornando-se mais arriscada e, como consequência, estamos pagando juros cada vez mais elevados. A situação não parece ser nada sustentável.
Com o avanço nos gastos da Previdência nos próximos anos – como resultado da mudança demográfica citada mais acima –, as coisas tendem a piorar.
Se uma reforma não for realizada para conter a trajetória desse aumento de gastos, ou teremos que aumentar impostos continuamente; ou precisaremos cortar continuamente gastos públicos em outras áreas.
Ou, ainda mais grave, o Brasil vai precisar imprimir dinheiro para pagar essa conta – o que, como discutido antes, nos levaria a uma hiperinflação de consequências desastrosas.
Repare só: não foi mencionada aqui a existência de déficit ou superávit na Previdência.
Na verdade, essa é uma discussão conceitual, não importa muito na prática. Importa, sim, quanto o governo da vez gastando e arrecada, num todo. E o avanço dos gastos com a Previdência (se uma reforma não for realizada) fará com que a nossa situação fiscal fique ainda pior do que está.
Por que não basta cortar superaposentadorias?
Há vários casos de aposentadorias muito elevadas na Previdência brasileira. Talvez os mais gritantes, e famosos, sejam as pensões vitalícias concedidas a esposas e filhas solteiras de funcionários públicos, principalmente militares e juízes.
Quem não conhece o caso da atriz Maitê Proença? Ela recebe uma pensão mensal do governo, de 13 mil reais, por ser filha solteira de um procurador de Justiça.
O caso não é isolado. Reportagem da revista Época, de 2013, mostrava gasto anual da ordem de 4 bilhões de reais em pensões de filhas solteiras de funcionários públicos no Brasil.
Muitas dessas mulheres são acusadas de deixar de casar no papel para manter os benefícios intactos.
Esses privilégios precisam acabar? Sim.
Mas só isso não vai resolver o problema? Não.
A redução desses benefícios traria uma folga fiscal, mas a mudança demográfica não desapareceria. O fator continuaria pressionando para cima a trajetória de gastos com Previdência.
Ou seja, ainda que sejam eliminadas superaposentadorias e superpensões (o que seria ótimo!), teríamos ainda que botar para andar uma reforma que limite o crescimento de gastos como consequência das mudanças demográficas.
Tem ainda quem argumente que o problema da Previdência está nos desvios de verbas e na corrupção. Não temos dados para afirmar que há ou não corrupção na Previdência Social – mas, sim, não dá para duvidar de nada, não parece impossível ser verdade que crimes do tipo aconteçam.
Caso ilegalidades sejam descobertas, que sejam combatidas. Agora, só isso não vai resolver o problema. Na prática, é claro, reduziria o nível de gastos em Previdência. Mas não barraria o crescimento desses gastos ao longo dos anos.
Reforma da Previdência: os porquês desse debate
Por Equipe do Por quê? em 17 de fevereiro de 2016 Tempo médio de leitura: 16 minutos e 3 segundos
Está no ar nossa websérie, que carrega o nome deste projeto: Por quê? Economês em bom português (assista logo abaixo). Nesta estreia, explicamos a questão da Previdência Social no Brasil e a necessidade, urgente, de uma reforma do sistema de pagamento de aposentadorias e pensões. A repercussão tem sido grande e levantado uma série de dúvidas de internautas.
O certo é: há muita desinformação sobre economia entre os brasileiros e, em particular, sobre este assunto.
A Previdência Social é um dos principais desafios da economia brasileira para as próximas décadas. Há problemas sérios no desenho de nosso sistema de repasse de aposentadorias e pensões. Ele precisa ser ajustado diante das mudanças demográficas (transformações da população brasileira) que já estão ocorrendo e que se acentuarão nos próximos anos.
Neste texto, explicaremos como funciona a Previdência no Brasil; quais são esses desafios colocados pela demografia; e qual a importância da tal "reforma da Previdência", que toma mais e mais conta dos noticiários e desperta tantas dúvidas.
Antes disso tudo, um esclarecimento: toda vez que se aborda o assunto, há quem diga que se está colocando a culpa do problema nos aposentados.
Não é nada disso.
Em hipótese alguma a intenção aqui é demonizar os idosos. Quem tanto trabalhou e contribuiu ao longo da vida tem mesmo todo o direito à aposentadoria.
Repetimos: a responsabilidade pelos problemas do sistema previdenciário do Brasil não pode ser jogada nas costas dos idosos.
O ponto é: a demografia do Brasil mudou, os brasileiros estão tendo menos filhos e vivendo por mais tempo – o que não é ruim, mas coloca a nossa Previdência Social em xeque. É principalmente por isso que o modelo adotado no país precisa ser adaptado. O mais preocupante não são os gastos da Previdência hoje, mas, sim, sua trajetória ao longo dos próximos anos.
Precisamos desarmar os ânimos, esquecer as ideias preconcebidas e falar sobre o assunto urgentemente. Vamos lá?
Como funciona a Previdência no Brasil?
No Brasil, o sistema previdenciário é do tipo repartição. Em outras palavras, o governo taxa os trabalhadores em idade ativa hoje (a chamada contribuição previdenciária) e usa esse dinheiropara pagar as aposentadorias neste mesmo período.
Ou seja, quem trabalha e paga impostos hoje para a manutenção da Previdência contribui para os repasses de quem já está aposentado ou é pensionista – e não para a própria a aposentadoria.
Se há muitos trabalhadores para poucos aposentados, o sistema de repartição funciona muito bem. Você precisa cobrar pouco imposto de cada trabalhador e, como há muita gente pessoas contribuindo, a arrecadação do governo será grande e poderá facilmente pagar os poucos aposentados.
O problema desse modelo é quando diminui o número de trabalhadores em relação ao de aposentados. Daí você tem que cobrar cada vez mais impostos das pessoas em idade ativa, com o objetivo de arrecadar a grana suficiente para pagar as aposentadorias. E é nisso que a demografia brasileira está mexendo.
Como mudanças demográficas afetam a previdência?
A taxa de fecundidade no Brasil está caindo, ou seja, as mulheres estão tendo cada vez menos filhos. Logo, as famílias estão ficando menores e a taxa de crescimento populacional está caindo.
E como isso afeta a Previdência? Quando uma população cresce rapidamente, há mais jovens que idosos dentro dela, certo? Se, por exemplo, cada casal tiver 4 filhos, em média, então haverá duas vezes mais crianças que adultos. E, da mesma forma, haverá bem mais pessoas em idade ativa (trabalhadores) que aposentados.
O sistema previdenciário de repartição, vigente no Brasil, depende de uma taxa de crescimento populacional elevada para funcionar bem. Mas estamos assistindo a uma redução nesse indicador, já que as mulheres têm cada vez menos filhos. Isso faz com que o número de trabalhadores pagadores de impostos, em relação à quantidade de aposentados, diminua no decorrer do tempo.
Portanto, se nenhuma reforma sair do papel, será necessário taxar cada vez mais os trabalhadores para conseguir pagar aposentados e pensionistas. Caso contrário, a conta não vai fechar.
Por que elevar a idade mínima exigida para aposentadoria?
Outra mudança demográfica importante: as pessoas estão vivendo mais. Os avanços tecnológicos na ciência – e, em particular, na medicina – permitem que os brasileiros tenham vidas mais longas e mais saudáveis.
E, até aí, só notícia boa. Mas esse cenário tem efeito colateral importante sobre nossa Previdência.
Por quê? Porque, se as pessoas estão vivendo mais, a fração de aposentados na população aumenta.
Consequentemente, o governo terá mais aposentados para os quais terá de repassar dinheiro. Assim, caso os benefícios previdenciários sejam mantidos sob o modelo atual, será necessário taxar cada vez mais as pessoas que não estão aposentadas.
Só que o sistema brasileiro tem outra complicação: o Brasil é um dos raros países em que as pessoas podem se aposentar por tempo de contribuição. Não há idade mínima para aposentar por aqui, ao contrário de quase todas as outras economias.
Qual o problema disso?
Se as pessoas se aposentam aos 55 anos e a expectativa de vida é de 65 anos, serão pagos, em média, benefícios previdenciários para cada pessoa por 10 anos. Desse modo, se a expectativa de vida passa a ser de 75 anos e a idade mínima de aposentadoria segue sem alterações, a média de anos em que os benefícios são pagos passa a ser de 20 anos.
Mais uma vez, para conseguir pagar aposentadorias e pensões, caso nenhuma reforma seja feita, será preciso cobrar mais e mais impostos dos contribuintes que não estão aposentados.
Como desarmar a “bomba da Previdência”?
1) Reforma 1 - Idade mínima:
As mudanças demográficas tendem a se consolidar nos próximos anos aqui no Brasil. Significa que a população brasileira irá envelhecer rapidamente.
Hoje, 9 trabalhadores pagam impostos usados para o governo pagar cada aposentadoria; em 20 anos, esse número cairá para 4 trabalhadores por aposentado – indicam as projeções mais recentes.
Em outras palavras, um pouco mais técnicas, isso quer dizer a chamada base de tributação tende a diminuir. E, ao mesmo tempo, os gastos com a Previdência aumentarão fortemente – a menos que algum ajuste seja feito.
Estamos, portanto, numa encruzilhada: se não houver reforma da Previdência, impostos terão de subir continuamente para acomodar os gastos crescentes. Se não for dessa forma, o governo terá de imprimir dinheiro a taxas cada vez mais altas para cobrir o rombo causado em suas contas, o que levará o país a uma hiperinflação– sim, preços absurdos e agravamento da pobreza.
Nesse sentido, é fundamental que seja definida uma idade mínima para a aposentadoria. E essa nova idade mínima não pode ser fixa, precisa ser ajustável: caso a expectativa de vida suba, a idade mínima deve subir junto.
Uma regra bem clara ligando essas duas variáveis tem de fazer parte da reforma.
2) Reforma 2 - Salário mínimo:
A recuperação do poder de compra do salário mínimo nas últimas décadas foi importante demais. Melhorou o padrão de vida da população mais pobre e reduziu a desigualdade.
Já que o piso das aposentadorias é dado pelo salário mínimo, isso ajudou, significativamente, muitos aposentados a ganharem valores mais altos – ainda que essas quantias não sejam nada animadoras para boa parte dos beneficiários. Hoje, sendo assim, a pobreza é relativamente menor entre os aposentados – ela pobreza é bem maior entre as crianças brasileiras.
Aumentos no salário mínimo, dessa forma, não ajudam tanto na redução da pobreza no caso dos idosos.
Hoje, os aumentos no salário mínimo contribuem para agravar o problema fiscal da Previdência brasileira. Por quê? Porque, quando o salário mínimo sobe, o valor recebido por muita gente (das pessoas que ganham o mínimo ou próximo dele) sobe junto. E os gastos do governo com aposentadorias crescem.
Isso pode inclusive trazer dificuldades para o governo conceder aumentos no salário mínimo no futuro – já que essas elevações agravariam ainda mais o lado fiscal.
Dessa forma, outra medida fundamental é separar (“desindexar”, em economês) os aumentos dos benefícios previdenciários dos aumentos no salário mínimo.
Mas atenção: é importante, por outro lado, garantir que não haja perda real de renda para os aposentados. Para evitar esse problema, as aposentadorias passariam a ser corrigidas pela inflação, para que o poder de compra não diminua ao longo dos anos.
Polêmica na internet: existe ou não o déficit da Previdência?
Muita gente escreve e diz por aí que a Previdência brasileira não é deficitária coisa nenhuma. Que, na verdade, o governo estaria usando o dinheiro da Previdência para outras coisas. Esses pontos, na visão de alguns, mostram a falta de necessidade de se fazer uma reforma.
Mas precisamos pensar nas contas públicas como um todo, não só na conta da Previdência.
Fato: o governo brasileiro gasta hoje mais do que arrecada. A dívidaestá crescendo, tornando-se mais arriscada e, como consequência, estamos pagando juros cada vez mais elevados. A situação não parece ser nada sustentável.
Com o avanço nos gastos da Previdência nos próximos anos – como resultado da mudança demográfica citada mais acima –, as coisas tendem a piorar.
Se uma reforma não for realizada para conter a trajetória desse aumento de gastos, ou teremos que aumentar impostos continuamente; ou precisaremos cortar continuamente gastos públicos em outras áreas.
Ou, ainda mais grave, o Brasil vai precisar imprimir dinheiro para pagar essa conta – o que, como discutido antes, nos levaria a uma hiperinflação de consequências desastrosas.
Repare só: não foi mencionada aqui a existência de déficit ou superávit na Previdência.
Na verdade, essa é uma discussão conceitual, não importa muito na prática. Importa, sim, quanto o governo da vez gastando e arrecada, num todo. E o avanço dos gastos com a Previdência (se uma reforma não for realizada) fará com que a nossa situação fiscal fique ainda pior do que está.
Por que não basta cortar superaposentadorias?
Há vários casos de aposentadorias muito elevadas na Previdência brasileira. Talvez os mais gritantes, e famosos, sejam as pensões vitalícias concedidas a esposas e filhas solteiras de funcionários públicos, principalmente militares e juízes.
Quem não conhece o caso da atriz Maitê Proença? Ela recebe uma pensão mensal do governo, de 13 mil reais, por ser filha solteira de um procurador de Justiça.
O caso não é isolado. Reportagem da revista Época, de 2013, mostrava gasto anual da ordem de 4 bilhões de reais em pensões de filhas solteiras de funcionários públicos no Brasil.
Muitas dessas mulheres são acusadas de deixar de casar no papel para manter os benefícios intactos.
Esses privilégios precisam acabar? Sim.
Mas só isso não vai resolver o problema? Não.
A redução desses benefícios traria uma folga fiscal, mas a mudança demográfica não desapareceria. O fator continuaria pressionando para cima a trajetória de gastos com Previdência.
Ou seja, ainda que sejam eliminadas superaposentadorias e superpensões (o que seria ótimo!), teríamos ainda que botar para andar uma reforma que limite o crescimento de gastos como consequência das mudanças demográficas.
Tem ainda quem argumente que o problema da Previdência está nos desvios de verbas e na corrupção. Não temos dados para afirmar que há ou não corrupção na Previdência Social – mas, sim, não dá para duvidar de nada, não parece impossível ser verdade que crimes do tipo aconteçam.
Caso ilegalidades sejam descobertas, que sejam combatidas. Agora, só isso não vai resolver o problema. Na prática, é claro, reduziria o nível de gastos em Previdência. Mas não barraria o crescimento desses gastos ao longo dos anos.
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(g) revogação do consentimento para usos posteriores, permanecendo válidos e lícitos os usos regulares já realizados.
5. Glossário
As palavras e expressões relacionadas abaixo, quando utilizadas nesta Político, terão os seguintes significados:
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Controlador: Bei Comunicação Ltda., titular do PQ? e das bases compreendendo os Dados.
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Criptografia: tecnologia torna ininteligível as informações por ela protegidas, permitindo que apenas o detentor de uma chave consiga reverter o processo.
Dados Identificados: são os dados relacionados na cláusula 1.3.
Dados Não Identificados: são os dados relacionados na cláusula 1.1.
Dados: conjunto de Dados Identificados e Dados Não Identificados.
Endereço IP: identificação do provedor de Internet ou do dispositivo de rede utilizado pelo Usuário para acesso ao Site.
Firewall na VPC – Virtual Private Cloud: sistema que funciona como uma barreira virtual, abrindo e fechando portas de acesso aos aplicativos do Site para a Internet, limitando as oportunidades de invasão.
GDPR – General Data Protection Regulation: norma da União Europeia que regula o tratamento de dados pessoais.
Security Groups: sistema que isola o banco dos Dados de acesso direto à Internet, permitindo que os Dados só sejam acessíveis pelos aplicativos do Site.
SSL – Secure Sockets Layer: tecnologia utilizada para a segurança na comunicação entre o Usuário e o Site.
WAF – Web Application Firewall: camada de segurança que protege de invasores o Site e seus recursos de software.
6. Disposições Gerais
6.1. As comunicações à Bei referidas nesta Política ou relativas ao PQ? devem ser endereçadas à seção ‘Contato’ disponível no Site.
6.2. O tratamento dos Dados poderá ocorrer durante todo o período de atividade do PQ? e de eventual plataforma que venha sucedê-lo.
6.3. Independentemente de aviso, a Bei poderá revelar quaisquer dados relativos ao Usuário, em cumprimento de ordem judicial ou de outra autoridade competente, ou dever legal.
6.4. Esta Política está disponível no Site e foi registrada no 9º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São Paulo - SP, sob o número 1.350.502.
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Termos de uso
1. Vinculação
1.1. Ao acessar ou usar o website do “Por Quê?” (“PQ?” ou “Site”), incluindo os conteúdos e aplicativos disponíveis no Site e em outros domínios utilizados para operar o PQ?, aquele que acessa ou utiliza o Site (“Usuário”) declara ter lido e compreendido estes Termos de Uso (“Termos”), bem como concordado integral e expressamente com os mesmos e estar obrigado a cumprir irrestritamente as condições aqui estabelecidas, formando um contrato entre o Usuário e a Bei Comunicação Ltda. (“Bei”).
1.2. O Usuário declara ser maior de idade e capaz, tendo plenas condições para aderir e se vincular às condições destes Termos.
1.3. Caso o Usuário não compreenda ou não concorde com qualquer dispositivo destes Termos (integral ou parcialmente) ou não tenha capacidade legal para contratar, em nome próprio, o Usuário deverá imediatamente deixar o PQ?, fechar a aba ou janela do navegador de Internet que estiver usando para acessá-lo e abster-se de acessar ou de usar, de qualquer forma, o PQ?.
1.4. O Usuário reconhece e concorda que todos os avisos, regulamentos de uso, políticas e instruções apresentados no PQ?, especialmente a Política de Privacidade, integram estes Termos, como se nele estivessem transcritos.
1.5. A Bei pode modificar estes Termos a qualquer tempo, e o Usuário, ao acessar e/ou usar o PQ?, manifestará o seu consentimento e total concordância em cumprir com tais modificações ou revisões. O Usuário deve reler periodicamente a versão vigente deste instrumento (disponível na URL http://www.porque.com.br/), ainda que a Bei procure sempre mantê-lo informado de mudanças importantes realizadas nestes Termos.
1.6. O presente Termo entrará em vigor no momento do primeiro acesso ou utilização do PQ? pelo Usuário e permanecerá em vigor durante o período necessário ao cumprimento integrado destes Termos.
2. Conta no PQ?
2.1. O disposto nesta cláusula 2 será aplicável caso o PQ? disponibilize para Usuários uma conta para o acesso a área restrita ou para certas funcionalidades do Site.
2.2. O Usuário poderá criar uma conta para ter uma experiência mais personalizada no Site. As credenciais de acesso, incluindo o login e sua senha, são pessoais e intransferíveis.
2.3. Ao criar uma conta, o Usuário declara que as informações prestadas são corretas, completas, atuais e verídicas. É de responsabilidade do Usuário a manutenção das informações pessoais atualizadas, corretas, completas e verídicas no banco de dados da Bei.
2.4. O Usuário é o único responsável pela atividade que ocorre em sua conta e deve guardar suas credenciais de acesso em local seguro, sendo o Usuário o único responsável por sua confidencialidade. O Usuário deve notificar imediatamente a Bei sobre qualquer possível violação de segurança ou uso não autorizado de sua conta, ficando responsável pelos atos através dela realizados, até a sua correta comunicação à Bei.
2.5. O Usuário concorda que a Bei, a seu critério exclusivo, poderá cancelar ou suspender sua conta ou parte das funcionalidades a ela relacionadas, sem prévia comunicação:
(a) por descontinuação ou modificação do Site ou de qualquer de suas partes;
(b) por caso fortuito ou força maior;
(c) por questões de segurança;
(d) em função de ordem judicial ou requisição legal de autoridade competente;
(e) caso o Usuário descumpra ou aja de forma que claramente mostre que não pretende ou não pode cumprir qualquer condição destes Termos, demais regulamentos aplicáveis ao PQ? ou legislação vigente; e
(f) caso o Usuário encerre sua relação com a Bei ou este queira excluir sua conta, devendo notificar previamente a Bei, a qualquer momento.
2.6. A decisão de readmissão do Usuário representará mero ato de liberalidade da Bei, não representando, em nenhuma hipótese, qualquer alteração do disposto nestes Termos. Da mesma forma, a readmissão do Usuário não representará a concordância da Bei com a ação ou omissão que resultou no desligamento do Usuário, remanescendo todas as obrigações do Usuário referentes ao uso da conta do Site.
3. Uso do PQ?
3.1. A Bei concede permissão pessoal, não exclusiva e intransferível ao Usuário para este acessar e usar o PQ? de forma lícita, tendo acesso a todo o acervo de imagens, ilustrações, áudios, audiovisuais, textos, aplicativos, bases de dados e outros materiais disponíveis no PQ? (“Conteúdos”). Em contrapartida, o Usuário se compromete a não:
(a) reproduzir ou de qualquer forma copiar, transmitir, explorar ou distribuir os Conteúdos do PQ?, no todo ou em parte, para qualquer finalidade (incluindo texto, imagens e outros materiais), sem a autorização prévia e por escrito da Bei;
(b) alterar ou modificar qualquer parte do PQ? ou qualquer dos Conteúdos;
(c) acessar os Conteúdos através de qualquer tecnologia que não as páginas de exibição do próprio PQ? ou outro meio autorizado pela Bei;
(d) realizar ou participar de qualquer atividade que interfira ou interrompa o funcionamento do Site ou dos equipamentos, programas de computador e/ou serviços a que o PQ? esteja conectado;
(e) carregar, transmitir, divulgar, exibir, enviar ou de qualquer forma tornar disponível qualquer tipo de mensagem, anúncio, propaganda ou material promocional não autorizado previamente pela Bei, por escrito, ou mensagens não solicitadas (conhecidos como "junk mail" ou "spam"), correntes, esquemas de pirâmide ou outras;
(f) usar qualquer sistema automatizado, inclusive, mas sem se limitar a "robôs", que acessem o PQ? de maneira a enviar mais solicitações de acesso ou uso em um dado período do que seja humanamente possível responder no mesmo lapso temporal. O Usuário concorda em não coletar qualquer Conteúdo ou informação que identifique qualquer pessoa, inclusive nomes, credenciais de contas, ou outros dados pessoais, a partir do Site;
(g) agir de forma a prejudicar a Bei ou terceiros;
(h) utilizar o PQ? para qualquer fim outro que o acesso privado e informativo do Site, nem abordar outro usuário do PQ? com qualquer finalidade comercial;
(i) decodificar, descompilar ou efetuar engenharia reversa, para obter códigos fonte, informações e/ou outras características do PQ? e/ou dos Conteúdos;
(j) praticar qualquer ato que possa expor terceiros de modo pejorativo, criar ou compartilhar um conteúdo (i) falso, ilegal, abusivo, que incite a violência, crime ou prática que possa afetar a saúde ou a segurança de pessoas, ou (ii) de caráter difamatório, racista, homofóbico, obsceno, pornográfico, imoral, político, partidário ou comercial, ou (iii) que possa violar a moral, a ética, os bons costumes ou direitos da Bei ou de terceiros;
(k) cumprir com estes Termos, Política de Privacidade e todas as leis e regulamentos aplicáveis, sejam regionais, nacionais ou internacionais.
3.2. A Bei se reserva o direito de suspender, cancelar ou descontinuar qualquer Conteúdo, aplicativo ou acesso do PQ? a qualquer tempo, sem necessidade de prévia informação a quem quer que seja.
3.3. Os links a websites externos que forem eventualmente citados no PQ? não representam qualquer tipo de endosso a esses websites externos nem ao seu conteúdo pela Bei. Qualquer acesso ou uso desses websites externos pelo Usuário será feito por sua própria conta e risco. A Bei também não se responsabiliza caso o endereço do PQ? esteja disponível em outros websites.
3.4. Além das restrições gerais acima expostas, as seguintes condições se aplicam especificamente ao uso dos Conteúdos:
(a) os Conteúdos do PQ? e as marcas ali contidas são de propriedade exclusiva da Bei ou de seus patrocinadores, fornecedores, parceiros ou clientes, conforme o caso, e estão sujeitos às normas de proteção de propriedade intelectual;
(b) os Conteúdos do PQ? são disponibilizados no estado em que se encontram (‘as is’) apenas para informação e uso pessoal do Usuário, sem qualquer tipo de garantia, sendo vedada qualquer cópia, comercialização, licenciamento, distribuição ou qualquer outra forma de exploração para qualquer que seja a finalidade, sem o consentimento prévio e por escrito da Bei;
(c) o Usuário concorda em não violar, desativar ou de qualquer forma interferir em características relacionadas à segurança (incluindo analisar ou testar a vulnerabilidade de qualquer um dos sistemas técnicos ou redes do PQ?) e/ou funcionamento do Site ou características que evitem ou restrinjam o seu uso ou ainda qualquer ato que imponha limitações sobre o uso do PQ? ou de seu Conteúdo;
(d) o Usuário respeitará direitos de propriedade intelectual, segredos de negócio ou quaisquer outros direitos da Bei e/ou de terceiros disponíveis no Site;
(e) o Usuário reconhece que a Bei poderá estabelecer, a seu exclusivo critério, práticas gerais e limites relativos à utilização do Site, os quais deverão ser respeitados pelo Usuário.
3.5. O Usuário reconhece que o Conteúdo do PQ? poderá ser objeto de buscas por ferramentas externas com o único objetivo de criar e disponibilizar ao público correspondência entre o Site, seu Conteúdo e os termos pesquisados. A Bei se reserva o direito de revogar as permissões às ferramentas externas de buscas tanto de forma geral como em casos específicos.
3.6. Caso a Bei disponibilize no PQ? Conteúdos com a opção de download ou impressão, tais Conteúdos poderão ser usados unicamente pelo Usuário, a título não exclusivo, intransferível, apenas para sua referência e sem qualquer conotação comercial, ficando vedada qualquer reprodução, distribuição, transmissão, exibição, licenciamento ou qualquer outra forma de transferência, uso ou exploração, no todo ou em parte, desses Conteúdos, sem o consentimento prévio e por escrito da Bei.
4. Manifestações do Usuário
4.1. Aplica-se o disposto nesta seção a eventuais conteúdos, perguntas, comentários ou outras manifestações (“Manifestações) que o Usuário eventualmente compartilhe com o PQ? ou publique no Site.
4.2. O Usuário será integralmente responsável pelas Manifestações que compartilhar ou publicar, em seu teor, substância, veracidade e demais aspectos, assim como na conformidade dessas Manifestações com o disposto nestes Termos, ficando a Bei e o PQ? isentos de qualquer responsabilidade.
4.3. Ao compartilhar ou publicar uma Manifestação, o Usuário (a) declara e garante expressamente que é o único titular de todos os direitos de autor, de imagem, de privacidade ou de qualquer outra ordem sobre a Manifestação; e (b) licencia à Bei a Manifestação, a título gratuito, irrevogável, irretratável, por todo o período de proteção legal dos direitos incorporados na Manifestação, para o território do Brasil e o exterior, podendo a Bei utilizar, publicar, distribuir, traduzir e disponibilizar tal Manifestação no PQ?, nas redes sociais e outros canais utilizados pelo PQ?, em meio impresso, inclusive mas não se limitando a livros e periódicos, ou qualquer suporte que permita a reprodução da Manifestação, existente ou que venha a ser futuramente criado, sem restrição quanto ao número de reproduções, veículos, suporte de fixação, prazo, território e forma de exploração.
4.4. Como consequência do disposto na cláusula anterior, as visualizações da Manifestação no PQ? poderão ser medidas e computadas em favor do Site.
4.5. O Usuário declara e reconhece que a publicação ou compartilhamento de qualquer Manifestação poderá ensejar seu uso indevido por terceiros, sem qualquer autorização da Bei, sendo a publicação ou compartilhamento por conta e risco exclusivos do Usuário, sem que a Bei tenha qualquer responsabilidade.
4.6. Caso a Manifestação seja publicada no PQ? ou em suas redes sociais ou canais de comunicação, a Bei atribuirá os respectivos créditos na forma em que forem fornecidos pelo Usuário.
4.7. O PQ? poderá, a seu critério exclusivo, excluir qualquer Manifestação, independentemente de prévio aviso ao Usuário e sem que caiba ao Usuário qualquer direito a indenização, resposta, nova manifestação ou qualquer contrapartida em virtude da exclusão da Manifestação.
5. Notificação de Violação de Direitos
5.1. Em caso de violação qualquer regulamento aplicável ao PQ? ou caso o Usuário suspeite de uma violação de direitos ou conteúdo impróprio como, por exemplo, mas sem se limitar, violação a direitos autorais, material obsceno, apologia ao ódio, imagens chocantes e repugnantes, atos perigosos e ilegais ou material difamatório, o Usuário deverá imediatamente notificar a Bei para análise e possível retirada do conteúdo supostamente irregular. Para tanto, o Usuário ou terceiro devidamente identificado deverá enviar um comunicado por escrito, contendo, ao menos, os seguintes dados:
(a) informação do conteúdo em questão e da URL completa da página de reprodução;
(b) declaração informando qual foi a violação identificada no conteúdo apontado pelo Usuário; e
(c) identificação dos detalhes da obra cujos direitos estão sendo violados ou são de propriedade do Usuário ou de terceiros (se essas informações estiverem disponíveis na Internet, recomenda-se que o link de acesso a elas seja enviado juntamente), quando aplicável.
5.2. É necessária a identificação do Usuário declarante, por meio de seu nome completo e demais dados pessoais para contato.
5.3. Qualquer pessoa que intencionalmente apresentar declaração falsa ou incorreta sobre um Conteúdo estará sujeita às punições legalmente aplicáveis, podendo ainda ter seu acesso ao PQ? bloqueado, suspenso ou descontinuado.
6. Responsabilidades e Garantias
6.1. O Usuário concorda que o uso do PQ? se fará exclusivamente para fins educacionais, por sua conta e risco, sendo que a Bei, seus sócios, patrocinadores, parceiros, executivos, profissionais e representantes não terão qualquer responsabilidade perante o Usuário, relacionada ao uso (e suas consequências) do PQ? e/ou do Conteúdo, incluindo qualquer indenização ou outra obrigação, presente ou futura, com relação ao Usuário ou terceiros.
6.2. A Bei não garante a disponibilidade, continuidade ou infalibilidade do PQ? e/ou de seus Conteúdos, nem que esses estejam isentos de falhas, erros, imprecisões. O PQ? e seu Conteúdo são disponibilizados para fins de informação, não apresentando qualquer garantia ou promessa, implícita ou explícita, de desempenho, ou mesmo de estimativa de sucesso ou correção. Ademais, o Usuário está ciente de que ao usar o Site poderá estar exposto a conteúdo que seja impreciso ou ofensivo, apesar de todos os esforços da Bei em sentido contrário.
6.3. O Usuário declara e reconhece que a Bei, seus sócios, patrocinadores, parceiros, executivos, profissionais e representantes não serão responsabilizados por qualquer dano direto, indireto, incidental, especial, punitivo ou imprevisto resultante de quaisquer (i) erros, equívocos ou imprecisão de Conteúdo, (ii) danos pessoais ou materiais, de qualquer natureza, resultante do acesso do Usuário ao PQ?, (iii) qualquer acesso ou uso dos recursos do Site que não tenha sido autorizado pela Bei, (iv) qualquer interrupção ou cessação de transmissão de dados do e para o PQ?, (iv) qualquer bug, vírus, cavalos de Tróia ou malwares que possam ser transmitidos para ou através do PQ? por quaisquer terceiros, e/ou (v) quaisquer erros ou omissões em qualquer Conteúdo ou qualquer perda ou dano de qualquer natureza sofrido em consequência do uso de qualquer Conteúdo ou canal de comunicação do PQ?. As limitações de responsabilidade desta cláusula serão aplicadas na medida máxima permitida por lei na jurisdição competente.
6.4. Sem limitar a generalidade do acima previsto, o Usuário declara estar ciente e concordar que (a) a Bei não controla nem terá qualquer responsabilidade pelo uso de eventuais websites, redes sociais ou outros veículos de comunicação cujos links eventualmente estejam postados no Site, sendo tal uso por sua conta e risco; e (b) nem a Bei nem o PQ? serão responsabilizados por material ou pela conduta difamatória, ofensiva ou ilegal de quaisquer terceiros que estejam usando o PQ? e/ou o Conteúdo.
6.5. O Usuário concorda em defender, indenizar e isentar a Bei, seus sócios, patrocinadores, parceiros, executivos, profissionais, representantes e terceiros de toda e qualquer ação judicial ou procedimento administrativo, com objetivo de obter satisfação quanto a danos, obrigações, perdas, custos ou dívidas (inclusive, mas sem se limitar a honorários advocatícios) oriundos de: (a) uso ou acesso indevido ao PQ? e/ou ao Conteúdo; (b) violação de qualquer cláusula destes Termos, dos demais regulamentos aplicáveis ao PQ? ou da legislação vigente; (c) violação de qualquer direito de terceiros, inclusive, mas sem se limitar a direitos de propriedade intelectual ou de privacidade; ou (d) qualquer alegação de que algum ato praticado pelo Usuário tenha causado perdas ou danos a terceiros. Esta obrigação subsistirá ao término de vigência de estes Termos e ao uso do Site.
6.6. A Bei não presta qualquer garantia expressa, implícita ou de qualquer outra natureza, e não será responsável pela utilidade e adequação do PQ? a qualquer propósito ou necessidade específica do Usuário ou de terceiros. O PQ? tem por finalidade ampliar os conhecimentos de economia e finanças de seus Usuários, não fornecendo informações sobre investimentos específicos, nem consultoria em economia ou finanças.
7. Disposições Gerais
7.1. As comunicações à Bei referidas nestes Termos ou relativas ao PQ? devem ser endereçadas à seção ‘Contato’ disponível no Site.
7.2. Independentemente de aviso, a Bei poderá revelar quaisquer dados relativos ao Usuário e eventual Manifestação a autoridades públicas, em cumprimento de ordem judicial ou de outra autoridade competente, ou dever legal.
7.3. Estes Termos e quaisquer direitos limitados ao uso do Conteúdo concedidos de acordo com o presente não podem ser transferidos ou cedidos pelo Usuário, mas podem ser transferidos, cedidos ou revogados pela Bei, sem qualquer restrição.
7.4. Os nomes, slogans, nomes de domínio e/ou as marcas da Bei e de seus patrocinadores e parceiros não podem ser utilizados pelo Usuário, sendo ainda vedada qualquer alteração, inserção ou modificação nestes identificadores.
7.5. Se qualquer cláusula destes Termos for considerada inválida ou ineficaz por autoridade competente, a invalidade ou ineficácia de tal cláusula não afetará a validade ou eficácia das cláusulas restantes, que permanecerão integralmente válidas e produzindo plenos efeitos.
7.6. Qualquer renúncia ao exercício de direitos decorrentes destes Termos, não será considerada novação, renúncia adicional ou contínua a esse ou a qualquer outro direito, e a omissão por parte da Bei de não fazer valer qualquer direito ou cláusula destes Termos não constituirá renúncia ou novação de tal direito ou cláusula.
7.7. Na hipótese de conflito entre estes Termos e a Política de Privacidade do PQ?, prevalecerá o disposto na Política de Privacidade. Caso haja conflito entre o disposto nestes Termos e qualquer outro regulamento, aviso, política ou regramento deste Site, prevalecerá o disposto nestes Termos.
7.8. Estes Termos e as relações existentes entre o Usuário e a Bei serão regidos pelas leis da República Federativa do Brasil, sem consideração a qualquer disposição sobre conflito de leis.
7.9. O Usuário concorda que: (i) a sede do PQ? será considerada exclusivamente a da Bei, localizada na cidade de São Paulo - SP, Brasil; e (ii) o Usuário concorda que fica eleito o foro da Comarca de São Paulo – SP, Brasil, para dirimir quaisquer dúvidas ou questões oriundas destes Termos, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
7.10. Estes Termos estão disponíveis no Site e foram registrados no 9º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Comarca de São Paulo - SP, sob o número 1.350.501.
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Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável e seguro, personalizar conteúdo e anúncios, fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado.
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