Uma plataforma que vai te ajudar a entender um pouco mais de economia.

Direitos de propriedade

Direitos de propriedade definem a propriedade teórica e legal dos recursos ou bens e como eles podem ser utilizados. Esses recursos podem ser tangíveis ou intangíveis e podem ser de posse de indivíduos, empresas, instituições de caridade ou governos, por exemplo.


Os direitos de propriedade, em geral, têm alguns componentes, como:
- o direito de usar ou manter;
- o direito de vender ou alugar e obter uma renda com isso;
- o direito de transferir sua posse para outros.

Na maioria das sociedades, os direitos de propriedade podem ser estendidos por meio de escrituras, direitos autorais e patentes para proteger recursos tangíveis escassos, como terras, edifícios, carros, animais – como gatos, cães, cavalos etc. – e até invenções e outros tipos de propriedade intelectual.

A propriedade geralmente é assegurada por leis que são claramente definidas e aplicadas pelo Estado. Essas leis definem a propriedade e quaisquer benefícios associados à posse da propriedade.

Em economia, os direitos de propriedade formam a base de todas as trocas de mercado, uma vez que a mera possibilidade de trocas entre diferentes pessoas ou entidades só é possível quando existe um detentor da propriedade; e a troca ocorre, justamente, quando há a transferência dessa propriedade à outra parte.

Um dos requisitos essenciais para a eficiência do mercado na alocação de bens e serviços é a existência de direitos de propriedade bem definidos. São os direitos de propriedade que geram e garantem os incentivos necessários – a possibilidade de comercialização e obtenção de lucro – para o setor privado produzir bens e serviços e fazer a melhor utilização possível de seus recursos. Dessa forma, ele desempenha um papel importante na alocação de recursos na economia.

O que acontece quando não há direitos de propriedade bem estabelecidos
Nos casos em que os direitos de propriedade são ausentes ou mal estabelecidos, acontecem as chamadas “falhas de mercado”, em que o mercado não consegue se autorregular para atingir o ponto de ótimo social, ou seja, a quantidade e preços de equilíbrio eficientes.

Isso ocorre frequentemente com os bens comuns, como oceanos, rios, praias, o ar, as estradas, e até imagens, palavras ou ideias. Como os direitos de propriedade não podem ser bem estabelecidos, a eficácia dos mercados em termos de alocação, precificação e racionamento desses recursos é substancialmente reduzida.

A ausência de direitos de propriedade pode levar a uma série de consequências, como:
- Encorajamento do oportunismo, como a pirataria de uma foto virtual, por exemplo. Dado que é muito difícil estabelecer um limite em torno de conteúdos disponibilizados online, outra pessoa pode simplesmente copiar a imagem e utilizá-la.
- O uso excessivo de recursos escassos, como a extração descontrolada de madeira, o que gera desmatamento de florestas; a pesca excessiva e o esgotamento geral do próprio meio ambiente (ver Tragédia dos comuns).
- O uso indevido dos recursos, como jogar lixo nas calçadas ou derramar óleo deliberadamente no mar.

A plataforma Por Quê?Economês em bom português nasceu em 2015, com o objetivo de explicar conceitos básicos de economia e tornar o noticiário econômico acessível ao público não especializado. Acreditamos que o raciocínio econômico é essencial para a compreensão da realidade que nos cerca.

Iniciativa

Bei editora
Usamos cookies por vários motivos, como manter o site do PQ? confiável ​​e seguro, personalizar conteúdo e anúncios,
fornecer recursos de mídia social e analisar como o site é usado. Para maiores informações veja nossa Política de Privacidade.